Casos de Hipnose.


Lembre – se a limitação está em sua mente, por isso seja como a criança para a qual o simples gesto de erguer um dedo irá tocar a mais distante estrela.






Hetero - Hipnose:

É impor uma idéia livremente aceita pelo paciente. O livre consentimento do indivíduo é indispensável. Assim conclui-se que : qualquer hipnose é uma auto-sugestão.



Comunicação é a base dos relacionamentos humanos.
Hipnose é uma forma meticulosa de comunicação, a comunicação perfeita!
Compreender a Hipnose é entender o funcionamento da mente.
“A auto-hipnose é um estado altamente sugestionável no qual o indivíduo pode dirigir sugestões a si próprio. É uma poderosa ferramenta em qualquer processo terapêutico, e pacientes altamente motivados podem obter sucesso equivalente ao da hétero hipnose por seus próprios esforços.”





A Hipnose auto - sugestiva é uma técnica terapêutica onde o próprio consultante, ao passar pela etapa de amnese, explana ao terapeuta fatos, sensações ou emoções que gostaria de equilibrar, identificar ou entender para que haja uma melhoria significativa em sua estrutura de vida, seja esta emocional, social ou afetiva.
O processo de hipnose consta de forma que ao induzir o relaxamento do consultante, o terapeuta solicita - lhe que libere tensões de órgãos ou vísceras que encontram - se relacionados às suas queixas emocionais ou até mesmo a dificuldades orgânicas que venha trazendo na bagagem física.
Durante o tratamento hipnótico, em nenhum momento focamos a regressão, mas sim situações ou emoções reprimidas no subconsciente responsáveis pelo processo de início da debilidade ou desequilíbrio emocional. O que poderá ocorrer é que o consultante encontra - se pronto para acessar materiais significativos de outras vivências anteriores estando sua queixa relacionada com tais acontecimentos.
As sessões de hipnose constam do processo terapêutico onde o consultante guia sua própria mente em busca da auto - percepção do que já tem discernimento e equilíbrio para acessar. O fator principal da hipnose é o auto - merecimento, onde o terapeuta atua de forma a reorganizar a mente teimosa ou doentia do consultante para que este inicie um processo de auto - aceitação de seus méritos espirituais.
Há infinitas criaturas sobre o orbe terrestre, ou até mesmo na erraticidade que dia após dia, década após década, insistem em manter um véu ilusório que os afaste de seus reais valores morais, fazendo - os esquecer as lutas travadas para o resgate redentor, e até mesmo o esquecimento de que foram perdoados por suas "vítimas", ocasionando assim um incessante comportamento doentio de auto - culpa, onde revivem inconscientes tudo aquilo que não mais necessitam para sua evolução.
Dentro do processo de hipnóse, é focado o desejo sincero do consultante de reorganizar sua mente dispersa, a qual habituou - se ao comportamento sofredor e deste deseja libertar - se, já mostrando que inicia os primeiros passos em direção à busca do equilíbrio para que consiga interagir com seus conteúdos inconscientes.
As sessões de hipnose atuam de forma a auxiliar o consultante para que este consiga interagir com dificuldades comportamentais que outras terapias não tiveram sucesso, como reverter padrões obsessivos de atitudes e comportamentos cíclicos. Atua também em indivíduos que passaram por regressãoes através de outros métodos e que desejam compreender seu processo de amadurecimento, atuando desta forma, de maneira condizente com as espectativas de sua nova etapa consciencial.
Em nenhum momento o terapeuta manipula para que o consultante identifique fatos ou situações que este não esteja preparado para trabalhar, mas auxilia este a vencer o medo inicial de aceitar o que já passou, mas que continua impregnado em suas camadas energéticas.
As sessões de hipnose ética servem exclusivamente para trabalhar a auto - aceitação do consultante que já possui seu merecimento e que por várias razões tem medo de vivenciar a si mesmo e ao seu potencial libertador.
Eu diria que a hipnose ética teria como objetivo central focar a mente dispersa, teimosa e doentiamente auto - obsessiva no seu manancial libertador, atuando de forma que o ser não perca tempo precioso com material inconsciente com o qual ele não sabe lidar ou identificar de forma saudável para seu tratamento.
Esta é minha opinião sobre a hipnose, a qual "apelidei" de ética, e é a forma com a qual dou - me a liberdade de atuar dentro de consultório. Deixo claro que está é a forma com a qual eu trabalho, a forma com a qual identifiquei - me depois de receber inúmeros consultantes que haviam passado por inúmeras regressões, mas que não sabiam como lidar com o material que apreendiam de todo o tratamento e também de consultantes que insistiam em reviver eternamente fatos ou situações dos quais já haviam libertado - se durante as sessões de regressões.
Outro ítem importante que identifiquei durante os tratamentos terapêuticos com a hipnose e o auto - sugestionamento é que estas pessoas reviviam as regressões que já haviam feito e percebiam que suas mentes haviam deturpado o material acessado, de forma que, por mais que houvessem conseguido riqueza de detalhes e inúmeras informações, estas estavam sendo manipuladas por suas mentes, fazendo com que não absorvessem por completo o auxilio recebido e não conseguindo modificar os atos comportamentais arraigados.


Os casos de hipnose e auto - sugestionamento aqui narrados servem somente como exemplo de casos não resolvidos.
Cada caso foi permitido ser exposto através do consentimento do consultante e seus nomes permanecerão em sigilo profissional.
Qualquer identificação com os casos aqui narrados será mera coincidência.
Se você deseja um trabalho terapêutico, procure um profissional habilitado e de sua extrema confiança.




1ª sessão de hipnose: 03/01/2012
Sintomas apresentados: * Sensação muito rápida de culpa e vergonha devastadora, a qual surge inesperada e parte da mesma forma antes que a consultante consiga observá - la;
* Esta sensação desconfortável surge quando o assunto é sexualidade.
* Apresenta - se na presença dos pais, filho, marido.
* Problemas graves de intestino e circulação sanguinea desde que engravidou e separou - se do ex marido.
* Queixa - se de não conseguir aceitar quando a felicidade ao lado do novo marido e do filho, pede passagem.


OBS: Esta consultante passou por regressões anteriores e tratamento terapêutico.


Comandos da Hipnose: Relaxamento profundo com insentivo de relaxamento intestinal, anal e lado direito do cérebro.
Relaxamento do pâncreas.


Sessão:
... Vejo - me deitada em uma cama, em um cômodo pobre, posso ver um guarda - roupas escuro e um espelho quadrado na parede.
Meus oito filhos estão no quarto ao redor de meu leito, estou muito velha e debilitada. Há um padre conosco.
Sinto uma culpa gigantesca que corrói a minha alma e guardo um segredo que consome minha mente com o desespero.
Não quero morrer levando comigo aquela vergonha de atos nefandos. Arrependo - me vorazmente do que fiz!
Meu corpo consome - se em uma doença que os médicos da época não conseguem identificar ou tratar (câncer) e apenas deixam - me morrer aos poucos... é apenas o que podem fazer por mim.
Meus filhos me amam e devotam - me respeito... estão todos ali comigo, ao meu lado.
Os identifico perfeitamente, pois por mais que tenham outros rostos e corpos, vejo em suas faces a face atual.
O filho mais novo é meu filho nesta atual vida, ele está colocando um rosário em meu pescoço.
Meus outros dois filhos naquela vida, são meu pai e minha mãe nesta vida atual.
Minha outra filha e filho, são minha tia e meu irmão nesta atual vida.
Minhas duas filhas lá, são minha cunhada e minha vizinha hoje.
Meu filho naquela vida em que estava morrendo é meu marido nesta vida atual.
Preciso desesperadamente contar - lhes a verdade, pedir perdão pelo meu pecado.
... Estou contando - lhes... há choro...
Minha filha( que hoje é minha vizinha e que não nos suportamos) está gritando desesperada e em prantos.
A outra filha ( minha cunhada atual e que não consegue aproximar - se afetivamente de mim) silenciou dolorosamente... tomada pela dor e pela revolta.
Eu os traí, roubei - lhes a inocência... Eu os maculei... Abusei sexualmente de todos quando eram apenas tenros bebes recém nascidos.
Agi como uma fera desequilibrada! As cenas repetem - se incansáveis em minha mente a todo momento.
A dor moral era a chaga espinhenta a ferir minha consciência! Eu precisava partir e contar - lhes quem eu era para que não amassem uma mentira.
Eu sentia - me uma traidora, suja, vergonhosa...
Durante os anos que haviam transcorrido eu lutará para criá - los , educara - os sem o pai e na miséria de um lar paupérrimo. Sofrera como uma condenada para alimentá - los e vestí - los, mas a dor do que eu fizera em momentos insanos não abandonava - me jamais.
Eu pouco mantenho contato afetuoso maternal com meus filhos, pouco lhes dirijo a palavra e raro os tocava como mãe, tão envolvida estava em minha culpa e vergonha.
Eles demonstram afeto e confiança, buscam - me para contato maternal e auxiliam - me no que podem, até o momento final, sem saberem o monstro que eu sou...
Como não consegui conter os arroubos insanos de desequilíbrio sexual, dediquei minha vida a criá - los, ressarcindo - lhes com minha dedicação e trabalho, mas nada do que fazia conseguia aplacar a culpa que devorava - me.
Naquele momento final eu queria pedir perdão à eles por ter falhado...
Nada poderia explicar a dor consciencial que abatia - me naquele momento! Apesar de tudo sempre fomos uma família unida e tranquila, todos confiantes uns aos outros.
Seis filhos aproximam - se e dizem perdoar - me, mas estão tristes...
Duas filhas recusam - se a aproximarem - se.
Preciso que saibam o que aconteceu, muito mais do que preciso de seu perdão, pois não sinto - me merecedora deles.
Entendo que falhei como protetora e desejo ardentemente pagar pelo que fiz.
O ambiente é de desespero e de olhos acusadores por parte do clero que nos assiste naquela hora.
Sinto vergonha dos olhos daquele homem sisudo e o identifico como um antigo companheiro.
... Estou tendo espasmos e meu intestino rompeu - se devido ao câncer, assim como meu pâncreas devorado por aquela chaga.
A quele homem que estava ali em nome de Deus não queria que eu contasse aos meus filhos o que fiz e que depositei em suas mãos em confissão desesperada à muitos anos atrás. Este mesmo homem usou minha dor moral e meu medo para chantagear - me, fazendo - me concordar com seus abusas sexuais deturpados, aos quais me submeti sem exclamar, pois merecia ser ferida por ter agredido a inocência de meus filhos.
Aquele homem de igreja que ali se encontrava era o único que sabia de meu desespero até aquele momento...
... Estou tremendo convulsivamente ao morrer... meu corpo sacode sobre o leito violentamente...
... A igreja condenou os meus pecados e minha confissão no leito de morte e meu corpo será queimado na praça pública para mostrar a todos o demônio em meus pecados.
... Meu espírito está preso ao corpo e estou amarrada em pé em uma estrutura de tóras de madeira. Há um grande aglomerado de pessoas assistindo e julgando - me com seus lhos.
Meus filhos estão ali, desolados com tudo que está acontecendo.
Minhas outras duas filhas e o padre levaram ao conhecimento do clero minha confissão e pediram que meu corpo fosse destituído do poder materno e que meu crime fosse aberto a todos para que minha alma não tivesse méritos para um céu de descanso eterno.
É uma época governada pela igreja católica e pela crença dos pecados eternos.
... Grito desesperada, pois sinto o fogo consumir minha pele, é desesperador...
Posso ver a fogueira... meus restos mortais e ossos...
... Muito se passou, estou ainda a vagar por aquela cidade, as pessoas não se cansam de julgar meus atos e vivem a relembrar o que aconteceu. Sinto - me em julgamento eterno e tenho vergonha de aproximar - me de minha casa.
Uso as velhas roupas puídas, o velho xale grosso sobre os ombros e cabelo mal cuidado.
As ruas são desertas e os moradores que partem, assim como eu, permanecem na cidade criticando - me, jogando - me pedras e humilhando - me com palavras.
Continuo calada, não há o que revidar.
Minhas duas filhas afastaram - se dos irmãos e de casa, revoltadas demais... sofrem vida à fora e não conseguiram uma vida material diferente da minha. Os outros continuam unidos, humildes materialmente, mas tranquilos. Não pensam muito em mim, é como se eu fora uma sombra que teve sua duração e partiu para que o sol voltasse a brilhar.
...Está frio, por ali o vento é impiedoso, estou encolhida, enregelada, pois moro na rua...
... O marido que abandonou - me está bem a minha frente, identifico - o como meu ex - marido desta vida atual. Ele é pai de meus cinco primeiros filhos naquela vida, os outros são filhos do padre.
Veio convidar - me a partir, há um homem com ele, muito alto, forte e iluminado.
... Caminhamos muito, por lugares muito gélidos, feios em sua vegetação, ouço gritos lancinantes. Estou cansada de peregrinar, sinto fome, frio, ando arcada pelos anos e pela dor da doença...
Não conversamos, sinto desconfiança em relação a este marido que abandonou - me com os filhos pequenos, foram muitos anos de sofrimento, décadas de luta, trabalho e mágoa...
Estamos chegando perto de um enorme portão, sentinelas abrem para que possamos passar.
Dois Mentores os recebem cordiais e os encaminham por uma longa avenida cercada por casinhas e árvores.
Antes passamos pela triagem para a limpeza dos excessos de miasmas e logo descansaremos um pouco.
O Mentor diz que vamos ficar na mesma residência e que no dia seguinte seremos encaminhados para novo tratamento.
Busco um quarto e ignoro o marido que me abandonou e aos filhos. Deito e choro, cansada de reviver tanta dor, saudade e arrependimento.
Sinto - me mais leve, jovem, limpa, mas ainda restrinjo - me a ficar reclusa, longe dele e de outros moradores. Na vizinhança há crianças  e risos , mas não sinto nada, além de tristeza.
Participamos de grupos terapêuticos, mas tenho vergonha de explanar quem fui...
Ali não sinto o monstro dos arroubos sexuais desequilibrados e vivo como uma mulher normal, mas sei que estou castrando mentalmente minha sexualidade saudável, a qual poderia tratar ali naquele lugar.
Nenhum ser na terra poderia mensurar a dor e a vergonha de um ser que recebeu o papel de protetor e falhou com seus rebentos. Quem nunca vivenciou tal drama, jamais poderia entender o desequilíbrio em fase de transformação para o amor e a responsabilidade consciencial.
Se eu fosse menos exigente com os erros que cometi naquela experiência teria entendido que aquela culpa toda era uma maravilhosa transformação de minha alma e que por mais que eu houvesse errado, ainda em vida havia iniciado minha recuperação como mãe e como espírito.
... Já consigo expressar - me longe do marido e isso me faz bem enorme... Ainda o culpo pelo abandono...
...Estou jovem, conformada e mais lúcida quanto a minha condição, sei que terei de descer para saldar minhas dívidas...
Não importo - me com o que pode acontecer comigo, desde que eu consiga reconquistar meus filhos e mostrar - lhes que sou confiável e que posso amá - los sem desrespeitá - los.
Recuso - me a conversar com o antigo marido e estou em vésperas de renascer na terra. Aquele assunto será adiado e levarei a mágoa comigo, pois ainda sou muito imatura nas coisas do coração.
O Mentor deixa que eu relembre, agora, durante a sessão de regressão, que ele não partiu em fuga com outra mulher, fugindo das responsabilidades do lar, mas por que morreu esmagado por imensa tora de madeira, trabalho que exercia.
O padre enganou - me, ocultou a verdade para que eu estivesse entregue em suas mãos como mulher.
Deixou meu coração envenenar - se pela falta de notícias e pela minha ignorância e submissão ao lar, usando minha confissão desesperada para conseguir prazeres sexuais atrozes.
Parti culpando erroneamente o ex marido... e agora entendo onde iniciou boa parte dos desencontros desta vida atual em relação ao mesmo ex marido... toda a mágoa, os desencontros...
Sempre as conclusões precipitadas, a mágoa e os desequilíbrios sexuais a enveredarem - me em armadilhas desastrosas que arrastam - se de uma vida à outra...