segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Desobsessão.



Dois anos em função de um obsessor e de uma paciente... Reiki, regressões, Tui ná para desbloquear ligações patológicas, psicoterapia para autoconhecimento, conversações infinitas com este obsessor durante as consultas com Reiki... E nada! É wal que conversava com ele, criava campos de forma para que eu e a paciente não "apanhasse - mos" do moço. Quando a vibração não deixava ele sentir Wal, lá ia a Paula conversar com o moço, paciência, amor, controle da impaciência, pois ele me testava a todo momento, cuidava meus mínimos erros diários para me afrontar, ficava dentro da minha casa me sondando para achar uma brecha e me jogar na cara que eu era imperfeita, se intrometia nas minhas dificuldades intimas, fazia horrores com a paciente...
Durante as sessões bufava em volta da maca e fazia questão de conversar comigo com o nariz enfiado no meu, fazendo com que eu sentisse seu hálito podre e doentio... Colocava todos contra todos e ainda reivindicava um lugar na vida amorosa da paciente que não lhe pertencia mais... Quando não conseguia atingi - la voltava - se para o filho mais novo dela, o qual tinha problemas emocionais também, aflorados. Quando ela ia dormir lá estava ele esperando por ela, como se fosse seu dono, cobrando - lhe fidelidade, contato sexual...
Dormia na cama da mãe da paciente, fazia o que queria e ninguém lembrava de nada, pois estavam envolvidos de mais com as coisas terrenas...
Entrava no consultório cheio de raiva, agressivo e tinha de ser demarcada uma linha, uma barreira para que pudesse - mos trabalhar em paz.
Fizemos de tudo, como ela era atuante no centro espírita, lá também foi pedido ajuda... E ele ria da cara de todos e cuspia ironias e desaforos...
Dois anos nesta busca incessante, confesso que os primeiros contatos me deram medo, certo receio por estar em contato com alguém tão desfigurado e com tanto ódio... Ao longo dos anos a paciente se aprofundou no autoconhecimento, dedicou - se a cuidar de si e orientou o filho, juntos continuaram dentro do consultório, atuantes, dedicados e fora dele também. Embasaram seus dias terrenos em melhorar - se mentalmente, emocionalmente e moralmente.

Perdi a conta de quantas sessões ele dava chutes, tapas e avançava pra cima de todos nós, Santa barreira de luz que impossibilitava sentir os ataques brutais...
E o que esperava -mos aconteceu, ele não aceitou ajuda...

Estou na sessão de desobsessão da paciente, ela está deitada e atuo com a energia de imposição de mãos desprendendo laços obsessores que ele emaranhou nos corpos sutis dela. Wal está a minha frente, cabeça baixa, trabalhando compenetrado. Digo a ele mentalmente que acabei minha parte, o que ele deixou que eu fizesse sozinha, pede para que eu fique em vibração enquanto ele trabalha.
Vejo o obsessor rondar a espreita, silencioso, furioso por não poder nos atacar, respira pesado e tenta pegar um mínimo descuido nosso. Há tempos que a paciente conquistou o mérito de ser protegida e diminuir a sensação dos ataques que ele exerce sobre ela. Está tudo muito silencioso, mas noto que Wal está diferente naquele dia. Enquanto ele trabalha e me deixa solta, ali estou eu desbravando o contato com minha mediunidade, envolvida em xeretar tudo, com respeito, encantada com aquele mundo e o que acontece? Sinto um frio gélido, um silêncio macabro e ao meu lado direito abre - se um portal negro. Olhei para aquilo desconfiada e com medo, pois junto com ele o ambiente impregnou de um frio gélido... A primeira coisa que veio na minha mente especulativa foi os desenhos do Heman, onde portais o levavam para tudo que era lugar... Olhei assustada para Wal e ele continuava silencioso, concentrado na paciente e em desliga - la do obsessor. Voltei minha atenção para o portal e dele saíram dois espíritos masculinos, grandes, fortes e mal encarados. Ignoraram minha presença e nem olharam para meu lado, o que me fez suspirar aliviada. Foram direto ao encontro do obsessor de nossa paciente. O que se descortinou aos meus olhos foi algo que me abalou naquele momento, mas eu sabia que tinha que confiar na proteção de Wal. Os dois espíritos seguraram o obsessor e o fizeram deitar no chão com violência, este berrava a autos brados como um animal ferido e pedia socorro. O amarraram com uma corda e ele esperneava desesperado.
Olhei para Wal, ainda concentrado na paciente, olhei a cena, quase querendo me meter e perguntei mentalmente, ansiosa, se Wal não faria nada?
Ele me mandou ficar em prece e irradiar amor... Os gritos do obsessor e seus pedidos de socorro me desconcentravam, enquanto eu tentava irradiar energias, assistia a cena e de canto de mente sondava a calma do Wal, resolvi, para desencargo de consciência abrir os olhos para ver se eu não estava em transe, hipnotizada, mediunizada, ou qualquer coisa do gênero e aquilo tudo uma ilusão de ótica, de mente, de Paula. Nada, olhei o ambiente físico, a meia luz, a paciente e os gritos continuavam... Fechei os olhos me concentrei e rezei, me emocionei e pedi pela proteção do obsessor que era arrastado pelo chão e colocado a força dentro daquele portal frio e pavoroso.
Ele chorava tanto, estava tão desesperado e achei tão forte ele ser amarrado e arrastado que mais uma vez perguntei se Wal não faria nada para ajudar?
Wal orienta - me a continuar pedindo pelo obsessor, com calma, diz que depois de tudo que tentamos e que tornara - se infrutífero, por hora, talvez aquele acontecimento viesse a despertá - lo de alguma forma, pois encontrara espíritos mais acirrados no mal do que ele. Diz que para o lugar que fosse levado e por tudo que suas atitudes o fariam passar devido ao seu próprio descuido e teimosia, talvez nossas preces o alcançassem, despertando - o em algum sentido. Que o medo que vejo no obsessor e os pedidos "humildes" de socorro, não são"por enquanto" verdadeiros e nem mudança repentina, mas interesse em receber auxílio para não ter de enfrentar espíritos tão embrutecidos no mal e nas torturas.
Olho para o portal, para a paz que Wal transmite a todos nós ali e vejo o portal se fechar levando embora aqueles três espíritos perigosos.
Wal me diz que devemos amparar todos os envolvidos com o mesmo respeito, pacientes e obsessores e que devemos orientar a mudança de todos através do autoconhecimento, quem realmente fizer o esforço, não mais será atacado, quem não deseja mudar e libertar o outro, sofrerá as consequências dos seus atos e não poderemos interferir, como naquele momento.
Fiquei bem mexida com todo aquele acontecimento, ver, presenciar um ser ser amarrado, arrastado, por mais danado que fosse, não era algo agradável e eu sabia que ele estava doente... mas que ainda não queria ajuda.
De tudo ficou a experiência e a gratidão por fazer parte daquele momento e daqueles anos de busca para libertação.
Ficou muito forte e incutido na minha consciência aquela regra que não conseguimos seguir: muitas vezes a melhor forma de ajudar alguém é deixando que ela quebre a cara, como no caso do obsessor que não aceitou a ajuda pelo amor...
Depois disto aprendi a oferecer ajuda, mas nunca insistir. Orientar, mas nunca querer fazer o ser engolir o que acho que é o melhor para ele.
Aprendi muito isto para lidar comigo mesma e com os que fazem parte de minha vida. Eu digo, eu explico, eu ofereço a oportunidade e a deixo bem clara, se não quer, paciência.
Wal me mostrou neste dia que a calma é tudo quando o outro está quebrando a cara pela sua teimosia e que devemos manter a serenidade para nos recompor e estar prontos para quando este realmente quiser ajuda...Ajudando e não atrapalhando esta pessoa COM O NOSSO DESESPERO E SERVILISMO DESEQUILIBRADO.

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