Quando escrevo, peço que o universo guie estas frases para
que elas alcancem aqueles que precisam e que estão prontos para entender.
Desejo de minha alma que estes relatos de regressões sirvam para esclarecer
sintomas que na maioria das vezes não podem ser explicados por muitos
profissionais tradicionais que procuramos, mas que na maioria das vezes são
esclarecidos pela luz da TERAPIA DE REGRESSÃO DE MEMÓRIA ÉTICA, onde não
guiamos as recordações dos que nos buscam, mas servimos de auxiliares para os
queridos Mentores Espirituais que utilizam – se de nossos estudos e boa vontade
dentro da causa, para levar consolo e libertação para aqueles que buscam,
desesperados, a cura para suas dores “fantasmas”.
Com todo meu respeito, ética e responsabilidade, coloco a
frente de quem quiser estudar, e refletir, o material de longos anos de
trabalho e dedicação, na área da Psicoterapia.
Sintomas da paciente: Houve uma separação definitiva entre
eu e meu marido, nosso casamento acabou e sinto a vontade enorme de continuar
amando – o como um amigo querido, que sempre foi dentro deste casamento, apesar
de todas as angústias que eu sentia quando ele me tocava e do imenso medo de
ser machucada emocionalmente por ele. Apesar de não ter conseguido ama – lo
como ele mereceu, sinto que mesmo carregando mágoas que ainda não entendo,
consegui sentir por ele o que eu sempre precisei, o amor de alguém que lhe quer
todo o bem do mundo.
“Acordei vendo uma menina de uns cinco anos de idade olhando
para alguém... senti vontade de chorar e um desespero enorme se apossou de
mim...”
Sessão de Regressão
do dia 17 de outubro de 2013.
Paciente relatando: “Sou uma menina de uns 5 anos, olhos
verdes, cabelos longos, castanhos claros presos em 2 colinhas, uma de cada lado
da cabeça. Sou uma criança muito bonita, estou usando um calção curtinho e uma
mini blusa, meus pés estão descalços. As meninas convidaram – me para ir em algum
lugar e meus olhos apaixonados buscam os olhos de meu pai em busca de um
consentimento. Ele apenas faz um gesto com a mão mandando que eu vá. Meu pai é
muito alto e magro, fuma muito e está sujo, assim como eu.
Somos de uma vida miserável, temos pouca água e moramos em
um amontoado de tábuas e chão de terra batida e úmida. As crianças por ali são
mais morenas do que eu. Não tenho mãe, não sei o que houve com ela, meu pai mal
fala e nunca sobre este assunto. Mas não me importo, eu sou apaixonada por ele
e meus olhos sempre o buscam. Ele não me dá muitas atenções, nem carinho, mas a
veneração que tenho por ele me basta.
A rua é de chão batido, há muitos casebres, esgoto a céu
aberto...
Estou indo com as meninas, elas não tem mais do que sete a
doze anos de idade.
...Não gosto de onde estou, elas estão se prostituindo e
estou com medo, preciso desesperadamente voltar para perto de meu pai, sinto
necessidade da segurança que a presença dele me dá.
...Um homem muito arrumado e cheiroso me aborda, mas não
quero conversa com ele, estou com medo e só consigo pensar na segurança da
companhia do meu pai. Meus olhos infantis e acostumados a miséria, nunca tinham
visto um homem tão arrumado e cheiroso. Ele tem anéis e pulseiras brilhantes e
um relógio muito grande no pulso.
Recuso – me a
conversar com ele e desvio os olhos e baixo a cabeça em negação, ele não
insiste...
...Já é noite, estou com muito frio e fome. As meninas
maiores estão trazendo outra que chora, ela tem sangue que escorre pelas
pernas. Não entendo muito bem o que está acontecendo, mas acelero meu passo
para alcançar elas.
...Cheguei em casa, meu pai está jogado a um canto como
sempre, me aproximo e lhe beijo, mas ele não retribui.
Deito, estou com fome, mas não há o que comer. Minha cama
fica no chão, sobre madeiras velhas e cobertas duras e puídas. Eu não me
importo, sinto – me bem ao lado de meu pai.
- (Identifico neste pai o espírito de meu ex
marido).
...Alguém está chamando lá fora, na porta de nossa casa vejo
aquele homem que me abordou na rua, ele conversa com meu pai e vejo ele dar
dinheiro. Meu pai me chama e diz que vou com aquele homem e eu o obedeço.
...Estou sendo estuprada com violência, a dor que sinto é
terrível e sinto arder muito. Aquele homem empurra minha cabeça contra a parede
com violência e sinto dor e fisgadas. Não consigo gritar, só choro, o choque
emocional é intenso e sou muito pequena para me defender dele.
Meu pai me vendeu e a desilusão, a dor e a mágoa que
explodem em minha alma infantil são terríveis.
...Aquele homem está me devolvendo para meu pai, entro em
casa e procuro os olhos do meu pai e ele age como se eu não existisse. Sinto
muita dor e sangue escorre pelas minhas pernas.
Não consigo segurar a urina e acabo molhando minhas
cobertas, sinto muito frio e dor... Mas não reclamo, não entendo muito bem o
que aconteceu...
...Não sei quanto tempo se passou, não paro de sentir frio e
dor. Continuo urinando e sangrando “perna à baixo”. As crianças brincam na rua
pobre, mas não sinto ânimo para ir brincar com elas. Meu pai continua ignorando
minha situação e a minha presença como sempre fez.
...Estou deitada em minha cama, meu pai chegou da rua,
bêbado e me entrega uma maçã... Não sinto fome...
A noite caiu e sinto ainda mais frio, meus olhos chorosos
não se desviam da figura de meu pai, recostado mais adiante...
...Estou morrendo, meus olhos não se desviam de meu pai...
...Há anjos de luz comigo, eles retiram – me daquele corpo
com muito amor e delicadeza e colocam – me sobre uma maca muito limpa.
...Estou em um jardim com árvores, crianças brincando
alegres, mas eu não sou alegre, tento brincar, mas ainda sinto dor em minha
barriga...
Um Mentor tenta me auxiliar, me dá um copo com um preparo
pastoso, mas não gosto da proximidade com homens, estou muito desconfiada...
...Uma Mentora vem ao meu encontro, diz que vai cuidar de
mim e eu confio plenamente nela e aceito a mão que me estende. Diz que vai me
levar a um lugar...
...Estou em um berçário, há muitos bebês e todos são
meninos, devem ter de três a quatro meses de idade, todos deitados sem
roupinhas.
A Mentora diz que se eu quiser, posso ficar ali e ajudar, o
que aceito prontamente. Há um bebê ali que me cativa, dedico todo meu tempo e
atenções a ele. O amo e me é permitido passear com ele pelos jardins da
colônia.
...Não sei quanto tempo se passou, mas estou sentada na
grama com o bebê. A Mentora diz que para continuar cuidando dele eu terei de me
tratar, cuidar mais de mim e daquela dor que sinto...
Aceito prontamente, pois o amo e não saberia me separar
dele.
- (Este bebê é o
espírito de meu pai).
Recebo tratamento nas câmaras e posso leva – lo comigo, um
ou outro enfermeiro o segura para que eu seja tratada.
Já sinto pouquíssima dor no canal vaginal, uretra e bexiga,
controlo a urina e ainda sou a mesma menina – criança daquela vida pobre na
terra.
Meus olhos não perdem aquela criança de vista e ele solicita
minha presença também.
A Mentora não me apressa, ela segue meu ritmo de cura,
aceitação e entendimento do que ocorre comigo. Diz que vou começar o processo
de miniaturização, pois vou reencarnar. Diz também, que eu não me preocupe,
pois não vão me separar do bebê.
Estou muito tranqüila, ela diz que ele vai comigo para a
câmara de miniaturização e que descerei apenas um pouco antes dele e que logo
ele me encontrará na terra.
...Estou dentro de uma cápsula de vidro, confortável, onde
posso ficar semi – deitada, na cápsula ao meu lado está o bebê.
Consigo ver a Mentora observando – nos, ela tem o semblante
sereno, amoroso e feliz.
Também me sinto bem, pois ele vai me acompanhar...
Paula Aguerre
Psicoterapeuta / Terapeuta Floral