quinta-feira, 28 de junho de 2012

ANDRÔMEDA






Regressão do dia 25 de junho de 2012

Sintomas: Há um vazio existencial em minha mente, algo que não sei explicar e muito menos suprir conscientemente, fazendo com que esta sensação mórbida e enlouquecedora de culpa, perda, solidão e insatisfação não abandonem – me e me deixem viver em paz com o homem que escolhi para fazer parte de minha jornada terrena. Parece que a cada aproximação dele algo explode dentro de minha existência e sinto – me cada vez mais impulsionada a machuca – lo, afasta– lo, critica – lo, cobra – lo, sentindo – me cada vez mais só e desajustada dentro de uma convivência diária que luto para manter, mas que meu inconsciente arquiteta para destruir.
Sinto – me cansada desta insatisfação que não consigo suprir, sinto – me doente por não saber como me comportar em momentos de crises existenciais por que tudo que aprendi se torna ínfimo dentro do turbilhão em que me atiro. A culpa me assola e acabo projetando com fúria no parceiro tudo que é gigantesco demais para minha compreensão sadia.
Vivo entre o querer bem e o desejo insano de fazer com que ele sinta minha falta. Aguardo ansiosa o momento do reencontro e quando isto acontece vejo tudo ruir por que não consigo mante – lo ao meu lado com serenidade.
Quero ser livre e partir, mas há algo em mim que me faz ficar e desejar que tudo se acalme e de certo. Sinto a ânsia de entregar – me, mas qualquer movimento nesta direção aciona minha loucura interna e o sabor da vingança. Quero ser livre de algo que não sei o que é, talvez de mim mesma, mas o que consigo é sentir – me cada vez mais coagida por minhas atitudes e tudo que faço no sentido de sentir – me mais leve me leva a um paradoxo onde qualquer gesto dele, por mínimo que seja, desperta um vulcão de mágoas e ressentimentos que não sou capaz de atinar e a única certeza dentro de tudo isto é que estou adoecendo por não conseguir me libertar deste cárcere.
Preciso desesperadamente me entregar de corpo e alma, almejo pela alegria de apenas existir sem cobranças e sorrir abertamente neste mundo ao qual não consigo adaptar – me...
Preciso deste ser ao meu lado, preciso viver bem com ele e esquecer as emoções que corroem minha alma e minha existência e já não sei o que fazer para que isto aconteça,  sinto o medo da desistência assolar – me a cada passo em que retrocedo para me proteger e puni – lo...


1ª SESSÃO DE REGRESSÃO:



“... Vejo – me em um local de montanhas e relva, o suave perfume de flores chega ao meu olfato através da suave brisa que sopra. Estou descendo de uma pequena nave, seguindo meu instrutor. Ele dedica – se ao estudo da implantação do reino natural em orbes inferiores ao nosso. Estuda o resultado destas instalações e o êxito com o qual instalaram – se.
Aquele lugar tem sabor de imensidão, vazio, recomeço... Posso visualizar um céu desenhado por nuvens e colinas verdejantes. Desço e me junto ao instrutor, sigo – o por muitos planetas, aprendendo o que ele tem para ensinar – me, observando sua entrega àquele trabalho de pesquisa.


Ele está agachado analisando o solo e algumas espécies de flores essenciais a estrutura de vida que será implantada naquele planeta. Possui aparelhos sofisticados e só tem olhos para o que faz.
Há algumas caravanas instaladas naquele planeta, vindas de orbes superiores como o nosso, cada uma, envolvida em um projeto específico, os quais unidos, conseguirão firmar a vida humana por ali com chances de evoluírem como precisam. Tudo é minuciosamente analisado, estudado e enviado aos planetas de origem para serem processados pela tecnologia vigente e por supervisores que decidirão o que fazer.
Há muitos anos sigo – o em campos de pesquisas (ele é meu marido atual), há muito tempo fazemos a mesma coisa e com a mesma espectativa e resultados. Já sinto – me cansada de tudo aquilo.
Enquanto ele rasteja por solos e floras em total concentração, eu vago ao seu lado esperando que ele me de um pouco daquela atenção, que dedique um mínimo de sua energia a olhar para mim e ver que existo. Sinto – me só, vazia, sem espectativa de sucesso. Aquele trabalho não preenche meus anseios e viver de um planeta a outro não é o que almejo para minha felicidade interna. Sinto desejo enorme de receber amor, um afago, atenção...
Ele faz questão de explicar – me minuciosamente o trabalho, horas depois de ter se calado e se entregado totalmente aquilo, esquecido de minha presença ao seu lado. Sinto a ânsia de ser tocada, de que ele me olhe nos olhos e diga alguma palavra que não se refira a trabalho, mas não obtenho nada.
Nosso planeta é tecnologia avançada, o que há de mais sofisticado e que muitos planetas superiores ainda não alcançaram, é dele que saem os implantes para que sejam instalados em outros orbes, acionando assim a evolução tecnológica responsável pela manutenção de corpos.
De Andrômeda saem os mais fabulosos projetos tecnológicos, as máquinas mais modernas e os engenheiros mais capacitados. Mas o que vejo por lá é um aglomerado de habitantes que relacionam – se com máquinas e engrenagens e se esquecem que possuem uma essência, um corpo suscetível e que este necessita de algo mais.
Aquele comportamento adoece minha visão de um dia conseguir fazer com que ele me veja, me toque, me diga palavras suaves e de comprometimento.
Não agüento mais aquela situação, estou morrendo de dor e sofrimento, pois não consigo imaginar – me sem a presença dele e da alegria de te – lo em minha vida. Declaro meus sentimentos e o que ele me diz é que compartilha deles, mas que por hora nossa missão é aquela. A energia de construção deve ser drenada para aquele propósito, pois acima de nós dois estão planetas e seres que precisam encontrar em seus futuros orbes a tecnologia adequada para sobreviverem. Diz com sua habitual calma e lucidez que vê em mim o ser que estará com ele eternamente, que aquilo que nutrimos um pelo outro é o amor que procuro, ser parceiros de jornada e trabalho, comungando os mesmos objetivos de humanidade, provindos do mesmo objetivo e planeta, isso é amor e entrega.
Suas palavras me ferem, falo do toque, da conversação que não seja globalizada, mas íntima, de sonhos, anseios e desejos, mas ele já tem uma visão formada de união entre dois seres. Para os cientistas de Andrômeda, a energia da co – criação não pode ser usada para outros eventos que não sejam a área de pesquisa e implante. Confesso que nem mesmo eu sei o que mais pode ser feito com aquela energia, mas grita dentro de mim a ânsia por palavras direcionadas a mim, por olhos que me vejam, por uma promessa de amor que repercute em minha mente e não me deixa ser feliz sem a possuir. Não sei como faze – lo entender e isto me deixa infeliz.
Seria inconcebível para todos de Andrômeda desviar aquela energia poderosa e visionária provinda da mente para exercer algo mais, ninguém ali foge às regras, mas elas não me satisfazem mais, há uma outra energia mental que me envolve, uma energia que me faz querer ser querida, cuidada, única, amada, protegida com laços de afeto e alegria, assim com as máquinas recebem de seus construtores.
Queria ver nos olhos dele a mesma realização por mim que encontras em um novo planeta que visitamos para fiscalizar se a implantação de alguma tecnologia foi perfeita... mas não encontro e por muito tempo tentei ter dele esta valorização sendo uma boa aprendiz, uma aluna dedicada, desprendida. Nada do que eu fizesse era capaz de faze – lo ver – me como um ser individual que merecia atenção diferenciada algumas vezes.
Pede que continuemos com nosso trabalho, pois vamos nos juntar a uma equipe de pesquisadores de outro orbe que encontra – se ali em trabalho de desbravamento. Sinto minha alma destruída, ofuscada e colocada de lado. Sim, ele concordava que queria estar comigo e que o vinha fazendo e queria que eu aceitasse sua verdade de que aquele comportamento era o correto, mas eu não conseguia.
Rugia a pressa dentro de mim, o inconformismo, a descrença e a desilusão para com aquele espírito. Jamais poderia descrever o que uma alma apaixonada sente ao ser colocada em segundo plano quando somente pede amor e atenção, era só o que eu queria... e poderia continuar viajando com ele em trabalhos de pesquisa para o resto de minha existência.
A revolta em meu ser estava instalada, eu não poderia mais viver daquela forma, almejando algo que já me fora dito que não teria.
...Estamos subindo a colina, indo ao encontro do grupo de Antares. São espíritos pioneiros como nós, simpáticos, mas muito inteligentes e o foco é o debate sobre implementos adequados ao grau evolutivo dos seres que ali habitariam. Era certo que a implantação do reino natural havia alcançado êxito, agora a preocupação era outra, monitorar a evolução dos corpos para sanar possíveis falhas que ocorressem. Sim, era isto que também fazíamos, ficar de sentinelas eternos nestes orbes para sanar futuros agravantes que pudessem influenciar negativamente a vida nestes planetas. Sabiamos que as mentes que ali habitariam eram inferiores e por isto mesmo propensas a modificarem catastróficamente os projetos instalados, então era nosso dever estar a postos para erradicar eventos cataclísmicos de ordem destruidora ou fatores de desequilíbrio menores. Aqueles planetas eram para nós, pesquisadores e cientistas como uma máquina que depois de criada, tinha de passar por futuros reparos, modificações mais modernas e enfim, substituída por uma engrenagem mais moderna e útil aos propósitos de seus operadores.
Só a consciência de ter que voltar para Andrômeda já acionava em minha mente a repulsa, não conseguia mais ver – me inserida em uma casa movida pela mente cientifica e tecnológica. Era assustador ter de voltar e viver da mesma forma que os outros e como eu vivera desde aquele momento aterrador.
Todos interagem, alegres com os resultados, com as parcerias e ideias revolucionárias e eu estou a um canto da roda, sentada e com os olhos perdidos no vazio daquele espaço orbital que os futuros moradores chamariam de céu. A beleza era estonteante e minha tristeza parecia ser embalada por aquele planeta e suas estrelas ao longe. Nada do que diziam ali era de meu interesse futuro.
Sentia – me sufocada, presa, descrente em um futuro e precisava me libertar daquilo para sempre. Voltar para Andrômeda era injustificável e desprazeroso...
...Estou caminhando pelo imenso campo de relva daquele planeta, é noite, ali o tempo oscila, pois seus moradores investidos de corpos densos precisariam descansar e a chegada da noite os obrigaria a parar. Não sei o que esperar dali para a frente...
Vejo uma nave pousar adiante, muito além de onde estamos. Vejo seres de energia mais densa aglomerando – se sob supervisão de um espírito muito alto. Os observo ao longe e a energia deles é muito forte, ao ponto de quase hipnotizar – me.
Sinto que meu instrutor me chama através de seu pensamento, olho para trás, ao longe e o vejo seguido pelos demais da expedição. Estou indecisa e muito desiludida com a vida que ele me ofereceu...


...Estou indo ao encontro dele para despedir – me, mas guardo a esperança de que me detenha e me ofereça o que preciso... mas ele não o faz. Diz que é perigoso ficar ali, com os espíritos que avistei, mas que se esta é minha escolha ela será respeitada, pois sou dona de mim.
Sinto – me possuída de uma ira que jamais pensei existir, é como se agora, sem ter para onde direcionar a energia de minha mente, ela se acumulasse e explodisse em meu interior, causando uma explosão de indignação e mágoa. Volto – me contra ele em um desabafo feroz e ao mesmo tempo desesperado.
Acuso – lhe de não viver para estar comigo, de não oferecer – me o que era certo... digo que nunca mais me procure, que nunca mais lembre que estive ao seu lado!
E digo – lhe que esqueça – me para sempre, pois nunca mais voltarei a estar com ele.
Dou – lhe as costas e saio andando pela escuridão que o astro da noite ilumina, sinto – me destruída, falida e perdida.
... Peço permissão para falar com o coordenador do grupo que avistei e peço – lhe permissão para ficar entre eles. Sou levada até ele e nosso encontro é explosivo. Aquele ser emana energia poderosa e envolvente, como jamais presenciei e sinto – me entregue como um ser irracional e sem propósitos. Ele é Marcos...
É permitido que eu fique, sou muito bem tratada, minha forma corporal é diferente da que eles usam e minha beleza é notada por todos. Ele, a partir daquele momento, jamais se apartou de mim, tornamo – nos inseparáveis e conheci em sua presença a força da energia sexual, como eles a chamavam. Uma explosão de sentidos e entrega sem pesar ou racionalizar.
Muito tempo, centenas de anos permaneci ao lado daquele ser, como sua rainha soberana, tratada com requintes de servidão de sua parte e em seus braços eu conheci a energia do sexo, do prazer físico exposto em cada fibra de meu ser e de minha existência antes sem sentido. Momentos de prazer imensurável onde fui ensinada a usar minha energia mental para dar – me satisfação e não mais usa – la eternamente em prol de alguma construção alheia.
Foram momentos onde drenei cada dúvida, onde deixei de racionalizar e querer seguir o itinerário como em Andrômeda...
Desciamos aos planetas inferiores com propósitos de implantação, mas não tecnológica, mas de libertação mental, implantando a energia co – criadora livre de paradigmas, onde cada ser era livre para conhece – la como realmente deveria ser vivenciada: a favor de seu portador e não de toda uma geração que sugava seres e os tornavam trabalhadores sem descanso como em Andrômeda.
E assim vivi com este ser, onde ele me levou a um céu de prazer e entrega sexual, mas que nunca conseguiu apagar de minha mente aquele amor simples que eu precisava que viesse daquele ser que deixou – me partir sem lutar.
Sua lembrança jamais se apagou de minha mente, mas nunca fui cobrada por isto, pois meu companheiro amava – me demais para se importar com isto. Renasci milhares de vezes em locais diferentes, sempre afastada daquele instrutor de Andrômeda até que um dia foi preciso o reencontro entre duas almas que possuíam muito a resgatar.
Lembro – me de Andrômeda ter sido desabitada pela maior parte de seus habitantes e lá terem permanecido apenas engenheiros mais superiores, os quais tornavam possível a retenção de informações e tecnologia. Durante o processo de evolução de outros orbes ligados a implantação de tecnologia feita por Andrômeda, sucedeu – se o que já imaginara, os habitantes entregaram – se sobremaneira a tecnologia e afastaram – se de convivência sadia e do amor puro e simples, não sabiam o que era ou como entende – lo e então as coisas decaíram. Estes habitantes foram remanejados para os mesmos orbes inferiores que eram responsáveis para que pudessem reequilibrar o fluxo de chegada destes aparelhos e contornar o caos que haviam instalado. Com o renascimento denso nestes planetas, tiveram de esquecer o enorme conhecimento que possuíam e unir suas mentes poderosas aos habitantes inferiores, os quais estavam em processo inicial de afetividade e doação desta... tudo que os Andrômedas precisavam naquele momento, importarem – se com o afeto e não com a evolução desequilibrada da tecnologia. Com este decreto de Mestres superiores a eles, os orbes menos evoluídos receberam em seu seio, engenheiros como aquele ser que amei desesperadamente até os dias atuais. Com a chegada DE MORADORES MAIS EVOLUIDOS MENTALMENTE, os planetas inferiores foram alavancados em sua evolução e muitos maquinários tecnológicos foram “inventados” para que se pudesse sanar a perda de corpos densos assolados por doenças provenientes da estrutura energética destes orbes.
Enquanto isto, peregrinei por longa jornada ao lado daquele homem que endeusava – me devido a minha beleza, por possuir um corpo superior ao de sua raça em questão de energia mental. Aonde quer que eu estivesse ele estava ao meu lado e quando o planeta foi devastado e tivemos de aceitar a retirada e a perda daqueles corpos que possuíamos, ele amparou – me até o fim.
Posso ver grandes explosões ocorrendo no orbe que habitamos, seres aterrorizados se dispersam em busca de proteção, mas é tarde demais para fugir...
Fomos remanejados para um planeta ainda mais inferior ao que vivíamos, árido, habitado por animais gigantescos e ferozes, onde seres de corpos densos impregnavam tudo com sua  insatisfação aterradora... estou entre eles...


Aquela energia que drenamos para o ato sexual impregnou a todos de tal forma que a única maneira de extravasa – la era em combates territoriais. Lutavamos por tudo e devorávamos aquele orbe como fazíamos com nossas próprias mentes doentias. Haviamos nos lançado a um patamar animalesco, onde os instintos eram mais poderosos e matar era uma forma de ganhar espaço e ser dono do alimento escasso.
Usamos corpos pesados e com pêlos, conseguimos dominar alguns daqueles pássaros gigantescos e voar...
A situação agravou – se de tal maneira que a vida naquele planeta embrionário tornou – se insustentável e parece que algo estrondoso prepara – se rugindo no céu...
Uma grande explosão solar ocorreu dizimando tudo e todos, nossa ganância mental, nossa conduta desequilibrada na ânsia de sanar aqueles distúrbios que nos dominavam acabaram por acumular energias deletérias que acabaram em uma grande explosão e no término daquele lugar.
Fomos remanejados para o orbe terreno no princípio embrionário deste, quando tudo era transformação. Ali poderíamos reconstruir nossas mentes e moldar limites para estas, as quais naqueles outros orbes, não possuíam nenhuma barreira. A terra será capaz de nos trazer o esquecimento de nosso poder mental destruidor e com o longo dos milênios seremos capazes de nos harmonizar o suficiente para podermos voltar aos nossos planetas de origem.
Aquele homem jamais foi esquecido em minha inconsciência, mesmo magoada com aquela separação, o busquei por muitas vidas na terra, a qual poderia harmonizar a imensa mágoa e desejo de feri – lo que eu guardava em meu coração.
Por milênios nos buscamos, por vidas e vidas atuamos no palco das reencarnações e por momentos sucessivos voltamos a nos perder no grande ego deturpado do que ocorrera.
Com a chegada do terceiro milênio nossas almas mais brandas e amadurecidas começam a baixar as defesas e voltar – se para o que realmente sempre importou, ficarmos juntos através do encontro sereno de mentes e almas. Começavamos uma nova etapa, agora amadurecidos e conscientes do que realmente importava e era prioridade.
Estamos juntos, hoje, nesta vida atual, por que renascemos milhares de vezes separados para aprender que o que precisamos está em nós e que o outro somente poderá complementar o que já possuímos... Estamos juntos por que entendemos que temos em cada um as ferramentas necessárias e que culpar o outro apenas nos afasta e faz sofrer.
Entendo que hoje ele faz seu melhor... dar – me amor incondicional, hoje vejo em seus lindos olhos que ele ilumina – se ao me ver, que cala – se para que eu possa sentir – me importante e dona de mim...
Hoje eu encontrei o que eu sempre procurei, a confiança em mim mesma, só neste dia eu poderia ficar ao lado dele sem separações traumáticas, neste dia entendo que ele me coloca acima de tudo e que o resto é o resto da existência.
Hoje recebo amor, atenções, carinho... e ele faz com que eu me sinta segura para sempre...
Tantos desencontros para me mostrar que eu o feri ao longo do curso de vidas para mostrar – lhe que precisava de mim, quando na verdade era minha essência que necessitava a presença dele, pois sem este ser eu seria uma metade a espera , a beira de uma jornada, como das outras vezes.
Hoje entendo que preciso baixar as armas e aceitar que tudo passou e que recebo o que sempre almejei, ser amada por ele e te – lo ao meu lado... sofremos por longa eternidade, apartei – me daquele outro ser, pois jamais o amara, ele dera – me o que eu queria, mas não era quem minha alma buscava.
Eu o agradeço pelo carinho que dedicou a minha existência, mas entendo que preciso deixar que parta para que encontre sua metade, aquela que lhe dará tudo que me deu e que não ira puni – lo por não ser como gostaria que fosse. Liberto – o de minhas amarras mentais e sou agradecida por tanto zelo, pois é hora de voltar aos braços de um único ser. Aquele que busquei por toda a minha existência, por todos os orbes que renasci..."


Paula Aguerre
Psicoterapeuta Reencarnacionista com habilitação para Regressão terapêutica Ética




terça-feira, 19 de junho de 2012


PROJETO ATLÂNTIDA.


Há algum tempo tenho recebido em consultório casais que referem dificuldades com o parceiro, dificuldades estas relacionadas ao desequilíbrio sexual e também e mais grave, a falta de libido, interesse, referem cansaço sem explicação, brigas sem motivos específicos, separações de parceiros (a) que continuam a amar, mas que não mais conseguem manter em suas vidas.
Não conseguem encontrar – se nos mesmos projetos de vida a dois e muito menos em si mesmos. A dificuldade com a descoberta da missão da alma referente ao exercício do trabalho terreno tem interferido em suas conquistas, empreendimentos, sucesso e felicidade. Os filhos tão desejados não vêm e os rebentos que já estão no lar encontram – se tão perdidos quanto o casal em si.
Médicos não encontram distúrbios físicos e medicações faixa preta tem sido o consolo destas gerações que chamo de Geração da culpa. Carregam bagagens inconscientes em forma de fardos pesadíssimos que, ao não conseguirem manusear para amenizar o peso patológico emocional, inconscientes ou cobertos de crises de raiva, ódio e ressentimentos que julgam ser criados pelo comportamento do parceiro, jogam sobre o conjugue, no desespero de que o outro os livre daquilo que não sabem lidar.
Os filhos absorvem este comportamento energético e por fazerem parte de uma programação de resgates junto aos “pais” acabam dispersando sua consciência e entregando – se a muitos desequilíbrios, desde o uso de substâncias tóxicas, ao romper  desequilibrado da relação filhos e pais. Iniciam a vida afetiva sexual prematuramente e os genitores os incentivam por não encontrarem  meios de os barrar nesta busca desenfreada por algo que lhes acalente a vida turbilhonada na qual foram arremessados.
Não diria que a culpa por este desfecho tem um dono, mas diria que têm vários. A prevenção é a atitude mais sensata, mas todos estão perdidos demais para entender isto ou buscar formas de diminuir o impacto de seus desequilíbrios, estes, contarei minha experiência agora, alimentados pela espiritualidade das camadas inferiores, situadas próximas ao orbe terreno.
As gerações atuais e mais jovens tem sido arremessadas a um futuro de atitudes que não condizem com a busca equilibrada da evolução que vieram buscar no orbe terreno, perdem – se em atitudes alimentadas por outros e não conseguem manter o mesmo ritmo de equilíbrio e sanidade emocional que precisariam cultivar em termos de seres individuais. Espelham – se no outro e acreditam ter de fazer o mesmo, temerosos de serem julgados por uma sociedade doente, a qual acreditam detentora da verdade e dos bons costumes.
Chegam aos consultórios, e pior, muitos não buscam auxílio, com casamentos desfeitos, culpas aterradoras, doenças psicossomáticas que ainda não estão preparados para enfrentar verdadeiramente, crentes de viverem como manda a etiqueta, infelizes, desesperados e com filhos que andam soltos pelo mundo para que encontrem a própria sorte de eventos que os façam amadurecer, já que seus responsáveis encontram – se tão perdidos como se fossem os pequeninos em questão. Chegam sem saber por onde começar, relatam atitudes de agressões dentro do lar, entregas sexuais sem o mínimo prazer, apenas para satisfazer um parceiro tão doente emocionalmente quanto o que encontra – se sentado e de olhos marejados a nossa frente. De espiritualidade pouco falam, buscam – na em templos terrenos que visitam quando a coisa” explode dentro de casa”. Quando nos ouvem dizer que espiritualidade é uma questão de consciência interna olham – nos assombrados e pouco retornam as consultas absorvendo um pequeno resultado com a primeira consulta e  mais uma vez contentando – se com melhoras aparentes, as quais não serão duradouras, pois os relacionamentos não foram feitos para permanecerem  estagnados em uma única crença, mas seguir evoluindo com a busca de seus participantes.
Trabalham de sol a sol em empregos que os sugam e os tornam pessoas cada vez mais doentes, guardam o medo mórbido de arriscar, talvez ganhar um pouco menos, mas exercerem o que gostam, não compreendem que o começo é assim, mas que o retorno em todos os sentidos se fará presente e abundante, pois pela primeira vez na vida jogaram – se com o coração e não com o consumismo.
Adiam consultas ou descartam – nas para que não precisem investir financeiramente em algo a longo prazo, visam melhorias rápidas e insatisfatórias a curto prazo e não conseguem ouvir alguém mais sóbrio para que possam entender que precisam fazer escolhas para si e não para os que vivem ao seu redor. Alimentam crianças e adolescentes consumistas e rebeldes que não aceitam ao longo dos anos sua interferência como pais e responsáveis pelo seu bem estar e estruturação moral, pois estes mesmos os ensinaram que tudo é transitório e que é necessário usar a rapidez para nada se perder, não importando como seja ou o que aconteça.
Esquecem de dar exemplos sólidos de comportamento, pois não os usam para si mesmos. Exigem tratamento “vip” dos que os rodeiam e quando não conseguem desabam tentando achar um culpado, quando não o encontram ou os que o rodeavam já partiram para atuar em suas próprias vidas, descontam em um fluxo exagerado de parceiros (a), festas onde a bebida é fator predominante e remédios são o travesseiro de uma consciência perdida e doente.
Qualquer artigo que escrevo e mantenho aberto ao público também fez parte de minha experiência como ser individual, os processos narrados também fizeram e em muitos itens, ainda fazem parte de minha vida. O propósito aqui não é rotular consciências culpadas , mas alertar para que a perda seja cada vez menor e o desequilíbrio possa ser identificado e sanado no começo.

Relato de experiência consciencial fora do corpo físico:
Há muito identificava mudanças em minha mente que faziam – me afugentar o contato com o parceiro, contatos de todo teor, desde o afetivo ao contato nos olhos. A guerra dentro de casa estava instalada e o caos era desnorteante, pois procurava culpados e ao mesmo tempo não queria ser um deles.
Através da percepção aguçada, várias vezes havia percebido interferências espirituais de baixa vibração moral, mas procurara atinar toda esta informação a minha culpa e a ressonância de ressentimentos contra o parceiro que fazia questão de trazer patológicamente de outras vidas.
Havia estipulado que não daria ouvidos se haviam ou não interferências nocivas externas dentro do lar ou de minha vida, desejava ser independente da espiritualidade superior nesta questão e resolver meus problemas, que agora entendia, causados por mim, e deixar de culpar eternamente obsessores espirituais pelo meu insucesso. Queria aceitar que era eu quem criava aquele caos com minhas atitudes e parar de depender de seres de boa vontade que tinham de salvar – me a cada vez que metia os pés pelas mãos, dominada pela arrogância e mágoa por não conseguir fazer com que o parceiro fosse como eu queria que ele fosse.
Casais e mais casais chegavam ao consultório alegando desesperadamente a falta de sexo no relacionamento, mulheres que diziam amar seus parceiros, mas que não conseguiam resgatar a vontade de um envolvimento físico. Homens exacerbados energéticamente que ao estar na presença da companheira, colocavam tudo a perder devido a ansiedade.
O caos em consultório também estava instalado e minha mente aguçada começou a abrir tréguas entre o ego e o bom senso, ou seria humildade?
Viajando para outras cidades para ministrar cursos comecei a encontrar mulheres e homens na mesma situação, vinham para os cursos e na hora de manipularem as energias aprendidas, em sua mente lhes vinha o desejo de confessarem – se comigo em consultório. Não preciso narrar o desfecho destas conversas confidenciais, pois sabemos seu foco, a falta de energia sexual e a dispersão mental.
Foi quando surgiu o Seichim em minha experiência como pessoa, a cura pela energia egípcia, o qual me trouxe resposta que necessitava levar para meu trabalho como psicoterapeuta. Desenvolvi os cursos de forma que os grupos que procuravam – me para fazer os cursos e iniciações, pudessem ser beneficiados e orientados pelos Mestres espirituais Egípcios, a usar este manancial para a compreensão e libertação de suas mentes cativas.
Devo dizer que o que descobrimos dentro dos cursos foi revelador, as mensagens deixadas pelos Mestres eram reveladoras e emocionantes.  Entendíamos que não estávamos sozinhos naquela questão, mas amparados e direcionados àquele momento por seres que alertavam – nos para o que nossos olhos físicos não viam.
O que vou narrar agora são casos de pessoas em trabalho terapêutico que concordaram em dividir com outras pessoas e casais estas experiências.
Foram trabalhos astrais fora do corpo que exerci e penso ser de extrema importância revelar para aqueles que desejarem comparar e que sentem – se encaixarem – se com estas experiências.
“...É sábado, estou dormindo com meu marido em outro cômodo da nossa casa, A MUITO NÃO GOSTO DE FICAR EM MEU QUARTO, O QUAL DIVIDO COM MEU MARIDO, não sei o que há, mas só o fato de estar ali encomoda – me e perturba meu sono e minhas energias. Acordo cansada, tenho sonhos que afetam meu descanso mental e tenho sonhos eróticos com meu marido e com outros homens e mulheres que não sei identificar. Estranho sonhar com meu marido, já que não nos relacionamos sexualmente com freqüência como antes. Sinto – me desmotivada, muitas vezes sinto nojo dele apesar de saber que é um ser limpo e higienizado.”
(Este é um relato de consultante, irei deixar aqui vários trechos de outros para que possam entender o que acontecerá depois):
“- SINTO – ME CULPADA, não sinto vontade de fazer sexo com meu marido, o amo, ele é compreensivo e não me apressa, mas tenho medo de que ele me deixe, procure outra, perca a paciência com minhas atitudes...”
( Estes consultantes não tem prognósticos físicos de patologias ou distúrbios glandulares):
“_ Sinto raiva de meu marido, ódio, tenho repulsa pelo corpo dele, por secreções hormonais, não tenho mais o desejo de beija – lo na boca e fujo deste contato. Muitas vezes, quando estou com ele, não o vejo, vejo outra pessoa, outro ser do qual não gosto, que tenho nojo...”
“_ Simplesmente me sinto cansado, desmotivado, há algo que ínsita em mim o ressentimento em relação a minha parceira, é muito forte e não encontro forças em mim mesmo para relacionar – me sexualmente, simplesmente a vontade vai embora ou quando chega a noite ela se perde...”
“- Quando vou dormir vejo seres animalescos, sexo entre grupos de homens e mulheres e me vejo fazendo coisas que não faria acordada. Sinto prazer em estar naquele lugar, mas quando volto sinto – me culpada, triste, sugada, até mesmo o nojo que sinto da presença de minha mãe sem motivos, eu encontrei neste sonho...”
“- Vi em um sonho, meu marido relacionando – se sexualmente com uma mulher que mais parecia um bicho, deformada, as secreções sexuais eram nojentas e eu estava escondida vendo – os, com muito medo de ser pega... Aquele lugar não era daqui e aquela mulher não era real... Não entendo.”
( E POR AÍ SE ESTENDEM INFINITOS RELATOS E DESABAFOS EM PEDIDOS SILENCIOSOS DE SOCORRO).
Investigar era a solução.
No sábado estava em meu consultório, logo ao amanhecer, havia dormido ali para encontrar respostas e equilíbrio e usar a egregora que ali estava instalada para que conseguisse respostas cabíveis. Fiz a prece de auxílio sem saber o que esperar e logo fiquei entre o sono e a vigília:
Um ser mediano, carrancudo adentra o ambiente e convida – me para segui – lo. Obedeço, sinto segurança nele. Leva – me para o quarto de um casal que conheço e pede – me que observe o local. Sigo as instruções e vejo certa forma de energia espessa pelo chão, escura, pegajosa. Ao olhar para o teto sobre o quarto e a cama visualizo uma fumaça cinza com nuances negras cobrindo o espaço aéreo da cama do casal. Ao lado da cama há um portal escuro e esfumaçado, aberto, posso ver que uma escadaria leva ao subterrâneo.
O amigo espiritual de corpo denso convida – me para entrar com ele no portal e obedeço prontamente, mas não sem antes certificar – me de que ele permanecerá comigo, pois a energia de medo que invade – me é um sinal de alerta de que devo ter cuidado e prudência.
Ele assente e então iniciamos a descida por aquelas escadas.
... Estamos em um local com uma estreita estradinha de terra escura, ao lado direito e esquerdo há dois fossos de podridão, como um caldo negro e nojento, onde homens e mulheres chafurdam em gemidos e gritos de desespero. Procuro não focar minha atenção ali, sinto que meu condutor não se atém e que tem pressa de me levar a algum lugar.
O clima é de uma brisa que enregela a alma e desperta uma tristeza profunda, o ar é sujo e é noite muito fechada. Ele segue a minha frente mostrando o caminho. Sei quem ele é, é um trabalhador do povo do fogo transmutador, encarregado de drenar energias de seres envolvidos coletivamente para tentar amenizar o caos e a destruição de corpos na terra.
Estamos chegando a um aglomerado de pedras gigantes, ele aproxima – se e agacha – se atrás delas, fazendo sinal para que eu faça o mesmo. Obedeço, mas quando levo as minhas mãos para me apoiar nas pedras desisto, elas estão cobertas por um líquido viscoso como óleo.
Estico meu pescoço e olho além das pedras, onde a atenção dele está focada. Há uma cidadezinha lá embaixo, incrustada entre montanhas tão escuras quanto a noite. Vejo pequenas luzes bruxuleando e fumaça de chaminés.
O amigo não é de conversa e desde que saímos da terra ele apenas usa gestos e abanos de cabeça.
Um grande ser se aproxima de nós, ele usa uma capa com capuz e deve ter mais de dois metros de altura. Não me mostra seu rosto, mas não consegue esconder de mim por completo sua forma corporal diferente. Cumprimenta – me cordial e agacha – se a minha frente, me sinto uma criança perto da estatura e estrutura óssea dele. Coloca a mão em minha fronte e uma luz irradia dela, penetrando – me. Diz que fará com que eu passe desapercebida pelo povo da região, pois seria catastrófico se percebessem minha presença.
Explica – me que devo manter silêncio e não me aproximar demais dos moradores, pois podem não ver – me, mas sentirão minha presença e poderão soar os alarmes e avisar o “CHEFE”. Aceito sem questionar e vejo um campo de força envolver meu corpo, como uma fina capa protetora.
Aconteça o que acontecer não faça barulhos ou aproximações, repete várias vezes.
Estou seguindo – o pela encosta da montanha, há muita terra árida e poeira, o que dificulta o equilíbrio. Resvalo várias vezes, mas mantenho o curso que ele segue, descendo até o vilarejo.
O habitante do povo do fogo transmutador ficou nas pedras, como um sentinela pronto para intervir.
Chegamos a uma estradinha muito estreita, sinto dificuldade de transitar por ali e me esmero em não fazer barulho, estou com muito medo, pois já encontrei em outras viagens e vidas o chefe daquele lugar e com certeza não gostaria de ser descoberta por ele.
Estamos caminhando pela avenida  principal do vilarejo, casinhas muito pobres distribuem – se nas laterais da avenida de chão de terra e o cheiro de fumaça é muito forte, despertando – me uma certa saudade. Há festa no vilarejo, habitantes em algazarra passam por nós, mas não nos percebem, sempre que aproximam – se muito de mim procuro desviar.
São seres como eu, mas perderam boa parte de sua forma humana, sua pele escama como erupções incomodas e isto me deixa nervosa, pois aquilo deve doer muito. Mulheres em rictos de loucura fazem sexo explícito nas ruas unidas a parceiros tão sujos e nus quanto elas. Ninguém por ali está vestido, aquilo parece ser o normal e o barulho é grande.
Passa por mim um espírito de homem já sem sua forma humana, portador de dois órgãos sexuais masculinos...
Cruzamos por becos escuros e sujos onde seres fazem sexo grupal e de todas as formas inimagináveis em total sintonia. Ao cruzar um beco olho para seu interior e identifico alguém... Paro a marcha e dirijo – me para perto daqueles dois seres em movimento frenético sexual. Olho – o silenciosa e calada, ele sente minha aproximação e por um momento olha para o nada e sorri: - Tu veio(...).( Convida – me para participar.)
Não respondo, o amigo espiritual já encontra – se ao meu lado pedindo que eu seja cuidadosa para não ser descoberta. A mulher horrível, suada, coberta de líquidos sexuais e deformada pergunta ao parceiro com quem ele está falando, olha para ver se entende, mas não consegue. Ele não lhe responde e como me mantenho calada e imóvel ele volta sua atenção para o que estava fazendo. Aquele não era momento para crises existenciais e de fidelidade de minha parte, o que acontecia ali ia muito além desta visão humana e medíocre e expandia – se para uma compreensão de saúde mental universal. Confesso que a maturidade que envolveu – me naquele momento surpreendeu – me, a calma misturada a tristeza por presenciar o mais baixo desequilíbrio mental de alguém que admiro e amo, mas eu também havia saído daquele lugar, a muitas décadas atrás para tentar voar através do autoconhecimento libertador e não tinha o direito de exigir consciência de seres que já iniciavam uma jornada de dedicação ao lar terreno e aos que faziam parte dele.
Dou meia volta e sigo meu guia...
A energia sexual naquele lugar é contagiante e até eu mesma sinto que de certa forma o poder daquela energia me afeta. Controlo – me...
É difícil caminhar naquela terra solta e poeirenta, meus pés enterram – se e não consigo ser rápida. Ele pede que eu olhe para meus pés...
Estou de pantufas, saí de meu consultório e automaticamente exerci um comando de costume que tenho, calçar as pantufas. Sinto vontade de rir, mas rapidamente uso minha mente para reverter aquela situação, tenho que mostrar agilidade. Logo em meus pés vejo meu par de tênis e sigo em frente sem atrasa – lo. Olho para onde ele aponta e vislumbro no alto de uma colina um enorme pavilhão cheio de chaminés e luzes, trabalhando a todo vapor e emitindo um som macabro de engrenagens.
Ele me diz que aquele lugar é chamado de usina e que ali são armazenadas a energia sexual de todos aqueles seres que comprazem – se sexualmente lá no vilarejo, a maioria habitantes encarnados da terra que voltam para “casa” quando o sono físico chega. Diz que são usurpados, drenados, sugados sem que percebam e que isto está ocorrendo com a maior parte dos moradores da terra.
Estamos nos aproximando da usina, diz que estão me esperando, mas não faço idéia de quem seja. Sigo – o e meus olhos não perdem a imagem daquela grande construção sinistra erguida em meio a escuridão. Noto que somente ali há luz elétrica e que no vilarejo os moradores usam tochas e lamparinas para criar certa forma de iluminação, o que ínsita ainda mais a mente compulsiva por sexo.
Estamos entrando por debaixo da construção, ali há um grupo de pessoas reunidas em silêncio, entretidas em algo...
Você veio! A mulher aproxima – se de mim e me abraça apertado, demonstrando toda sua alegria por rever – me, é Portia, querida instrutora. De algum canto surge um Lemuriano gigantesco e de pele diferente, sem cabelos, musculoso que sei bem quem é. Abraço – o muito feliz, é  Ouckassim.
Quero saber onde está Amaranto, o médico da expedição, é ele quem geralmente conduz aquele grupo, Portia me diz que ele encontra – se infiltrado dentro da Usina, e que de lá envia informações para os computadores que possuem ali fora. Olho para o centro de atenções deles, um pequeno aparelho, como um nootbook. Ela me conduz até a frente da tela e deixa que eu veja a interminável lista de nomes de casais que desponta freneticamente vindo do interior da usina. Para mim é um pouco difícil concentrar – me para ler naquele lugar, mas esforço – me, não alcanço grandes resultados, mas consigo ler alguns: lado a lado está armazenado o nome de casais, o nome do parceiro e ao seu lado o respectivo nome de sua companheira, e para meu espanto, o nome dos filhos e futuros bebês que renascerão.
Vejo nomes de consultantes, meu próprio e de meu marido, até mesmo visualizo o nome de meus pais naquela lista, os quais separaram – se traumaticamente e até hoje, 20 anos depois, não são felizes por que não esqueceram – se.
Sento – me no chão sobre uma pedra e sinto – me tonta, desconexa, eles me pedem concentração, ou serei arremessada de volta ao corpo sem observar tudo que preciso.
O ser da capa e capuz se aproxima de mim e coloca sua mão sobre meu sexto vórtice de energia, uma luz suave irradia em meu ser e começo a sentir – me bem. Ele diz que devo levar aquela informação para os casais da terra. Preocupada, argumento que posso receber reprimendas de pessoas que não entenderiam tudo aquilo. Diz que eu lance a semente e que todos os que já estão prontos para sabe – lo irão achar aquele conteúdo.
Informações de dentro da usina ainda chegam e o clima de certa tensão é aparente, se descoberto lá dentro, Amaranto pode perder oportunidade libertadora para esclarecer os desavisados e imprudentes moradores da terra.
Se bem entendi  a lista é para que os casais ali relacionados sejam separados?
Sim e pior, casais separados pela falta de energia sexual ou unidos pelo excesso patológico de energia sexual, entram em atrito e os futuros filhos não renascerão, e muitos destes futuros bebês serão responsáveis pelo fim desta cidade e deste roubo de energia. Serão responsáveis pela mudança de freqüência do planeta e iniciarão este evento dentro de seus lares, reorganizando com sua própria energia, a energia desequilibrada de seus pais. Terão o poder mental de não serem atingidos por esta tecnologia do plano inferior e atuarão no ensejo de credibilidade desta existência além dos olhos físicos, acabando por convencer seus genitores e responsáveis da existência destes mundos desacreditados. É pela falta de credibilidade nestas tecnologias avançadas dos engenheiros astrais inferiores que o caos tem – se instalado na terra e nas mentes de seus habitantes, Se todo casal ou indivíduo devotasse um certo tempo para sua vida e seu lar,perceberia que estas instalações estão dentro de suas casas e poderiam por si mesmos, desliga – las evitando tanto sofrimento, doenças, agressões e separações.
Como estes seres terrenos fazem parte deste lugar e comprazem – se por aqui, desleixados e cúmplices com este vampirismo, as crianças do terceiro milênio virão em maior número para que com sua própria vibração de amor e dedicação possam começar a desconexão natural dentro de seus lares, pois o bem inicia no ninho em que o indivíduo nasce.
O esquema aqui instalado tem proporções aterradoras e os encarnados são responsáveis por tudo que lhes acontece dentro do lar e ainda contribuem para isto, vindo até aqui, saturando – se de esquecimento, valorizando a entrega sem restrição de suas energias sexuais.
Um alarme estridente soa dentro da usina e espalha – se por toda aquela cidade. É um barulho horripilante.
Está na hora de partirmos, me avisa o ser de capuz, olho – o e pergunto por que não me mostra sua forma. Diz que eu não o entenderia... ainda. Sinto que é um morador de Atlântida que conseguiu evoluir neste mundo e que conseguiu voltar para casa e continuar o trabalho de auxilio que exercíamos quando estávamos por lá. Não retruco.
Diz que amanhece na terra e que eles preparam – se para retornar com os encarnados e acopla – los como desejam aos seus corpos, que devemos nos apressar para ver este procedimento. Diz que não vamos seguir pelo caminho que viemos, que iremos direto, passamos por todo aquele trajeto para que eu pudesse narrar para os interlocutores.
Estamos nas pedras novamente, o sentinela continua ali, despeço – me dele e agradeço a proteção.
Estamos no quarto do casal, pelo portal adentram dois engenheiros astrais com aparelhos em mãos e um sentinela que instala – se ao lado do portal. Estamos todos ali, eu, Portia, Ouckassim e o Atlântico ( não sei como chama – lo, não perguntei no momento), ele ergue uma barreira de energia e deixa – nos no recinto apenas separados dos outros por aquela tênue barreira de luz.
 Mantenha silêncio, pede – me, ele conhece – te muito bem e poderá descobrir – nos. Nem suspiro,  estou ereta e espremida entre o guarda – roupas do casal e a camada protetora de energia. O medo que sinto do que está por vir já encarei antes e não desejo dar motivos para que o chefe me encontre desprevenida.
Ele entra no quarto vindo do portal e fiscaliza cada espaço entre a cama e o teto, onde aquela nuvem espessa está instalada. Aos meus olhos abrem – se as nuvens escuras e vislumbro sobre a cama uma  aparelhagem com inúmeros botões e alavancas pequenas.
Eles ficam mexendo naquilo totalmente concentrados, fiscalizados pelo “chefe”. Vejo emergir do portal dois sentinelas carregando, adormecido, o homem que encontrei naquele beco. Devolvem ele ao corpo e retiram – se.
O chefe (ele se chama Marcos...) sabe que o casal está estranhando algo naquele quarto e não está contente.
Logo em seguida adentra o recinto a mulher deformada e suja de líquidos sexuais que vi no plano inferior, anda pelo local como se estivesse hipnotizada, procurando pelo parceiro que foi devolvido ao corpo. Está tão excitada que parece um animal irracional, ansiosa, está tremula, não parece bem. Procura – o, abre o guarda – roupas do casal e segura entre as mãos as roupas do homem adormecido no outro cômodo. Cheira – as, esfrega – se nos casacos, pega – os e limpasse neles, passa – os nas regiões genitais.
Não nos movimentamos, apenas observamos. O chefe sente algo e anda em nossa direção, tenta ver algo além, fiscaliza, pensa...
Estou espremida em Portia e Ouckassim, como se assim ele não fosse me ver e dominar.
Marcos desiste de encontrar algo e volta sua atenção para o que seus engenheiros fazem. Sobre a cama, aquele equipamento forma duas massas de energia individuais, uma de cada lado da cama, exatamente onde o marido e a esposa deitam. É uma massa escura, pegajosa, porém etérea, movimentasse ao sabor dos estímulos que aquela aparelhagem envia.
Há inúmeros fios presos aquela massa de energia, alguns muito finos outros grossos. Do lado em que o marido dorme de costume, a fiação prende – o densamente no tronco, enquanto um fio denso está conectado ao seu pênis e outros às pernas.
Ramificações eletromagnéticas estão acopladas a massa energética do lado em que dorme a esposa, um fio muito denso prende aquela massa como se fosse ao cérebro, descarregando cheques elétricos que a fazem ter orgasmos noturnos, retirando – lhe as energias e a pré disposição de relacionar – se sexualmente e saudavelmente com o marido em momentos em que está acordada.
No conjugue esta fiação o impulsiona a sair do corpo e procurar saciar seus desejos sexuais com aquela mulher que esta por ali, gastando suas energias com ela, totalmente hipnotizado, assim com ela nas mãos daquele chefe. Este desfecho me faz concluir que há uma sabotagem por parte daqueles seres contra o casal e sua harmonia conjugal, incitando – os a uma separação prolongada para que não desconfiem do que acontece por trás do que seus olhos não podem ver. Pior, o casal está unido por outro objetivo, receber dali a quatro anos em seu lar, uma criança de vibração cristal que ira levar adiante os projetos nos quais a mãe está envolvida.
Tudo encaixa naquele momento e com aquela visão, perfeitamente, nas narrativas e “sonhos” dos que narrei acima. Para minha compreensão sempre racional é um pouco difícil aceitar que somos usados como fantoches de seres que nossos olhos físicos não vêem. Me perguntava como pessoas que não tinham aquela visão que eu estava tendo, conseguiam defender – se ou desconfiar do que estava acontecendo em suas vidas, em suas casas e mais importante, em seus cômodos conjugais, onde somente o casal e espíritos superiores deveriam ter acesso.
A falta de ligação com as verdades espirituais era uma boa resposta, o sexo desprovido de amor, respeito, os lares descuidados de proteção energética... as ligações com esferas inferiores de promiscuidade e o “benefício” do esquecimento que estes encarnados usavam para livrar – se da lembrança e das culpas do que andavam fazendo e de onde embrenhavam – se durante o sono do corpo físico. Uma boa explicação para noites mal dormidas, sonhos bizarros na visão de muitos que já conseguiam aflorar alguma lembrança de onde andavam e do que haviam feito... Mérito importantíssimo para a libertação daquele cárcere que viviam vida após vida e vida pós morte.
Continuei ali até que outra cena deixou – me de olhos fixos nos detalhes do que acontecia. O “chefe” e a mulher deformada fisicamente, aproximaram – se da cama e ele dispensou os engenheiros astrais, os quais partiram pelo portal de acesso ao quarto do casal. Envolvidos na energia deturpada que exalava de ambos deitaram – se na cama do casal e fizeram sexo animalesco, usando a energia liberada de seus corpos e mentes para alimentar aquelas duas massas acopladas a cama do casal e infestar o ambiente com resquícios de fluídos nojentos e pestilentos que liberavam do ato sexual em si. Quando tudo terminou, ele dispensou – a e mandou que voltasse para o vilarejo.
Mandou que o sentinela continuasse vigiando o local e também partiu.
O Atlântico deu – nos um comando para agirmos no local, com a partida do chefe, as coisas ficavam menos perigosas. Pedi permissão para atuar no vigia e me foi permitido. Aproximei – me deste protegida pela camada de invisibilidade aos seus olhos e exerci alguns movimentos energéticos que uso em sessões de hipnose com meus consultantes que buscam tratamento através desta técnica terapêutica. Logo ele adormecia e dois vigias do povo do fogo transmutador o levaram para dentro do portal.
Senti – me muito útil e solicitei auxiliar naquela aparelhagem, o que me foi permitido. Sentia uma confiança enorme ao subir na cama do casal e observar tantos botões e mini alavancas de comando. Naquele momento, em minha mente ressurgiu lembranças dos tempos que fiz parte daquele vilarejo e dos anos intermináveis que atuei naquela usina, auxiliando na instalação daqueles aparelhos. Deixei que a indignação relacionada com liberdade me invadisse e confesso, desliguei cada botão, cada sensor e cada alavanca com o prazer daquele que se acha no direito de ser livre e libertar quem busca auxílio. Desconectei cada fio opressor e sabotador e travei as alavancas de drenagem de energia sexual. Conforme os desligava, os fios que alimentavam aquelas massas fluídicas iam desprendendo – se e caindo por terra. Eu estava como uma criança que a muitos anos ninguém permitia soltar – se, brincar, ser feliz, expressar o que realmente ia na alma. Agarrei aqueles fios densos e destruidores de casais e os arrebentei ao meio com as forças de minhas mãos, inutilizando – os. Eu sabia que não era necessário, mas aquele era o meu momento, o momento de mostrar que eu não era mais uma prisioneira, e que ver aquilo tudo a influenciar o casal e sua destruição, me mostrava que eu também estava sendo manipulada por aquele ser das trevas.
Eu o conhecia, sabia de seu poder, do medo que ainda guardo de sua manipulação, de seus ataques... mas não o fazia para atacar – lhe, fazia por que bastava de subjugação, queria que ele soubesse que eu descobrira tudo, que aqueles que haviam buscados os cursos e sintonizações, o consultório, os florais... já entravam em contato com esta libertação que naquele momento eu usufruía. Deixava meu recado para que ele soubesse que eu estava consciente, que desta vez andava pelo caminho reto e que nos encontraríamos nos bastidores, ele atuando na escuridão e eu em prol de mim mesma e em prol de quem buscasse o trabalho que eu desenvolvia.
Havia medo das represálias, minha mente estava muito consciente, mas havia muito mais em mim daquele grito de liberdade!
Acionei uma corrente cósmica chamada Tríade de Oito correntes cósmicas, um símbolo de Mestria Egípcia e a vi adentrar a terra e catalisar energias universais, incidindo como um laser potente sobre o ambiente. Suas correntes armaram – se e a enraizaram no orbe, drenando para o portal aberto no espaço, os resquícios que haviam sido deixados ali. Levou alguns minutos, mas as coisas voltaram a limpeza natural e o ambiente pareceu – me mais sereno e leve.
Saiba que terão de manter – se firmes deste propósito por que ele irá voltar, disse – me o ser A tlântico.
Enquanto isto, vislumbrei o portal inferior iniciar um processo rápido de fechamento, como a explosão de uma estrela, onde a energia explode no exterior e volta – se para o interior desaparecendo no espaço em que habitava. Nada sobrou daquela porta infernal, apenas a parede branquinha.
Terá de mudar de padrão mental e mudar a sintonia sempre que sentir os ataques, isto serve para todos os envolvidos, esta é a porta pela qual ele retornará, ainda mais furioso, ainda mais hipnotizador, e todos terão de estar preparados, com atitudes renovadas.
Por hora, até que ele consiga instalar uma abertura para este plano, estarão livres. Que quando ele retornar, pois tem este poder, que estejam sintonizados com propósitos elevados.
Abraçamo – nos todos, despedi – me de Ouckassim e Portia e ambos partiram.
O ser Atlântico levou – me até meu corpo e sorrio, demonstrando um pouco de sua forma.


Este é o projeto ATLÂNTIDA, ao qual todos que estão sendo resgatados estão ligados, mas não como pacientes adormecidos e doentes, mas como aprendizes que devem esforçar – se para sair do esquecimento de suas mentes e atuar junto aos seus irmãos de planeta, Atlântida.
Todos já estão despertando e encontrando – se para o PROJETO ATLÂNTIDA, onde despertaremos as consciências dos antigos moradores de Atlântida e estes estarão aptos a receber a energia cristal em seu regaço. Através deste encontro os moradores terrenos serão conscientizados e se mobilizarão pela sua libertação. Os que antes decaíram em Atlântida, hoje erguem – se através do autoconhecimento e do resgate da energia convertida para a sexualidade no orbe terreno. Catalizarão suas forças mentais e atuarão como divulgadores  da libertação deste povo que um dia deixaram que se perdesse devido ao seu ego e incúria.
A semente foi lançada desde o momento em que partiram falidos de Atlântida, e todos os momentos de sua história os trouxeram amadurecidos a estas revelações. Que desta vez saibam vigiar suas mentes e empreitar a libertação de todos e não somente de seus egos.


segunda-feira, 18 de junho de 2012


Mago Merlyn



Regressão do dia 14 de junho de 2012

Sintomas: Visão de crianças caindo, barulho de coisas sendo destruídas, sensibilidade no rosto e cabeça / escuto gritos infantis que não fazem parte do presente...

Sessão de Regressão: ... Vejo – me caindo do topo de uma torre que está sendo destruída. Vejo crianças sendo tragadas por escombros gigantescos e ouço gritos de pavor e pânico...
...É a torre de um castelo... minha cabeça e rosto foram totalmente esmagados, dilacerados pelos gigantescos escombros... Estão atacando nosso castelo e alcançaram as torres mais altas...
Não consegui salvar as crianças que estavam sob meus cuidados e fui tragada pelas águas que cercavam o castelo.
Posso ver muito sangue misturado ás águas... Um ser segura – me pelo braço e nada comigo pelas profundezas, como se eu não passasse  de um fardo muito leve. Uso um vestido de mangas compridas, muito longo, com várias saias por baixo. É feito de um tecido grosso, de época medieval... Parece ser uma sereia que me guia, mas estou muito confusa para entender o que acontece ou aquele ser...
Está emergindo com meu corpo em uma fenda, no meio de uma floresta com muito verde. Pequenos seres acomodam – me na relva macia, embaixo da copa de uma linda árvore. 

Fico adormecida por muito tempo, a grama, a terra, as raízes parecem revigorar meu estado, minha forma.... Minha cabeça é estranha, ainda porta resquícios do acidente na torre, mas aos poucos vou recuperando – me, andando por ali guiada por pequeninos seres com forma humana que ajudam – me a melhorar cada vez mais.
O que predomina é a presença das árvores, do verde, da delicada relva e  de pequeninas flores e casinhas muito bem organizadas. Caminho pelo pequenino vilarejo, uso um vestido singelo e longo, branco, macio, pés descalços e estou muito tranqüila.
...Um feixe de luz abre – se a minha frente, como um lindo portal e dele sobressai um ser ser que vem em minha direção.


Eu o conheço, é meu querido Mestre, Mago Merlyn. Sorri feliz por ver – me, envolve meus ombros com seu braço amigável e conduz – me para dentro do portal...



Regressão do dia 15 de junho de 2012
Sintomas: Ansiedade projetada na alimentação, medo de chegar a noite e eu ter de dormir, sensibilidade na arcada dentária esquerda, pensamentos de queimar – me quando lido com fogo.

Sessão de regressão: ... Vejo – me montada em um lindo cavalo, sobre uma estrada de chão batido, em uma planície verdejante. A brisa suave movimenta meus cabelos e meu vestido. É uma época de conflitos medievais, de magia, alquimia e a fogueira da inquisição.
Não sou uma mulher bonita, conservo um formato de cabeça estranho devido aos resquícios de minha morte por esmagamento craniano na vida anterior. Meus cabelos são negros, muito longos e cacheados, mas cresceram somente na metade de trás de minha cabeça, acentuando ainda mais a deformidade óssea de meu crânio. Meu corpo é muito belo, mas não o cultuo.
Observo uma cidadezinha incrustada em um vale, lá embaixo, singela, rodeada de casinhas com cobertura de palhas e o colorido das flores. Nunca desci até lá, mas ao passar por aquela região a energia do local me fez esquecer um pouco da ansiedade e parar para observa – La. Sinto paz ao observa – La ao longe, como se fosse meu lar.
Estou de passagem pelas terras da escócia, rodeada de magia natural de suas ancestrais e intocadas paisagens. Preciso me apressar, ainda levarei semanas para chegar em casa, em meu país a Inglaterra. Estou a trabalho em nome do querido Mestre Merlyn. Sou sua serva e aprendiz, viajo por terras distantes entregando poções alquímicas e divulgando este trabalho contra as trevas.
É uma época de Magos e bruxas, onde a maioria recorre às oferendas, invocações, rituais e venenos letais para alcançarem seus intentos sinistros. Nós, Mensageiros do Mestre, trabalhamos esclarecendo e levando a cura e equilíbrio através de suas poções mágicas e poderosas, libertando homens de bem e seres açoitados pelas bruxarias de homens e mulheres que nasceram com o dom de usar o poder alquímico para o mal.
...Cavalgo sempre só, portando algumas misturas mágicas que o Mestre solicita de viagens a outras terras. É uma honra servi – lo e estamos sempre sob a proteção do Mestre e de sua força mágica.
...Paro em um vilarejo pobre, de instalações humildes, um jovem cocheiro aguarda minha chegada. Sempre que estou na presença de estranhos procuro usar meu capuz, preso a uma longa capa. O Mestre diz que é mais seguro ocultarmos nossos rostos para não sofrer represálias . Para mim, o uso do capuz tornou – se um hábito, pois carrego o medo de ser descoberta e sofrer as torturas que outros engajados naquela causa já sofreram. Tornou – se muito mais cômodo para mim como mulher usar aquele capuz que esconde minha cabeça e meu rosto, não gosto de minha aparência e não a aceito. Acho – me feia e tenho receio de chamar atenção devido a minha deformidade física.
...Estou acomodada em um cubículo com uma cama humilde, mensageiros do Mestre são bem recebidos pelo povo em todos os lugares.
...Chegou a noite e estou muito cansada, as crises de ansiedade que nunca abandonam – me pioram terrivelmente a noite ao ponde de oprimir dolorosamente meu peito e minha garganta, deixando – me trêmula excessivamente e fazendo – me suar encharcando roupas e cabelos. Estou tirando de uma bolsa de couro um pequeno vidro com uma poção lilás cristalina, como se esta estivesse muito mais em estado gasoso do que liquido. Bebo um pequeno gole e volto a guarda – La como se fosse algo muito precioso. Foi o Mestre quem a preparou para mim, disse que me ajudaria com a ansiedade e com o medo das visões.
Empurrei a bolsa com a poção para baixo da cama e acomodo – me para dormir.
...Vejo cenas de mim mesma caindo de uma torre, gritos de pavor e desespero infantil invadem meus ouvidos...  águas revoltas tragam meu corpo...
Vejo – me fora de meu corpo que está sobre a cama... olho para ele assustada e acordo apavorada e banhada em suor, sem nada entender...
Visto – me, mas ainda é noite, tenho recomendações do Mestre para que somente cavalgue durante o dia, pois há muitos ladrões e saqueadores. Aguardo ,tomada pela crise de ansiedade, a qual diminui com a chegada do dia, mas não abandona – me...
Meu cavalo está descansado e posso seguir viagem. Estou chegando a minha terra, uma estradinha muito longa serpenteia até o topo de uma montanha onde está construída nossa cidade e o Castelo do Mago Merlyn. Sinto – me menos ansiosa, pois voltei com vida para casa, sinto – me feliz, pois consegui cumprir meu trabalho e minha missão.
Apeio do meu querido cavalo e amigo e o conduzo calmamente por toda a extensão da estrada que nos conduz para casa. É como se ali fosse nosso porto seguro, nosso objetivo mais valioso depois de todos os perigos humanos e ocultos que enfrentamos ao nos afastar dali.
Os enormes portões do vilarejo abrem – se para que entremos e logo um jovem garoto vem buscar meu cavalo para trata – lo. O povo está por ali, envolvido em seus afazeres rurais, com o feno, com a alimentação. Sigo para além das casinhas do vilarejo, agarrada a minha sacola de couro resistente, onde encontram – se os líquidos engarrafados que o Mestre solicitou.


Uma estradinha coberta de relva serpenteia ao largo, levando – me ao topo de uma montanha, onde um grande castelo de pedras cinza encontra – se erguido. O Mestre vem alegre em minha direção, estende as mãos e segura as minhas. Está contente porque retornei bem.
O Mestre está na meia idade, ninguém conhece sua idade ao certo, mas resplandece luz, vigor, inteligência e felicidade. Suas barbas e cabelos são muito longos. Usa uma túnica lilás escura, com alguns símbolos dourados.
Não pergunta – me pelas encomendas, seu foco é saber como passei na viagem. Pergunta – me das crises e da poção que deu – me para usar. Também sinto – me muito feliz na presença dele, útil, amada, protegida e valorizada. Mostro – lhe feliz as garrafas que trouxe, com líquidos verdes translúcidos enviadas a ele por outros Magos de terras distantes. Leva – as para o topo do castelo onde encontra – se seu laboratório, com prateleiras com poções e um imenso caldeirão onde sempre esta algo a borbulhar.
Adoro aquele lugar, não há enfeites e as únicas cores a vista são provenientes dos frascos de poções, acoplados as paredes. O Mestre pega uma colher de madeira com cabo longo e serve – se de uma pitada da poção que borbulha na caldeira, logo, estende – me uma pitada na colher, para que eu a prove também. Fico espantada e pergunto – lhe como pode ser um líquido frio se estava a ferver. Ele sorri e responde:  - Alquimia... o poder da mente.
Ele deixa – me ver todo que faz, tudo que usa, tão desprendido que seu prazer maior é ensinar.


... Não sei quanto tempo se passou, mas algo está acontecendo. As fumaças coloridas que eram liberadas pela grande chaminé do castelo, provindas da alquimia do caldeirão não estão conseguindo transmutar a enorme massa cinzenta que alastra – se e envolve nossa região. Vejo o Mestre muito sereno, mas sério, leva – me para uma passagem no subsolo e abre uma grande porta de ferro batido que cobre uma passagem subterrânea. Pede que eu me apresse e fuja enquanto há tempo. Estou assustada. 

Ele entrega – me um livro dourado com uma fivela de ouro e uma chave.



Pede que eu use as receitas alquímicas, que semeie o conhecimento e que antes de partir da terra que as legue a quem fizer por merecer. Sinto vontade de chorar, mas não posso, a causa sempre fora prioridade acima de nossos medos, apegos, egoísmos e a própria vida. Se o Mestre pedia – me era meu dever obedecer.
Beijo – lhe as mãos com amor e respeito, triste, pois sei que não mais o verei naquela vida. Ele apressa – me, barulhos lá fora indicam invasores...


Obedeço, desço os lances de degraus e corro muito agarrada aquele livro, até encontrar a saída. Na saída a minha espera está o mesmo rapaz que cuida dos cavalos. Ele está com as rédeas de meu cavalo nas mãos e o segura para que eu possa monta – lo, entregando – me as rédeas de outra montaria para que eu as intercale na fuga e ganhe distancia, preservando a integridade física dos animais.


A saída do túnel deu – se no meio do bosque, digo a ele que fuja comigo, mas diz que precisa ficar. Incito os cavalos a partirem e a curta distância olho para trás e o vejo cobrindo a saída da passagem subterrânea com galhos de árvores.
... Estou parada na estrada da colina, observando o vilarejo lá embaixo... Desço cavalgando e pergunto a um morador de meia idade onde poderia ficar. Vejo jovens mulheres carregando cestos de roupas e flores e crianças brincando ao sabor do sol.
Estou na Escócia, no mesmo lugarejo que parara para observar quando em viagem em nome do Mestre... Não deve ter mais do que duzentos habitantes.
... Tenho uma casinha muito retirada, no meio de uma floresta. Ali não há autoridades, são grupos que preferiram viver livres e em paz.
Tudo ali é calmo, sereno, eu e as mulheres e crianças nos damos muito bem, há um clima de amor e respeito recíproco entre todos.
Enquanto os homens provêem os alimentos, nós mulheres cuidamos dos filhos, da casa, dos cultos aos seres Angélicos. Um grupo seleto de mulheres busca – me para ensina – las sobre a alquimia, as adorações aos seres da natureza. Dançamos nuas na floresta em noites de solstício, sem pudor, malícia ou julgamentos. Apenas procurando a liberdade e a união de almas e energias com as forças ocultas da natureza.
Nos entregamos aos rituais com alegria e leveza, como viemos ao mundo, sem malícia, em êxtase espiritual, envoltas pela energia lunar, pelo fogo, pela floresta e pelas flores. As crianças participam das festividades espirituais e adoram tudo aquilo.
Continuo viajando, levando as poções que agora faço para terras distantes e ensino as mulheres que realmente querem aprender, a fazer o mesmo. Poucas delas viajam comigo em aprendizado, mas as que o fazem, fazem por sua própria escolha, respeito e amor, assim como um dia eu optei por aquela vida..
...Sinto cheiro de fumaça vindo do pequeno vilarejo, saio para ver o que está acontecendo e encontro homens nus e com capuzes negros na cabeça cercando minha casa. Não reajo, não há o que fazer...
...Estou nua, amarraram – me a uma árvore com arames farpados, um dos fios com pontas circunda meu rosto e suas pontas passam por dentro de minha boca, enquanto outro arame de pontas pontiagudas estrangula minha garganta. Atrás da árvore há um homem puxando estes arames com toda sua brutalidade, até que dilacerem minha carne e me façam sangrar.
Chamam – me de bruxa e dizem que encontraram – me e que eu terei o mesmo fim que minhas subordinadas tiveram.
... Estão ateando fogo ao meu corpo preso naquela linda árvore centenária... Minha garganta emite sons desesperados de dor, o arame ainda está em minha boca enquanto o fogo dilacera minha pele. É terrívelmente doloroso e assustador morrer daquela forma.
... Meu espírito desprende – se daquele corpo em chamas, um foco de luz abre – se a minha frente e o querido Mestre Merlyn vem ao meu encontro. Cobre – me com uma capa muito bela e eu choro por não ter falhado, por não ter tido tempo de ensinar tudo que ele havia me ensinado. Choro pelo livro com receitas alquímicas que perderia – se e pelas amigas que haviam sido mortas brutalmente como eu...
Luzes começam a despontar em feixes de luz individual onde estamos, clareando as árvores da floresta e vejo – as aproximando – se de nós dois, serenas, sorridentes, resplandecentes...
Olho aquelas mulheres com alegria e o Mestre pergunta – me se não dou falta de alguém. É claro que sim, de uma das meninas jovens...
O Mestre me diz que ela conseguiu escapar e que levou com ela o livro...
Partimos, todas, daquele lugar...
Estou chegando ao planeta Orustak, vejo seus extensos jardins de plantações de rosas, mas ao invés de entrar na pirâmide como sempre faço quando retorno para aquele lugar, sigo em frente e deparo – me com um lindo abismo iluminado pelos raios solares, entre ele e outro abismo há águas cristalinas que erguem – se em brumas gasosas...
A minha frente visualizo muitas colinas verdejantes, cobertas por árvores verdes e vividas, a perderem – se de vista. Fecho meus olhos e do céu daquele lugar desce uma corrente cósmica de energia que posso ver a forma... chama – se corrente cósmica de Ísllá.
Esta corrente cósmica desce sobre meu espírito consciencial e uma escadaria surge aos meus pensamentos, ligando – me ao outro lado do penhasco. Desço por elas e sigo por uma estradinha que serpenteia ao lado da montanha, há umidade e vegetação fechada. Um túnel passa pelo centro de uma das montanhas e na beirada águas de uma queda d’água acima, parecem cortinas balançando ao sabor da brisa.
Desço ainda mais pela estradinha que serpenteia ao lado da gigantesca montanha, como se descesse ao subsolo da terra e entro em uma sala laboratório, ao adentrar, as alunas cessam a conversação e vem ao meu encontro cumprimentar – me, pois estamos felizes demais com aquele reencontro.
As identifico como as mulheres que fizeram parte de minha história naquela vida na Escócia e seus rostos encaixam – se em minha mente e as reconheço desta vida atual, como amigas, consultantes de meu consultório, ministrantes de cursos de florais...


Ministrando a nós, vejo nosso querido Mestre  Merlyn, só que está mais jovem, com a fisionomia do querido Saint Germain. Todos os dias de estadia ali ou reencarnadas na terra voltamos para aprender, pesquisar e desenvolver nossas próprias experiências particulares relacionadas aos líquidos alquímicos. A sala laboratório submersa nas profundezas da energia daquele lugar auxilia – nos a desenvolver fórmulas e as testamos em trocas entre as alunas e em nós mesmas.
Aquele lugar chamamos de Islla Del Muerte ( Ilha da Morte), POR QUE ALI MORREMOS PARA A VIBRAÇÃO ANTIGA, PARA RENASCERMOS EM UMA NOVA FREQUÊNCIA.
Trabalhamos com alegria, amizade, seriedade e espírito desbravador, o que faz com que a cada renascimento nosso em outros orbes, nunca se perca o conhecimento das essências.

Paula Aguerre
Psicoterapeuta Reencarnacionista
Terapeuta Floral Egípcia