PROJETO ATLÂNTIDA.
Há algum tempo tenho recebido em consultório casais que
referem dificuldades com o parceiro, dificuldades estas relacionadas ao
desequilíbrio sexual e também e mais grave, a falta de libido, interesse,
referem cansaço sem explicação, brigas sem motivos específicos, separações de parceiros
(a) que continuam a amar, mas que não mais conseguem manter em suas vidas.
Não conseguem encontrar – se nos mesmos projetos de vida a
dois e muito menos em si mesmos. A dificuldade com a descoberta da missão da
alma referente ao exercício do trabalho terreno tem interferido em suas
conquistas, empreendimentos, sucesso e felicidade. Os filhos tão desejados não
vêm e os rebentos que já estão no lar encontram – se tão perdidos quanto o casal
em si.
Médicos não encontram distúrbios físicos e medicações faixa
preta tem sido o consolo destas gerações que chamo de Geração da culpa.
Carregam bagagens inconscientes em forma de fardos pesadíssimos que, ao não
conseguirem manusear para amenizar o peso patológico emocional, inconscientes
ou cobertos de crises de raiva, ódio e ressentimentos que julgam ser criados
pelo comportamento do parceiro, jogam sobre o conjugue, no desespero de que o
outro os livre daquilo que não sabem lidar.
Os filhos absorvem este comportamento energético e por
fazerem parte de uma programação de resgates junto aos “pais” acabam
dispersando sua consciência e entregando – se a muitos desequilíbrios, desde o
uso de substâncias tóxicas, ao romper desequilibrado
da relação filhos e pais. Iniciam a vida afetiva sexual prematuramente e os
genitores os incentivam por não encontrarem meios de os barrar nesta busca desenfreada por
algo que lhes acalente a vida turbilhonada na qual foram arremessados.
Não diria que a culpa por este desfecho tem um dono, mas
diria que têm vários. A prevenção é a atitude mais sensata, mas todos estão
perdidos demais para entender isto ou buscar formas de diminuir o impacto de
seus desequilíbrios, estes, contarei minha experiência agora, alimentados pela
espiritualidade das camadas inferiores, situadas próximas ao orbe terreno.
As gerações atuais e mais jovens tem sido arremessadas a um
futuro de atitudes que não condizem com a busca equilibrada da evolução que
vieram buscar no orbe terreno, perdem – se em atitudes alimentadas por outros e
não conseguem manter o mesmo ritmo de equilíbrio e sanidade emocional que
precisariam cultivar em termos de seres individuais. Espelham – se no outro e
acreditam ter de fazer o mesmo, temerosos de serem julgados por uma sociedade
doente, a qual acreditam detentora da verdade e dos bons costumes.
Chegam aos consultórios, e pior, muitos não buscam auxílio,
com casamentos desfeitos, culpas aterradoras, doenças psicossomáticas que ainda
não estão preparados para enfrentar verdadeiramente, crentes de viverem como
manda a etiqueta, infelizes, desesperados e com filhos que andam soltos pelo
mundo para que encontrem a própria sorte de eventos que os façam amadurecer, já
que seus responsáveis encontram – se tão perdidos como se fossem os pequeninos
em questão. Chegam sem saber por onde começar, relatam atitudes de agressões
dentro do lar, entregas sexuais sem o mínimo prazer, apenas para satisfazer um
parceiro tão doente emocionalmente quanto o que encontra – se sentado e de
olhos marejados a nossa frente. De espiritualidade pouco falam, buscam – na em
templos terrenos que visitam quando a coisa” explode dentro de casa”. Quando
nos ouvem dizer que espiritualidade é uma questão de consciência interna olham
– nos assombrados e pouco retornam as consultas absorvendo um pequeno resultado
com a primeira consulta e mais uma vez
contentando – se com melhoras aparentes, as quais não serão duradouras, pois os
relacionamentos não foram feitos para permanecerem estagnados em uma única crença, mas seguir
evoluindo com a busca de seus participantes.
Trabalham de sol a sol em empregos que os sugam e os tornam
pessoas cada vez mais doentes, guardam o medo mórbido de arriscar, talvez
ganhar um pouco menos, mas exercerem o que gostam, não compreendem que o começo
é assim, mas que o retorno em todos os sentidos se fará presente e abundante,
pois pela primeira vez na vida jogaram – se com o coração e não com o
consumismo.
Adiam consultas ou descartam – nas para que não precisem
investir financeiramente em algo a longo prazo, visam melhorias rápidas e
insatisfatórias a curto prazo e não conseguem ouvir alguém mais sóbrio para que
possam entender que precisam fazer escolhas para si e não para os que vivem ao
seu redor. Alimentam crianças e adolescentes consumistas e rebeldes que não
aceitam ao longo dos anos sua interferência como pais e responsáveis pelo seu
bem estar e estruturação moral, pois estes mesmos os ensinaram que tudo é
transitório e que é necessário usar a rapidez para nada se perder, não
importando como seja ou o que aconteça.
Esquecem de dar exemplos sólidos de comportamento, pois não
os usam para si mesmos. Exigem tratamento “vip” dos que os rodeiam e quando não
conseguem desabam tentando achar um culpado, quando não o encontram ou os que o
rodeavam já partiram para atuar em suas próprias vidas, descontam em um fluxo
exagerado de parceiros (a), festas onde a bebida é fator predominante e remédios são o travesseiro de uma
consciência perdida e doente.
Qualquer artigo que escrevo e mantenho aberto ao público
também fez parte de minha experiência como ser individual, os processos
narrados também fizeram e em muitos itens, ainda fazem parte de minha vida. O
propósito aqui não é rotular consciências culpadas , mas alertar para que a
perda seja cada vez menor e o desequilíbrio possa ser identificado e sanado no
começo.
Relato de experiência
consciencial fora do corpo físico:
Há muito identificava mudanças em minha mente que faziam –
me afugentar o contato com o parceiro, contatos de todo teor, desde o afetivo
ao contato nos olhos. A guerra dentro de casa estava instalada e o caos era
desnorteante, pois procurava culpados e ao mesmo tempo não queria ser um deles.
Através da percepção aguçada, várias vezes havia percebido
interferências espirituais de baixa vibração moral, mas procurara atinar toda
esta informação a minha culpa e a ressonância de ressentimentos contra o
parceiro que fazia questão de trazer patológicamente de outras vidas.
Havia estipulado que não daria ouvidos se haviam ou não interferências
nocivas externas dentro do lar ou de minha vida, desejava ser independente da
espiritualidade superior nesta questão e resolver meus problemas, que agora
entendia, causados por mim, e deixar de culpar eternamente obsessores
espirituais pelo meu insucesso. Queria aceitar que era eu quem criava aquele
caos com minhas atitudes e parar de depender de seres de boa vontade que tinham
de salvar – me a cada vez que metia os pés pelas mãos, dominada pela arrogância
e mágoa por não conseguir fazer com que o parceiro fosse como eu queria que ele
fosse.
Casais e mais casais chegavam ao consultório alegando
desesperadamente a falta de sexo no relacionamento, mulheres que diziam amar
seus parceiros, mas que não conseguiam resgatar a vontade de um envolvimento
físico. Homens exacerbados energéticamente que ao estar na presença da
companheira, colocavam tudo a perder devido a ansiedade.
O caos em consultório
também estava instalado e minha mente aguçada começou a abrir tréguas entre o
ego e o bom senso, ou seria humildade?
Viajando para outras cidades para ministrar cursos comecei a
encontrar mulheres e homens na mesma situação, vinham para os cursos e na hora
de manipularem as energias aprendidas, em sua mente lhes vinha o desejo de
confessarem – se comigo em consultório. Não preciso narrar o desfecho destas
conversas confidenciais, pois sabemos seu foco, a falta de energia sexual e a dispersão
mental.
Foi quando surgiu o Seichim em minha experiência como
pessoa, a cura pela energia egípcia, o qual me trouxe resposta que necessitava
levar para meu trabalho como psicoterapeuta. Desenvolvi os cursos de forma que
os grupos que procuravam – me para fazer os cursos e iniciações, pudessem ser
beneficiados e orientados pelos Mestres espirituais Egípcios, a usar este manancial
para a compreensão e libertação de suas mentes cativas.
Devo dizer que o que descobrimos dentro dos cursos foi
revelador, as mensagens deixadas pelos Mestres eram reveladoras e
emocionantes. Entendíamos que não
estávamos sozinhos naquela questão, mas amparados e direcionados àquele momento
por seres que alertavam – nos para o que nossos olhos físicos não viam.
O que vou narrar
agora são casos de pessoas em trabalho terapêutico que concordaram em dividir
com outras pessoas e casais estas experiências.
Foram trabalhos
astrais fora do corpo que exerci e penso ser de extrema importância revelar
para aqueles que desejarem comparar e que sentem – se encaixarem – se com estas
experiências.
“...É sábado, estou dormindo com meu marido em outro cômodo
da nossa casa, A MUITO NÃO GOSTO DE FICAR EM MEU QUARTO, O QUAL DIVIDO COM MEU
MARIDO, não sei o que há, mas só o fato de estar ali encomoda – me e perturba
meu sono e minhas energias. Acordo cansada, tenho sonhos que afetam meu
descanso mental e tenho sonhos eróticos com meu marido e com outros homens e
mulheres que não sei identificar. Estranho sonhar com meu marido, já que não
nos relacionamos sexualmente com freqüência como antes. Sinto – me desmotivada,
muitas vezes sinto nojo dele apesar de saber que é um ser limpo e higienizado.”
(Este é um relato de
consultante, irei deixar aqui vários trechos de outros para que possam entender
o que acontecerá depois):
“- SINTO – ME CULPADA, não sinto vontade de fazer sexo com
meu marido, o amo, ele é compreensivo e não me apressa, mas tenho medo de que
ele me deixe, procure outra, perca a paciência com minhas atitudes...”
( Estes consultantes
não tem prognósticos físicos de patologias ou distúrbios glandulares):
“_ Sinto raiva de meu marido, ódio, tenho repulsa pelo corpo
dele, por secreções hormonais, não tenho mais o desejo de beija – lo na boca e
fujo deste contato. Muitas vezes, quando estou com ele, não o vejo, vejo outra
pessoa, outro ser do qual não gosto, que tenho nojo...”
“_ Simplesmente me sinto cansado, desmotivado, há algo que
ínsita em mim o ressentimento em relação a minha parceira, é muito forte e não
encontro forças em mim mesmo para relacionar – me sexualmente, simplesmente a
vontade vai embora ou quando chega a noite ela se perde...”
“- Quando vou dormir vejo seres animalescos, sexo entre
grupos de homens e mulheres e me vejo fazendo coisas que não faria acordada.
Sinto prazer em estar naquele lugar, mas quando volto sinto – me culpada,
triste, sugada, até mesmo o nojo que sinto da presença de minha mãe sem
motivos, eu encontrei neste sonho...”
“- Vi em um sonho, meu marido relacionando – se sexualmente
com uma mulher que mais parecia um bicho, deformada, as secreções sexuais eram
nojentas e eu estava escondida vendo – os, com muito medo de ser pega... Aquele
lugar não era daqui e aquela mulher não era real... Não entendo.”
( E POR AÍ SE
ESTENDEM INFINITOS RELATOS E DESABAFOS EM PEDIDOS SILENCIOSOS DE SOCORRO).
Investigar era a solução.
No sábado estava em meu consultório, logo ao amanhecer,
havia dormido ali para encontrar respostas e equilíbrio e usar a egregora que
ali estava instalada para que conseguisse respostas cabíveis. Fiz a prece de
auxílio sem saber o que esperar e logo fiquei entre o sono e a vigília:
Um ser mediano, carrancudo adentra o ambiente e convida – me
para segui – lo. Obedeço, sinto segurança nele. Leva – me para o quarto de um
casal que conheço e pede – me que observe o local. Sigo as instruções e vejo
certa forma de energia espessa pelo chão, escura, pegajosa. Ao olhar para o
teto sobre o quarto e a cama visualizo uma fumaça cinza com nuances negras
cobrindo o espaço aéreo da cama do casal. Ao lado da cama há um portal escuro e
esfumaçado, aberto, posso ver que uma escadaria leva ao subterrâneo.
O amigo espiritual de corpo denso convida – me para entrar
com ele no portal e obedeço prontamente, mas não sem antes certificar – me de
que ele permanecerá comigo, pois a energia de medo que invade – me é um sinal
de alerta de que devo ter cuidado e prudência.
Ele assente e então iniciamos a descida por aquelas escadas.
... Estamos em um local com uma estreita estradinha de terra
escura, ao lado direito e esquerdo há dois fossos de podridão, como um caldo
negro e nojento, onde homens e mulheres chafurdam em gemidos e gritos de
desespero. Procuro não focar minha atenção ali, sinto que meu condutor não se
atém e que tem pressa de me levar a algum lugar.
O clima é de uma brisa que enregela a alma e desperta uma
tristeza profunda, o ar é sujo e é noite muito fechada. Ele segue a minha
frente mostrando o caminho. Sei quem ele é, é um trabalhador do povo do fogo
transmutador, encarregado de drenar energias de seres envolvidos coletivamente
para tentar amenizar o caos e a destruição de corpos na terra.
Estamos chegando a um aglomerado de pedras gigantes, ele
aproxima – se e agacha – se atrás delas, fazendo sinal para que eu faça o
mesmo. Obedeço, mas quando levo as minhas mãos para me apoiar nas pedras
desisto, elas estão cobertas por um líquido viscoso como óleo.
Estico meu pescoço e olho além das pedras, onde a atenção
dele está focada. Há uma cidadezinha lá embaixo, incrustada entre montanhas tão
escuras quanto a noite. Vejo pequenas luzes bruxuleando e fumaça de chaminés.
O amigo não é de conversa e desde que saímos da terra ele
apenas usa gestos e abanos de cabeça.
Um grande ser se aproxima de nós, ele usa uma capa com capuz
e deve ter mais de dois metros de altura. Não me mostra seu rosto, mas não
consegue esconder de mim por completo sua forma corporal diferente. Cumprimenta
– me cordial e agacha – se a minha frente, me sinto uma criança perto da
estatura e estrutura óssea dele. Coloca a mão em minha fronte e uma luz irradia
dela, penetrando – me. Diz que fará com que eu passe desapercebida pelo povo da
região, pois seria catastrófico se percebessem minha presença.
Explica – me que devo manter silêncio e não me aproximar
demais dos moradores, pois podem não ver – me, mas sentirão minha presença e
poderão soar os alarmes e avisar o “CHEFE”. Aceito sem questionar e vejo um
campo de força envolver meu corpo, como uma fina capa protetora.
Aconteça o que acontecer não faça barulhos ou aproximações,
repete várias vezes.
Estou seguindo – o pela encosta da montanha, há muita terra
árida e poeira, o que dificulta o equilíbrio. Resvalo várias vezes, mas
mantenho o curso que ele segue, descendo até o vilarejo.
O habitante do povo do fogo transmutador ficou nas pedras,
como um sentinela pronto para intervir.
Chegamos a uma estradinha muito estreita, sinto dificuldade
de transitar por ali e me esmero em não fazer barulho, estou com muito medo,
pois já encontrei em outras viagens e vidas o chefe daquele lugar e com certeza
não gostaria de ser descoberta por ele.
Estamos caminhando pela avenida principal do vilarejo, casinhas muito pobres
distribuem – se nas laterais da avenida de chão de terra e o cheiro de fumaça é
muito forte, despertando – me uma certa saudade. Há festa no vilarejo,
habitantes em algazarra passam por nós, mas não nos percebem, sempre que aproximam
– se muito de mim procuro desviar.
São seres como eu, mas perderam boa parte de sua forma
humana, sua pele escama como erupções incomodas e isto me deixa nervosa, pois
aquilo deve doer muito. Mulheres em rictos de loucura fazem sexo explícito nas ruas
unidas a parceiros tão sujos e nus quanto elas. Ninguém por ali está vestido,
aquilo parece ser o normal e o barulho é grande.
Passa por mim um espírito de homem já sem sua forma humana,
portador de dois órgãos sexuais masculinos...
Cruzamos por becos escuros e sujos onde seres fazem sexo
grupal e de todas as formas inimagináveis em total sintonia. Ao cruzar um beco
olho para seu interior e identifico alguém... Paro a marcha e dirijo – me para
perto daqueles dois seres em movimento frenético sexual. Olho – o silenciosa e
calada, ele sente minha aproximação e por um momento olha para o nada e sorri:
- Tu veio(...).( Convida – me para participar.)
Não respondo, o amigo espiritual já encontra – se ao meu
lado pedindo que eu seja cuidadosa para não ser descoberta. A mulher horrível,
suada, coberta de líquidos sexuais e deformada pergunta ao parceiro com quem
ele está falando, olha para ver se entende, mas não consegue. Ele não lhe
responde e como me mantenho calada e imóvel ele volta sua atenção para o que estava
fazendo. Aquele não era momento para crises existenciais e de fidelidade de
minha parte, o que acontecia ali ia muito além desta visão humana e medíocre e
expandia – se para uma compreensão de saúde mental universal. Confesso que a
maturidade que envolveu – me naquele momento surpreendeu – me, a calma
misturada a tristeza por presenciar o mais baixo desequilíbrio mental de alguém
que admiro e amo, mas eu também havia saído daquele lugar, a muitas décadas
atrás para tentar voar através do autoconhecimento libertador e não tinha o
direito de exigir consciência de seres que já iniciavam uma jornada de
dedicação ao lar terreno e aos que faziam parte dele.
Dou meia volta e sigo meu guia...
A energia sexual naquele lugar é contagiante e até eu mesma
sinto que de certa forma o poder daquela energia me afeta. Controlo – me...
É difícil caminhar naquela terra solta e poeirenta, meus pés
enterram – se e não consigo ser rápida. Ele pede que eu olhe para meus pés...
Estou de pantufas, saí de meu consultório e automaticamente
exerci um comando de costume que tenho, calçar as pantufas. Sinto vontade de
rir, mas rapidamente uso minha mente para reverter aquela situação, tenho que
mostrar agilidade. Logo em meus pés vejo meu par de tênis e sigo em frente sem
atrasa – lo. Olho para onde ele aponta e vislumbro no alto de uma colina um
enorme pavilhão cheio de chaminés e luzes, trabalhando a todo vapor e emitindo
um som macabro de engrenagens.
Ele me diz que aquele lugar é chamado de usina e que ali são
armazenadas a energia sexual de todos aqueles seres que comprazem – se
sexualmente lá no vilarejo, a maioria habitantes encarnados da terra que voltam
para “casa” quando o sono físico chega. Diz que são usurpados, drenados, sugados
sem que percebam e que isto está ocorrendo com a maior parte dos moradores da
terra.
Estamos nos aproximando da usina, diz que estão me
esperando, mas não faço idéia de quem seja. Sigo – o e meus olhos não perdem a
imagem daquela grande construção sinistra erguida em meio a escuridão. Noto que
somente ali há luz elétrica e que no vilarejo os moradores usam tochas e
lamparinas para criar certa forma de iluminação, o que ínsita ainda mais a
mente compulsiva por sexo.
Estamos entrando por debaixo da construção, ali há um grupo
de pessoas reunidas em silêncio, entretidas em algo...
Você veio! A mulher aproxima – se de mim e me abraça
apertado, demonstrando toda sua alegria por rever – me, é Portia, querida
instrutora. De algum canto surge um Lemuriano gigantesco e de pele diferente,
sem cabelos, musculoso que sei bem quem é. Abraço – o muito feliz, é Ouckassim.
Quero saber onde está Amaranto, o médico da expedição, é ele
quem geralmente conduz aquele grupo, Portia me diz que ele encontra – se
infiltrado dentro da Usina, e que de lá envia informações para os computadores
que possuem ali fora. Olho para o centro de atenções deles, um pequeno
aparelho, como um nootbook. Ela me conduz até a frente da tela e deixa que eu
veja a interminável lista de nomes de casais que desponta freneticamente vindo
do interior da usina. Para mim é um pouco difícil concentrar – me para ler
naquele lugar, mas esforço – me, não alcanço grandes resultados, mas consigo
ler alguns: lado a lado está armazenado o nome de casais, o nome do parceiro e
ao seu lado o respectivo nome de sua companheira, e para meu espanto, o nome
dos filhos e futuros bebês que renascerão.
Vejo nomes de consultantes, meu próprio e de meu marido, até
mesmo visualizo o nome de meus pais naquela lista, os quais separaram – se
traumaticamente e até hoje, 20 anos depois, não são felizes por que não
esqueceram – se.
Sento – me no chão sobre uma pedra e sinto – me tonta,
desconexa, eles me pedem concentração, ou serei arremessada de volta ao corpo
sem observar tudo que preciso.
O ser da capa e capuz se aproxima de mim e coloca sua mão
sobre meu sexto vórtice de energia, uma luz suave irradia em meu ser e começo a
sentir – me bem. Ele diz que devo levar aquela informação para os casais da
terra. Preocupada, argumento que posso receber reprimendas de pessoas que não
entenderiam tudo aquilo. Diz que eu lance a semente e que todos os que já estão
prontos para sabe – lo irão achar aquele conteúdo.
Informações de dentro da usina ainda chegam e o clima de
certa tensão é aparente, se descoberto lá dentro, Amaranto pode perder
oportunidade libertadora para esclarecer os desavisados e imprudentes moradores
da terra.
Se bem entendi a
lista é para que os casais ali relacionados sejam separados?
Sim e pior, casais separados pela falta de energia sexual ou
unidos pelo excesso patológico de energia sexual, entram em atrito e os futuros
filhos não renascerão, e muitos destes futuros bebês serão responsáveis pelo
fim desta cidade e deste roubo de energia. Serão responsáveis pela mudança de
freqüência do planeta e iniciarão este evento dentro de seus lares,
reorganizando com sua própria energia, a energia desequilibrada de seus pais.
Terão o poder mental de não serem atingidos por esta tecnologia do plano
inferior e atuarão no ensejo de credibilidade desta existência além dos olhos
físicos, acabando por convencer seus genitores e responsáveis da existência
destes mundos desacreditados. É pela falta de credibilidade nestas tecnologias
avançadas dos engenheiros astrais inferiores que o caos tem – se instalado na
terra e nas mentes de seus habitantes, Se todo casal ou indivíduo devotasse um
certo tempo para sua vida e seu lar,perceberia que estas instalações estão
dentro de suas casas e poderiam por si mesmos, desliga – las evitando tanto
sofrimento, doenças, agressões e separações.
Como estes seres terrenos fazem parte deste lugar e
comprazem – se por aqui, desleixados e cúmplices com este vampirismo, as
crianças do terceiro milênio virão em maior número para que com sua própria
vibração de amor e dedicação possam começar a desconexão natural dentro de seus
lares, pois o bem inicia no ninho em que o indivíduo nasce.
O esquema aqui instalado tem proporções aterradoras e os
encarnados são responsáveis por tudo que lhes acontece dentro do lar e ainda
contribuem para isto, vindo até aqui, saturando – se de esquecimento,
valorizando a entrega sem restrição de suas energias sexuais.
Um alarme estridente soa dentro da usina e espalha – se por
toda aquela cidade. É um barulho horripilante.
Está na hora de partirmos, me avisa o ser de capuz, olho – o
e pergunto por que não me mostra sua forma. Diz que eu não o entenderia...
ainda. Sinto que é um morador de Atlântida que conseguiu evoluir neste mundo e
que conseguiu voltar para casa e continuar o trabalho de auxilio que exercíamos
quando estávamos por lá. Não retruco.
Diz que amanhece na terra e que eles preparam – se para
retornar com os encarnados e acopla – los como desejam aos seus corpos, que
devemos nos apressar para ver este procedimento. Diz que não vamos seguir pelo
caminho que viemos, que iremos direto, passamos por todo aquele trajeto para
que eu pudesse narrar para os interlocutores.
Estamos nas pedras novamente, o sentinela continua ali, despeço
– me dele e agradeço a proteção.
Estamos no quarto do casal, pelo portal adentram dois
engenheiros astrais com aparelhos em mãos e um sentinela que instala – se ao
lado do portal. Estamos todos ali, eu, Portia, Ouckassim e o Atlântico ( não
sei como chama – lo, não perguntei no momento), ele ergue uma barreira de
energia e deixa – nos no recinto apenas separados dos outros por aquela tênue
barreira de luz.
Mantenha silêncio,
pede – me, ele conhece – te muito bem e poderá descobrir – nos. Nem suspiro, estou ereta e espremida entre o guarda –
roupas do casal e a camada protetora de energia. O medo que sinto do que está
por vir já encarei antes e não desejo dar motivos para que o chefe me encontre
desprevenida.
Ele entra no quarto vindo do portal e fiscaliza cada espaço
entre a cama e o teto, onde aquela nuvem espessa está instalada. Aos meus olhos
abrem – se as nuvens escuras e vislumbro sobre a cama uma aparelhagem com inúmeros botões e alavancas
pequenas.
Eles ficam mexendo naquilo totalmente concentrados,
fiscalizados pelo “chefe”. Vejo emergir do portal dois sentinelas carregando,
adormecido, o homem que encontrei naquele beco. Devolvem ele ao corpo e retiram
– se.
O chefe (ele se chama Marcos...) sabe que o casal está estranhando algo naquele
quarto e não está contente.
Logo em seguida adentra o recinto a mulher deformada e suja de
líquidos sexuais que vi no plano inferior, anda pelo local como se estivesse
hipnotizada, procurando pelo parceiro que foi devolvido ao corpo. Está tão
excitada que parece um animal irracional, ansiosa, está tremula, não parece
bem. Procura – o, abre o guarda – roupas do casal e segura entre as mãos as
roupas do homem adormecido no outro cômodo. Cheira – as, esfrega – se nos
casacos, pega – os e limpasse neles, passa – os nas regiões genitais.
Não nos movimentamos, apenas observamos. O chefe sente algo
e anda em nossa direção, tenta ver algo além, fiscaliza, pensa...
Estou espremida em Portia e Ouckassim, como se assim ele não
fosse me ver e dominar.
Marcos desiste de encontrar algo e volta sua atenção para o que
seus engenheiros fazem. Sobre a cama, aquele equipamento forma duas massas de
energia individuais, uma de cada lado da cama, exatamente onde o marido e a
esposa deitam. É uma massa escura, pegajosa, porém etérea, movimentasse ao
sabor dos estímulos que aquela aparelhagem envia.
Há inúmeros fios presos aquela massa de energia, alguns
muito finos outros grossos. Do lado em que o marido dorme de costume, a fiação
prende – o densamente no tronco, enquanto um fio denso está conectado ao seu
pênis e outros às pernas.
Ramificações eletromagnéticas estão acopladas a massa
energética do lado em que dorme a esposa, um fio muito denso prende aquela
massa como se fosse ao cérebro, descarregando cheques elétricos que a fazem ter
orgasmos noturnos, retirando – lhe as energias e a pré disposição de relacionar
– se sexualmente e saudavelmente com o marido em momentos em que está acordada.
No conjugue esta fiação o impulsiona a sair do corpo e
procurar saciar seus desejos sexuais com aquela mulher que esta por ali,
gastando suas energias com ela, totalmente hipnotizado, assim com ela nas mãos
daquele chefe. Este desfecho me faz concluir que há uma sabotagem por parte
daqueles seres contra o casal e sua harmonia conjugal, incitando – os a uma
separação prolongada para que não desconfiem do que acontece por trás do que
seus olhos não podem ver. Pior, o casal está unido por outro objetivo, receber
dali a quatro anos em seu lar, uma criança de vibração cristal que ira levar
adiante os projetos nos quais a mãe está envolvida.
Tudo encaixa naquele momento e com aquela visão,
perfeitamente, nas narrativas e “sonhos” dos que narrei acima. Para minha
compreensão sempre racional é um pouco difícil aceitar que somos usados como
fantoches de seres que nossos olhos físicos não vêem. Me perguntava como
pessoas que não tinham aquela visão que eu estava tendo, conseguiam defender –
se ou desconfiar do que estava acontecendo em suas vidas, em suas casas e mais
importante, em seus cômodos conjugais, onde somente o casal e espíritos
superiores deveriam ter acesso.
A falta de ligação com as verdades espirituais era uma boa
resposta, o sexo desprovido de amor, respeito, os lares descuidados de proteção
energética... as ligações com esferas inferiores de promiscuidade e o
“benefício” do esquecimento que estes encarnados usavam para livrar – se da lembrança
e das culpas do que andavam fazendo e de onde embrenhavam – se durante o sono
do corpo físico. Uma boa explicação para noites mal dormidas, sonhos bizarros
na visão de muitos que já conseguiam aflorar alguma lembrança de onde andavam e
do que haviam feito... Mérito importantíssimo para a libertação daquele cárcere
que viviam vida após vida e vida pós morte.
Continuei ali até que outra cena deixou – me de olhos fixos
nos detalhes do que acontecia. O “chefe” e a mulher deformada fisicamente,
aproximaram – se da cama e ele dispensou os engenheiros astrais, os quais
partiram pelo portal de acesso ao quarto do casal. Envolvidos na energia
deturpada que exalava de ambos deitaram – se na cama do casal e fizeram sexo
animalesco, usando a energia liberada de seus corpos e mentes para alimentar
aquelas duas massas acopladas a cama do casal e infestar o ambiente com
resquícios de fluídos nojentos e pestilentos que liberavam do ato sexual em si.
Quando tudo terminou, ele dispensou – a e mandou que voltasse para o vilarejo.
Mandou que o sentinela continuasse vigiando o local e também
partiu.
O Atlântico deu – nos um comando para agirmos no local, com
a partida do chefe, as coisas ficavam menos perigosas. Pedi permissão para
atuar no vigia e me foi permitido. Aproximei – me deste protegida pela camada
de invisibilidade aos seus olhos e exerci alguns movimentos energéticos que uso
em sessões de hipnose com meus consultantes que buscam tratamento através desta
técnica terapêutica. Logo ele adormecia e dois vigias do povo do fogo
transmutador o levaram para dentro do portal.
Senti – me muito útil e solicitei auxiliar naquela
aparelhagem, o que me foi permitido. Sentia uma confiança enorme ao subir na
cama do casal e observar tantos botões e mini alavancas de comando. Naquele
momento, em minha mente ressurgiu lembranças dos tempos que fiz parte daquele
vilarejo e dos anos intermináveis que atuei naquela usina, auxiliando na
instalação daqueles aparelhos. Deixei que a indignação relacionada com
liberdade me invadisse e confesso, desliguei cada botão, cada sensor e cada
alavanca com o prazer daquele que se acha no direito de ser livre e libertar
quem busca auxílio. Desconectei cada fio opressor e sabotador e travei as
alavancas de drenagem de energia sexual. Conforme os desligava, os fios que
alimentavam aquelas massas fluídicas iam desprendendo – se e caindo por terra.
Eu estava como uma criança que a muitos anos ninguém permitia soltar – se,
brincar, ser feliz, expressar o que realmente ia na alma. Agarrei aqueles fios
densos e destruidores de casais e os arrebentei ao meio com as forças de minhas
mãos, inutilizando – os. Eu sabia que não era necessário, mas aquele era o meu
momento, o momento de mostrar que eu não era mais uma prisioneira, e que ver
aquilo tudo a influenciar o casal e sua destruição, me mostrava que eu também
estava sendo manipulada por aquele ser das trevas.
Eu o conhecia, sabia de seu poder, do medo que ainda guardo
de sua manipulação, de seus ataques... mas não o fazia para atacar – lhe, fazia
por que bastava de subjugação, queria que ele soubesse que eu descobrira tudo,
que aqueles que haviam buscados os cursos e sintonizações, o consultório, os
florais... já entravam em contato com esta libertação que naquele momento eu
usufruía. Deixava meu recado para que ele soubesse que eu estava consciente,
que desta vez andava pelo caminho reto e que nos encontraríamos nos bastidores,
ele atuando na escuridão e eu em prol de mim mesma e em prol de quem buscasse o
trabalho que eu desenvolvia.
Havia medo das represálias, minha mente estava muito
consciente, mas havia muito mais em mim daquele grito de liberdade!
Acionei uma corrente cósmica chamada Tríade de Oito
correntes cósmicas, um símbolo de Mestria Egípcia e a vi adentrar a terra e
catalisar energias universais, incidindo como um laser potente sobre o
ambiente. Suas correntes armaram – se e a enraizaram no orbe, drenando para o
portal aberto no espaço, os resquícios que haviam sido deixados ali. Levou
alguns minutos, mas as coisas voltaram a limpeza natural e o ambiente pareceu –
me mais sereno e leve.
Saiba que terão de manter – se firmes deste propósito por
que ele irá voltar, disse – me o ser A tlântico.
Enquanto isto, vislumbrei o portal inferior iniciar um
processo rápido de fechamento, como a explosão de uma estrela, onde a energia
explode no exterior e volta – se para o interior desaparecendo no espaço em que
habitava. Nada sobrou daquela porta infernal, apenas a parede branquinha.
Terá de mudar de padrão mental e mudar a sintonia sempre que
sentir os ataques, isto serve para todos os envolvidos, esta é a porta pela
qual ele retornará, ainda mais furioso, ainda mais hipnotizador, e todos terão
de estar preparados, com atitudes renovadas.
Por hora, até que ele consiga instalar uma abertura para
este plano, estarão livres. Que quando ele retornar, pois tem este poder, que
estejam sintonizados com propósitos elevados.
Abraçamo – nos todos, despedi – me de Ouckassim e Portia e
ambos partiram.
O ser Atlântico levou – me até meu corpo e sorrio,
demonstrando um pouco de sua forma.
Este é o projeto ATLÂNTIDA, ao qual todos que estão sendo
resgatados estão ligados, mas não como pacientes adormecidos e doentes, mas
como aprendizes que devem esforçar – se para sair do esquecimento de suas
mentes e atuar junto aos seus irmãos de planeta, Atlântida.
Todos já estão despertando e encontrando – se para o PROJETO
ATLÂNTIDA, onde despertaremos as consciências dos antigos moradores de
Atlântida e estes estarão aptos a receber a energia cristal em seu regaço.
Através deste encontro os moradores terrenos serão conscientizados e se
mobilizarão pela sua libertação. Os que antes decaíram em Atlântida, hoje
erguem – se através do autoconhecimento e do resgate da energia convertida para
a sexualidade no orbe terreno. Catalizarão suas forças mentais e atuarão como
divulgadores da libertação deste povo
que um dia deixaram que se perdesse devido ao seu ego e incúria.
A semente foi lançada desde o momento em que partiram
falidos de Atlântida, e todos os momentos de sua história os trouxeram
amadurecidos a estas revelações. Que desta vez saibam vigiar suas mentes e
empreitar a libertação de todos e não somente de seus egos.
Incrível! Nunca imaginei que tudo isso existisse! Sem palavras!
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