Questionei que firmeza era esta que eu devia incorporar com ela, pois eu estava fazendo de tudo para ajudar, até mesmo ficando com ela e não colocando em minha mente que depois ela iria para adoção. Ele, com sua calma e humildade, dos que sabem muito, mas que não precisam mostrar, me explicou que o animal, por ser uma alma infantil, também é pirracenta, ahahahahah, e que por mais que o estado de Nala fosse grave, eu deveria falar com ela com autoridade de mãe, como faço com meu filho humano quando é necessário, pois ela estava me manipulando e me envolvendo na tristeza e carência que trás em seu espírito, para curar, e isto a ESTAVA MATANDO.
A partir daquele momento olhei para ela, e vi o quanto eu queria ficar com ela, o quanto eu a amava e minha mente viajou a um passado em que ela foi minha, em outra vida, mas que eu falhei com sua proteção e a deixei desamparada... E entendi porque Nala me encontrava outra vez, nesta vida.
Ali, nós duas Nala e eu, eu e Nala tivemos uma conversa tensa e definitiva e eu dei a ordem; trate de ficar boa logo, porque tu nasceu para ser linda e saudável e eu não vou mais te abandonar. Deixa partir este medo na forma desta doença que tu somatizou no corpo canino e confia que nós duas estamos prontas para ser felizes juntas. Se tu tens de partir Nala, eu deixo e te liberto, por que tu é que decide se vai ou se fica. Se ficar, tenho meu amor e minha maturidade para te oferecer e se partir, Rômulo vai cuidar de ti no plano espiritual.
Minha mão começou a desprender ectoplasma, energia extrafísica e envolveu o intestino da Nala e seu estômago, criando uma película de proteção para que as bactérias e vírus não conseguissem destruir seu corpo, pois ela entendeu meu recado e tomou uma decisão que somente ela poderia tomar: lutar comigo e com todos os outros para ficar, ou desistir e partir...
Chorei com ela nos braços e pedi perdão pelas vidas que a abandonei... Deixei minha culpa passada me guiar para aquelas vidas e ordenei que minha consciência culpada e que ajudava Nala a desistir de viver neste nosso reencontro, a abrir aquelas gaiolas de pesquisas animais e libertar todas aquelas almas que precisavam de paz... Dando paz para minha alma, pois muitos daqueles que feri em pesquisas estão hoje, sob meus cuidados amorosos de mãe e protetora e sorri, porque na dor de Nala, para não perde - la eu enfrentei meu subconsciente e me libertei e os libertei, porque não sou mais aquele cientista que deturpara vidas e evolução...
Grata a espiritualidade que todos os dias me ensina, muitas vezes preciso da dor... Mas agora ela é mais rápida e fica menos tempo...
Nala está evoluindo, sarando cada dia e não me perde de vista... Seus olhos não mais me indagam assustados, se mudei e vou saber cuida - la... Agora, eles me olham com amor e adoração e eu sou feliz porque posso cumprir o que prometi para ela quando decidimos nos reencontrar nesta vida.
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