segunda-feira, 18 de março de 2013

QUANDO ESCREVO...


Quando escrevo, peço que o universo guie estas frases para que elas alcancem aqueles que precisam e que estão prontos para entender. Desejo de minha alma que estes relatos de regressões sirvam para esclarecer sintomas que na maioria das vezes não podem ser explicados por muitos profissionais tradicionais que procuramos, mas que na maioria das vezes são esclarecidos pela luz da TERAPIA DE REGRESSÃO DE MEMÓRIA ÉTICA, onde não guiamos as recordações dos que nos buscam, mas servimos de auxiliares para os queridos Mentores Espirituais que utilizam – se de nossos estudos e boa vontade dentro da causa, para levar consolo e libertação para aqueles que buscam, desesperados, a cura para suas dores “fantasmas”.
Com todo meu respeito, ética e responsabilidade, coloco a frente de quem quiser estudar, e refletir, o material de longos anos de trabalho e dedicação, na área da Psicoterapia.

Sintomas da paciente: Houve uma separação definitiva entre eu e meu marido, nosso casamento acabou e sinto a vontade enorme de continuar amando – o como um amigo querido, que sempre foi dentro deste casamento, apesar de todas as angústias que eu sentia quando ele me tocava e do imenso medo de ser machucada emocionalmente por ele. Apesar de não ter conseguido ama – lo como ele mereceu, sinto que mesmo carregando mágoas que ainda não entendo, consegui sentir por ele o que eu sempre precisei, o amor de alguém que lhe quer todo o bem do mundo.
“Acordei vendo uma menina de uns cinco anos de idade olhando para alguém... senti vontade de chorar e um desespero enorme se apossou de mim...”
Sessão de Regressão do dia 17 de outubro de 2013.


Paciente relatando: “Sou uma menina de uns 5 anos, olhos verdes, cabelos longos, castanhos claros presos em 2 colinhas, uma de cada lado da cabeça. Sou uma criança muito bonita, estou usando um calção curtinho e uma mini blusa, meus pés estão descalços. As meninas convidaram – me para ir em algum lugar e meus olhos apaixonados buscam os olhos de meu pai em busca de um consentimento. Ele apenas faz um gesto com a mão mandando que eu vá. Meu pai é muito alto e magro, fuma muito e está sujo, assim como eu.
Somos de uma vida miserável, temos pouca água e moramos em um amontoado de tábuas e chão de terra batida e úmida. As crianças por ali são mais morenas do que eu. Não tenho mãe, não sei o que houve com ela, meu pai mal fala e nunca sobre este assunto. Mas não me importo, eu sou apaixonada por ele e meus olhos sempre o buscam. Ele não me dá muitas atenções, nem carinho, mas a veneração que tenho por ele me basta.
A rua é de chão batido, há muitos casebres, esgoto a céu aberto...
Estou indo com as meninas, elas não tem mais do que sete a doze anos de idade.
...Não gosto de onde estou, elas estão se prostituindo e estou com medo, preciso desesperadamente voltar para perto de meu pai, sinto necessidade da segurança que a presença dele me dá.
...Um homem muito arrumado e cheiroso me aborda, mas não quero conversa com ele, estou com medo e só consigo pensar na segurança da companhia do meu pai. Meus olhos infantis e acostumados a miséria, nunca tinham visto um homem tão arrumado e cheiroso. Ele tem anéis e pulseiras brilhantes e um relógio muito grande no pulso.
Recuso – me  a conversar com ele e desvio os olhos e baixo a cabeça em negação, ele não insiste...
...Já é noite, estou com muito frio e fome. As meninas maiores estão trazendo outra que chora, ela tem sangue que escorre pelas pernas. Não entendo muito bem o que está acontecendo, mas acelero meu passo para alcançar elas.
...Cheguei em casa, meu pai está jogado a um canto como sempre, me aproximo e lhe beijo, mas ele não retribui.
Deito, estou com fome, mas não há o que comer. Minha cama fica no chão, sobre madeiras velhas e cobertas duras e puídas. Eu não me importo, sinto – me bem ao lado de meu pai.
 - (Identifico neste pai o espírito de meu ex marido).
...Alguém está chamando lá fora, na porta de nossa casa vejo aquele homem que me abordou na rua, ele conversa com meu pai e vejo ele dar dinheiro. Meu pai me chama e diz que vou com aquele homem e eu o obedeço.
...Estou sendo estuprada com violência, a dor que sinto é terrível e sinto arder muito. Aquele homem empurra minha cabeça contra a parede com violência e sinto dor e fisgadas. Não consigo gritar, só choro, o choque emocional é intenso e sou muito pequena para me defender dele.
Meu pai me vendeu e a desilusão, a dor e a mágoa que explodem em minha alma infantil são terríveis.
...Aquele homem está me devolvendo para meu pai, entro em casa e procuro os olhos do meu pai e ele age como se eu não existisse. Sinto muita dor e sangue escorre pelas minhas pernas.
Não consigo segurar a urina e acabo molhando minhas cobertas, sinto muito frio e dor... Mas não reclamo, não entendo muito bem o que aconteceu...
...Não sei quanto tempo se passou, não paro de sentir frio e dor. Continuo urinando e sangrando “perna à baixo”. As crianças brincam na rua pobre, mas não sinto ânimo para ir brincar com elas. Meu pai continua ignorando minha situação e a minha presença como sempre fez.
...Estou deitada em minha cama, meu pai chegou da rua, bêbado e me entrega uma maçã... Não sinto fome...
A noite caiu e sinto ainda mais frio, meus olhos chorosos não se desviam da figura de meu pai, recostado mais adiante...
...Estou morrendo, meus olhos não se desviam de meu pai...
...Há anjos de luz comigo, eles retiram – me daquele corpo com muito amor e delicadeza e colocam – me sobre uma maca muito limpa.
...Estou em um jardim com árvores, crianças brincando alegres, mas eu não sou alegre, tento brincar, mas ainda sinto dor em minha barriga...
Um Mentor tenta me auxiliar, me dá um copo com um preparo pastoso, mas não gosto da proximidade com homens, estou muito desconfiada...
...Uma Mentora vem ao meu encontro, diz que vai cuidar de mim e eu confio plenamente nela e aceito a mão que me estende. Diz que vai me levar a um lugar...
...Estou em um berçário, há muitos bebês e todos são meninos, devem ter de três a quatro meses de idade, todos deitados sem roupinhas.
A Mentora diz que se eu quiser, posso ficar ali e ajudar, o que aceito prontamente. Há um bebê ali que me cativa, dedico todo meu tempo e atenções a ele. O amo e me é permitido passear com ele pelos jardins da colônia.
...Não sei quanto tempo se passou, mas estou sentada na grama com o bebê. A Mentora diz que para continuar cuidando dele eu terei de me tratar, cuidar mais de mim e daquela dor que sinto...
Aceito prontamente, pois o amo e não saberia me separar dele.
- (Este bebê é o espírito de meu pai).
Recebo tratamento nas câmaras e posso leva – lo comigo, um ou outro enfermeiro o segura para que eu seja tratada.
Já sinto pouquíssima dor no canal vaginal, uretra e bexiga, controlo a urina e ainda sou a mesma menina – criança daquela vida pobre na terra.
Meus olhos não perdem aquela criança de vista e ele solicita minha presença também.
A Mentora não me apressa, ela segue meu ritmo de cura, aceitação e entendimento do que ocorre comigo. Diz que vou começar o processo de miniaturização, pois vou reencarnar. Diz também, que eu não me preocupe, pois não vão me separar do bebê.
Estou muito tranqüila, ela diz que ele vai comigo para a câmara de miniaturização e que descerei apenas um pouco antes dele e que logo ele me encontrará na terra.
...Estou dentro de uma cápsula de vidro, confortável, onde posso ficar semi – deitada, na cápsula ao meu lado está o bebê.
Consigo ver a Mentora observando – nos, ela tem o semblante sereno, amoroso e feliz.
Também me sinto bem, pois ele vai me acompanhar...

Paula Aguerre
Psicoterapeuta / Terapeuta Floral