Seja bem vindo ao mundo das obsessões espirituais, da Psicoterapia Reencarnacionista,
da Regressão de Memória, do Reiki, dos Índigos e Cristais e principalmente do
Mundo Espiritual, por que este é o meu trabalho, meu resgate, minha missão.
Este é o meu grande amor...
As pessoas chegam aqui cansadas, desmotivadas, elas sentam e
choram... Dizem estar perdidas, relatam não encontrar o caminho fazendo o que
sempre fizeram, acreditar que este é o mundo verdadeiro, o mundo real.
Uma de minhas pacientes entrou, sentou e baixou a cabeça,
por longos minutos ela tentou me dizer por que estava ali, no meu consultório.
Discorreu sobre os processos tradicionais que recorreu, sobre os rótulos que
recebeu e sobre os remédios que tomou... Ela falou dos anos em busca de encontrar
a si mesma e o motivo por sentir que não era deste mundo...
Ela gaguejou, parou, pensou, envergonhou – se e recomeçou a
falar, em um eterno envergonhar – se do que estava trancado em sua garganta e
que ela sentia vergonha de expressar.
Eu já sabia o que era, mas ela precisava sentir – se
confiante para me contar e ouvir de sua própria boca. Disse – me que eu iria
acha – la louca...
- Seja bem vinda, eu disse, tudo o que você sente, eu já
passei, por que um dia fui paciente e atraio exatamente os pacientes que posso
ajudar de alguma forma.
Depois disto ela chorou e disse que estava cansada e que
somente ali, comigo ela sentia a segurança de contar que olhava as estrelas, a
lua, o céu... E sentia saudades...
Eu sempre fico emocionada quando encontro um conterrâneo da
minha casa espiritual e sempre respeito esta dor saudade que eles referem
quando chegam às minhas mãos... Eu sei o quanto dói ser taxada de louca (o), eu
sei o quanto é doloroso não sentir que se é daqui, da terra.
Lembrei de um filme espetacular, se analisado abertamente,
Matrix, e quando ela conseguiu jogar para fora o rótulo de “maluca”, com o qual
ela mesma se apelidara, eu olhei em seus olhos e estendi as duas mãos:
- Qual das pílulas você quer? A azul ou a vermelha?
Aqui comigo você vai encontrar um mundo a parte, comigo você
vai reconhecer quem é, para que veio e para onde vai.
Lá fora, com o acompanhamento tradicional você já sabe o que
há para aceitar. E então, qual você quer?
Ela escolheu a pílula azul...
Por longos anos andamos pela vida arrastados pelas situações,
pelas atitudes distorcidas que decidimos acatar... Nos deixamos ser rotulados e
acabamos incorporando profundamente estes rótulos.
Os índigos adultos estão acordando e chegando aos
consultórios doentes, alienados e saudosos de casa...
Chegam com uma gama de potencial gigantesco e sem saber o
que fazer com ele...
São pessoas que se dizem sensitivas e que não aceitam lidar com
isto... Ouvem, vêem além de seus olhos físicos, mas precisam que alguém as
acorde...
Acham que precisam, que devem algo a humanidade, mas no
percurso, esqueceram de fazer em primeiro lugar por si mesmas...
Possuem sintomas estranhos, síndromes, depressões
refratárias, tendência ao suicídio, ao desregramento em todos os âmbitos e
crêem que a crença incutida de que isto é normal... É natural...
Passam suas vidas terrenas exercendo trabalhos que não amam,
que os adoece e aprendem a entoar o mantra da reclamação, sem fazer o esforço
necessário para sair do lugar... Ganham filhos índigos e cristais e os ensinam “o
que foram ensinados”... A andar pela vida como autômatos vendados para as
verdades...
Crianças que irão crescer e se transformarão em zumbis
moldados por uma sociedade e família doentes...
Vivem suas vidas doentes, reclamando sem buscar auxílio ou
resguardam – se dentro de consultórios médicos bebendo todas as fórmulas que
existem, destruindo com seu inconformismo inconsciente, seu corpo físico e suas
possibilidades de evolução...
Quando a dor lancinante chega e o jeito é recorrer a
auxílios não tradicionais, chegam desconfiados, temerosos, envergonhados e
descrentes, mas estão ali por que o amigo, da prima, do irmão da vizinha
recomendou... Que bom que mesmo no sofrimento, as pontes existem...
Quando entendem sua história, quando com auxilio mapeiam suas
atitudes errôneas e escolhas desastrosas, quando através do merecimento de uma
regressão relembram o que há muito já gritava interiormente, o choro de
libertação brota com força total e o que resta é observa – los, emocionada, por
encontrarem sua história, sua vida, sua essência, sua origem...
Sei que muitos entram porque nada mais funcionou, e não os
culpo, infelizmente nos acostumamos a sofrer e sofrer até resolver aceitar algo
que não havíamos tentado antes...
Não estou pedindo que você acredite, mas que abra espaço
para o novo, para as tentativas que nunca permitiu usufruir... Que você se permita
ter uma conduta em busca de auxilio diferente, para obter um resultado
diferente.
Sim, eu sei que aprendemos a defender nossos rótulos
tradicionais de unhas e dentes...Eu entendo, como você, de uma hora para outra poderia
deixar de ser um bipolar, não é? Como ficaria em suas costas a responsabilidade
de aceitar que as coisas não são como você sempre quer... Que para extravasar
sua arrogância, seu metodismo, seu autoritarismo, você precisa se esconder
atrás de um distúrbio bipolar...
Eu entendo que para você conseguir manter sua tristeza
congênita sob controle, você precisa manter – se sedado e rotulado dentro da
depressão crônica e refratária... Eu entendo, sofrer e sentir isto todos os
dias, em todas as vidas que você já viveu, não é algo fácil...
Eu entendo quando você eleva a voz comigo, dizendo que
morrer é algo que lhe surge entre um pensamento e outro, que isto é a sua
cruz... Sim, eu entendo sua motivação suicida e o nome deste rótulo que
colocaram em você, deixar ele partir seria o mesmo que admitir que você é um
fugitivo, eternamente em fuga e destruição do corpo físico que tem se lançado
insanamente, vida após vida na mesma armadilha... Eu entendo que você está
cansado de tudo, mas o que é este tudo? E se nós dois invertêssemos este
cansaço e o olhasse – mos por outro ângulo? Será que você não está cansado de
fugir de si mesmo e das tentativas de suicídio? Será que é a sociedade, sua
tristeza, sua raiva, o término do relacionamento, a perda de um ente querido
que realmente esta te cansando?
Sim... eu te entendo... Eu fui um suicida durante mais de
400 reencarnações... Como eu poderia dizer que não o entendo se vivo entre a
alegria de me manter vivo e a loucura de
desistir quando as coisas não são como eu quero?
Seria desumano roubar – lhe seu rótulo de vítima não é, a
vítima que todos ferem, onde tudo acontece de errado, onde não há motivos para
erguer a cabeça e assumir o seu papel de responsabilidade pelo que te acontece...
Seria muito, muito ruim dizer a você que falta postura de sua parte não é, que
você precisa aprender a dizer não, não para você mesmo e suas atitudes, a ceder
e colocar – se no seu papel de ator principal... Seja dono da sua vida, do que
lhe acontece!!
Estes são os que entram corajosamente no consultório,
dispostos a se encarar de frente, com ajuda de profissionais que não estão ali
para alimentar seus rótulos, mas sim, liberta – los deles e mostrar um novo
caminho... O caminho do auto – posicionamento mental, emocional.
Você que entra por aquela porta, cheio de tristezas, medos,
raivas e insatisfações... Você é um guerreiro, pois resolveu enfrentar a si
mesmo e tirar o peso das projeções das costas dos outros... Você não é maluco,
você não é um rótulo, você só estava em uma armadilha...
As vozes que você ouve durante momentos intermináveis, as
visões que você tem e que o desequilibram não são um simples rótulo e um frasco
de comprimidos dos mais caros... São o mapa para a sua verdade, para a sua
sanidade, para a sua autocompreensão. Você não é simplesmente um esquizofrênico
ou um neurótico em vias de psicóse...
A cura existe... A verdade está estampada nos consultórios
não tradicionais, mas você tem que estar pronto para entrar e sentar... E ao
longo do tempo retornar...
Para quem não está pronto para assumir – se e curar – se,
que bom que os rótulos existem, o que seria de você se não pudesse se esconder
atrás de alguma coisa, não é?
Quando a saudade doer e você tiver de observar as estrelas...
Aceite que há algo que você precisa encontrar e entender...
Quando a tristeza bater, aceite que você precisa se encontrar...
Quando a solidão anunciar – se sem piedade, aceite que o seu
objetivo aqui é cuidar de você e conhecer – se para que ela seja uma aliada e
não um carrasco...
Quando tudo der errado e a morte soprar em seus ouvidos,
aceite que seu amor por si mesmo deve ser mais forte do que qualquer
obstáculo...
Quando a ironia ou a dor de não encontrar a parceria de alma
chegar, aceite que você tem que estar de bem com você e com sua solidão para
fazer a escolha acertada...
Quando você entrar por aquela porta, é isto que temos para
lhe oferecer, a pílula da verdade e só você poderá decidir se irá acordar para
si mesmo ou se continuará adormecido para seu mundo interno e para a sua
verdadeira casa espiritual...
Quando aquela porta se fechar, sente – se e abra sua alma
enquanto é tempo, tempo de buscar por si mesmo e ser feliz com esta nova
escolha... E acredite, se você ainda não estivesse preparado para tomar a
pílula... Você não entraria pela porta...
Liberte – se e seja humilde para libertar todos que estão ao
seu lado... Ou os que, já não mais suportando, partiram com o tempo...
Liberte tudo, todos e comece a sentir a vazio que a
liberdade consciente traz...
A liberdade te dá asas... Você está pronto para voar?
Paula Aguerre
Psicoterapeuta/ Regressão
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