Os Elementais da Natureza e a ligação com os Florais Egípcios.




Para o célebre alquimista medieval Paracelso, da mesma maneira que a natureza
visível é habitada por um número infinito de seres, a contraparte invisível e espiritual
da natureza é habitada por um a hoste de seres peculiares - aos quais ele deu o nome
de elementais e que posteriormente foram chamados espíritos da natureza.
Paracelso dividiu essa população dos elementos em quatro grupos distintos:

 Gnomos:

(habitantes do aspecto energético da terra).
 Ondinas: (habitantes do aspecto energéticoda água)
Silfos: (habitantes do ar) e salamandras (do fogo). 
Ele afirmava que eram criaturas realmente vivas, muito semelhantes ao ser humano na forma, e que
habitavam seus próprios mundos, invisíveis para nós porque os sentidos
subdesenvolvidos, degenerados, dos homens eram incapazes de funcionar para além
das limitações dos elementos mais densos.


Introdução ao Mundo dos Elementais 

   
Em sânscrito, Deva significa "Ser Brilhante". Essa palavra deu origem ao termo Deus,
Divindade. Devas são os seres elementais evoluídos encarregados da dinamização de
grandes áreas como: mares, florestas, cadeias de montanhas, grandes árvores, tendo a
seu encargo a instrução de seres menores no trabalho da natureza. No Ocidente são
chamados de Anjos Elementais ou Regentes da Natureza.
Segundo os místicos e sensitivos os Elementais são constituídos de uma matéria
luminosa etérea (um tênue material autoluminoso) e sua forma se apresenta
semelhante à humana. As variações de sua consciência evolutiva , produzem
mudanças na coloração e luminosidade e até interfere na sua própria forma.


O PLANO DOS ELEMENTAIS


Os Elementais são seres singulares e misteriosos, multiformes, invisíveis, sempre
presentes em todas as atividades da Natureza, além do plano físico. São veículos da
Vontade Criadora, potencializadores das forças, leis e processos naturais. Sua
existência é constatada por muitos e ignorada pela maioria.
Em síntese, podemos dizer que eles são os executores das manifestações do instinto
entre os animais, levando-os a agir desta ou daquela maneira, sendo essa uma de suas
mais úteis e interessantes tarefas. Eles mesmos, cada um no seu gênero, são o instinto
simples, natural, impulsivo, violento e espontâneo em ação.


Daí serem perigosos quando utilizados pelos homens no campo das paixões naturais,
cuja exacerbação produzem a limites imprevisíveis.
"Atuam em diferentes planos: no físico, no emocional e no mental inferior, quando a
forma predomina sobre a energia; no mental superior e na vontade individual, quando
predomina a vida e o ritmo, a se reduzindo à essência concentrada, formando os arquétipos."
"Todos os processos criativos, a saber: a criação, a evolução, a vivificação e a forma,
são assistidos por hostes desses seres, que agem sob a vigilância de um ser maior,
responsável, condutor, considerado, como já dissemos, o deus, o gênio da espécie.


Elementais da Terra


São os Gnomos (responsáveis pelo reino mineral ) e Duendes (responsáveis pelo reino
vegetal ).
O domicílio dos elementais da terra são as matas fechadas, rochas e ás margens das
lagoas. Como os seus corpos são feitos de substância etérea fina. Geralmente possuem
suas moradias dentro da terra, próximas à superfície. Vivem em casas e devido á sua
constituição etérea têm a faculdade de atravessar árvores , rochas , portas e janelas
fechadas.


Cuidam com carinho das flores e plantas, árvores e arbustos alegrando-se a cada flor
que desabrocha. O tamanho dos gnomos varia entre 40 e 100 centímetros. Sua
aparência assemelha-se muito à dos humanos mais rústicos. Eles adoram, como todos
os seres da natureza, imitar os afazeres dos humanos.




Elementais da Água


Ondinas (do mar e da água doce), Ninfas (da Água doce) , Sereias e Tritões (do altomar).
Ondinas: Vivem nos riachos, nas fontes, no orvalho das folhas próximo a lagoas e nos
pingos de chuva. Trabalham na água doce e salgada . Têm o poder de retirar das águas
a energia que lhe dá luminosidade, o que permite ao homem, por muitas vezes,
percebê-los em forma de um leve "facho de luz" sobre a superfície da água.

Sereias: São elementais conhecidos como metade mulher e metade peixe, desde os tempos antigos correm lendas de que têm o poder de encantar e hipnotizar o homem
com seu canto. Trabalham nas profundezas dos mares e oceanos e vêm à sua
superfície quase sempre.

Ninfas:- São elementais que se assemelham às ondinas, porém um pouco menores, e
têm seu hábitat nas águas doces. Apresentam-se geralmente com tons azulados e,
assim, as ondinas emitem luminosidade. A diferença básica entre uma e outra
encontra-se na docilidade e beleza das ninfas, que parecem "voar" levitando sobre as
águas em um balé singular.


Elementais do Ar




Os Silfos e as Sílfides são, dentre os elementais, os que mais se aproximam da
concepção que geralmente fazemos dos anjos e fadas. Eles correspondem à força
criadora do ar (que é fonte de toda energia vital ). 
A mais suave das brisas, assim como o mais violento dos furacões e tempestades, são resultado de seu trabalho. 


Nem todos os silfos trabalham e vivem obrigatoriamente na atmosfera. Muitos possuem
elevada inteligência e trabalham para criar o ar e correntes atmosféricas adequadas à
vida na Terra. Os Silfos servem no domínio dos céus e das nuvens, e são responsáveis
pela circulação e purificação do ar. São capazes de expandir e contrair seus corpos
quando necessário ao seu trabalho.




Elementais do Fogo


As Salamandras, ou Espíritos do fogo, vivem no éter atenuado. Sem elas, o fogo
material não pode existir. Elas reinam no fogo com o poder de transformar e
desencadear nossas emoções. As Salamandras, segundo os especialistas, parecem
bolas de fogo e que podem atingir até seis metros de altura. Suas expressões, quando
percebidas, são aparentemente rígidas e severas. Dentro de todas as formas, estes
seres adquirem formas capazes de desenvolver pensamentos e emoções. Esta
capacidade derivou do contato direto com o homem e da presença deles em seu
cotidiano. Por tal motivo, as salamandras desenvolveram forças positivas, capazes de
bloquear vibrações negativas ou não produtivas, permitindo um clima de bem-estar ao
homem. Só não nos contatam mais devido a nosso lamentável estado mental.



CARLOS BERNARDO LOUREIRO
Em Nosso lar, pág 279, uma breve alusão aos espíritos elementais e sua ajuda ao
nosso plano.
" - Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o
mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem para o caso do nosso enfermo,
precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição nova, segui-a silencioso. Chegados ao local onde se alinhavam
enormes frondes, Narcisa chamou alguém, com expressões que eu não podia
compreender. Daí a momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo.
Imensamente surpreendido, vi-a indagar da existência de mangueira e eucaliptos.
Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira
explicou:
- São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam.
E, á vista de minha surpresa, rematou:
- Como vê, nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte, se há quem
necessite aprender, há quem ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a Providência.
O único desventurado, na obra divina, é o espírito imprevidente, que se condenou às
trevas da maldade."

Uma pergunta feita ao espírito Ramatís acerca desse tema.
A pergunta vem do capítulo VI do livro "Mensagens do Grande Coração", capítulo chamado "Os elementais ou espíritos da natureza". Este livro é uma psicografia das médiuns
América Paoliello Marques e Wanda B. P. Jimenez. É um livro dos espíritos Ramatís,
Nicanor, Akenaton e Emmanuel juntos, com mensagens inclusive dos espíritos André
Luiz e Bezerra de Menezes. Dentre as muitas perguntas e respostas, tomo a liberdade
de transcrever uma pergunta e sua resposta que vão "direto" ao ponto. O trecho aqui
transcrito encontra-se às páginas 129 e 130 da referida obra que está em minha posse.
PERGUNTA: - Poderíamos receber maiores esclarecimentos sobre a situação
destes seres? Devemos classificá-los como espíritos?


RAMATÍS: - São embriões de mentes humanas. Encarnarão primeiro entre os
selvagens. Apresentam já esse condicionamento na sua união com os elementos da
Natureza e no fato de se esquivarem ao contato do homem preferindo a solidão dos
ambientes silvestres. Como estacionam em nível elementar de evolução mental,
recuam diante do desconhecido até que lhes capte a confiança e então tornam-se
totalmente submissos, sem capacidade de discernir numa orientação própria. Não
conseguem sobrepor-se à mente mais poderosa que os comanda. Por isso há homens
conhecedores dos mistérios do pensamento e da vontade que influem e dirigem os
elementais para alcançar propósitos pessoais. Desejamos alertá-los para o fato de
que estes seres possuem a capacidade de formar hábitos e não se conformarão
facilmente em modificá-los se seus irmãos mais desenvolvidos habituarem-nos a
determinadas práticas. A responsabilidade de quem dirige seus poderes mentais é
enorme e carregará consigo o séquito de de seus colaboradores, suportando-lhes as
tendências, que ele próprio se incumbiu de alimentar. Assim, aqueles que com objetivos pessoais dominam mentes embrionárias, certos ou errados em suas
atividades, terão que suportar a companhia e os riscos a que se ligam neste
consórcio.


     Os elementais não existem para servir de companheiros serviçais do homem. A
este, que está mais acima na escala de evolução, é que cabe dar e quanto aos
detalhes da orientação a que devem obedecer aquelas mente embrionárias, cumpre à
direção mais alta da vida fornecê-la. É justo que ao nos imantarmos à vida superior,
dela absorvendo os benefícios, desejemos que todos os seres o façam também. Não
nos cabe porém usufruir de uma imantação perigosa de nossas mentes com as que
são menos desenvolvidas, se o objetivo é a obtenção de vantagens imediatas. Se vos
entregardes a estas práticas nocivas e com o correr da evolução conseguirdes
libertar-vos do amor às coisas temporárias, ainda assim tereis que arcar com o ônus
de orientar um ser menos evoluído, responsabilidade que vos pesará, pois para ele
será muito mais difícil a libertação de hábitos cultivados, em virtude se seu baixo
teor vibratório.


   A situação dos elementais é a de quem abre os olhos para a vida a fim de ser
enriquecido pela experiência que lhe surgir. São alegres, joviais e desconhecem os
problemas morais que enredaram o homem em suas sucessivas peregrinações pela
Terra. São almas "em branco" quando surgem encarnados após o estágio no plano
astral.


    Não sofreram experiências; são crianças espirituais e isto pode ser sentido ainda
na vibração de simplicidade que caracteriza os selvagens.
    Os elementais, pois, são Centelhas de Vida individualizadas, com uma etapa
primária de evolução cumprida e outra maior e mais rica a ser vivida. São, portanto,
espíritos em escala sub-humana de evolução.



Transcrito da Revista Allan Kardec.
Divaldo Franco responde sobre os elementais, fadas, duendes, gnomos, silfos, elfos,
sátiros, etc - Existem os chamados Espíritos elementais ou Espíritos da Natureza?
Divaldo P. Franco – Sim, existem os espíritos que contribuem em favor do
desenvolvimento dos recursos da Natureza. Em todas as épocas eles foram
conhecidos, identificando-se através de nomenclatura variada, fazendo parte
mitológica dos povos e tornando-se alguns deles ‘deuses’ , que se faziam temer ou
amar.


- Qual é o estágio evolutivo desses espíritos?
DPF – Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se lhes
submetem docilmente, elaborando em favor do progresso pessoal e geral, na condição
de auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza.
- Então eles são submetidos hierarquicamente a outra ordem mais elevada de
Espíritos?
DPF – De acordo com o papel que desempenham, de maior ou menor inteligência,
tornam-se responsáveis por inúmeros fenômenos ou contribuem para que os mesmos
aconteçam. Os que se fixam nas ocorrências inferiores, mais materiais, são, portanto,
pela própria atividade que desempenham, mais atrasados submetidos aos de grande
elevação, que os comandam e orientam.


- Estes Espíritos se apresentam com formas definidas, como por exemplo fadas,
duendes, gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc?
DPF – Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não
tiveram reencarnações na Terra, apresentam-se, não raro, com formas especiais,
pequena dimensão, o que deu origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas
do passado. Acreditamos pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns
vivem o Período Intermediários entre as formas primitivas e hominais, preparando-se
para futuras reencarnações humanas.


- Quer dizer que já passaram ou passam, como nós, Espíritos humanos, por ciclos
evolutivos, reencarnações?
DPF – A reencarnação é lei da Vida através de cujo processo o psiquismo adquire
sabedoria e ‘desvela o seu Deus interno’. Na questão no. 538 de O Livro dos
Espíritos, Allan Kardec interroga: “Formam categoria especial no mundo espírita os
Espíritos que presidem os fenômenos da Natureza? Serão seres à parte ou Espíritos
que foram encarnados como nós?” E os Benfeitores da Humanidade responderam:
“Que foram ou que serão”.


- Algum dia serão ou já foram homens terrestres?
DPF – Os mais elevados já viveram na Terra, onde desenvolveram grandes aptidões.
Os outros, menos evoluídos, reencarnar-se-ão na Terra ou outros mundos, após se
desincumbirem de deveres que os credenciem moral e intelectualmente, avançando
sempre, porque a perfeição é meta que a todos os seres está destinada. - O elementais são autóctones ou vieram de outros planetas?
DPF – Pessoalmente acreditamos que um numero imenso teve sua origem na Terra e
outros vieram de diferentes mundos, a fim de contribuírem com o progresso do nosso
planeta.


- Que tarefas executam?
DPF – Inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para
acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos... interferindo
nos fenômenos “normais” da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais
que operam em nome de Deus, que “não exerce ação direta sobre a matéria. Ele
encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos”, como
responderam os Venerandos Guias a Kardec, na questão 536-b de “O Livro dos
Espíritos”.


- Todos eles sabem manipular conscientemente os fluidos da Natureza?
DPF – Nem todos. Somente os condutores sabem o que fazem e para o que fazem,
quando atuam nos elementos da Natureza. Os mais atrasados “oferecem utilidade ao
conjunto” não suspeitando sequer que são “Instrumentos de Deus”.
- Nós não os vemos normalmente. Isto significa que não se revestem de matéria
densa?
DPF – O conceito de matéria na atualidade, é muito amplo. A sua “invisibilidade” aos
olhos humanos, a algum indivíduo, demonstra que sejam constituídos de maneira
equivalente aos demais espíritos da Criação. Encontram-se em determinada fase de
desenvolvimento, que são perceptíveis somente aos médiuns, as pessoas de percepção
especial, qual ocorre também com os Espíritos Nobres, que não são detectados por
qualquer pessoa destituída de faculdade mediúnica.
-  Qual é o habitat natural desses Espíritos?
DPF – A erraticidade, o mundo dos Espíritos , pertencendo a uma classe própria e,
portanto, vivendo em regiões compatíveis ao seu grau de evolução. “Misturam-se” aos
homens e vivem, na grande maioria, na própria Natureza, que lhes serve de espaço
especial.
- Uma das grandes preocupações da humanidade, atualmente, é a preservação do
equilíbrio ecológico. Qual a atitude ou providência que tomam quando a Natureza é
desrespeitada pelos homens?


DPF – Quando na infância do desenvolvimento, susceptíveis às reações mais
primitivas, tornam-se agressivos e revoltados. À medida que evoluem, fazem-se
benignos e se apiedam dos adversários da vida em qualquer forma pela qual esta se
expressa. Assim, inspiram a proteção à Natureza, o desenvolvimento de recursos que
a preservem, , a sua utilização nobre em favor da vida em geral, em suma, “fazem
pela Natureza o que gostariam que cada qual fizesse por si mesmo”.
Como nao podia deixar de ser, posto agora o contido no Livro dos Espiritos acerca do assunto. Com a palavra Allan Kardec e a Falange da Verdade:
Ação dos Espíritos nos fenômenos da Natureza
536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial,
os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos
elementos?
"Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus."
a) - Objetivam sempre o homem esses fenômenos?
"Às vezes têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos,
entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das
forças físicas da Natureza."
b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto
como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que
são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão
certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?
"Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta
sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos
mundos."
537. A mitologia dos antigos se fundava inteiramente em idéias espíritas, com a única
diferença de que consideravam os Espíritos como divindades. Representavam esses
deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados
dos ventos, outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc.
Semelhante crença é totalmente destituída de fundamento?
"Tão pouco destituída é de fundamento, que ainda está muito aquém da verdade."
a) - Poderá então haver Espíritos que habitem o interior da Terra e presidam aos
fenômenos geológicos?


"Tais Espíritos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os
dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que recebereis a
explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor."
538. Formam categoria especial no mundo espírita os Espíritos que presidem aos
fenômenos da Natureza? Serão seres à parte, ou Espíritos que foram encarnados como
nós?
"Que foram ou que o serão."



a) - Pertencem esses Espíritos às ordens superiores ou às inferiores da hierarquia
espírita?
"Isso é conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente o papel que
desempenhem. Uns mandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens."
539. A produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de um só
Espírito, ou muitos se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los?
"Reúnem-se em massas inumeráveis."


540. Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza operam com
conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, ou por efeito de instintivo ou
irrefletido impulso?
"Uns sim, outros não. Estabeleçamos uma comparação. Considera essas miríades de
animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos. Julgas que
não há aí um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não
seja necessária à harmonia geral? Entretanto, são animais de ínfima ordem que
executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são
instrumentos de Deus. Pois bem, do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados
oferecem utilidade ao conjunto.


Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e
estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que
inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde,
quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento,
ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do
mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o
átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de
harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!"