A noite já ia alta ontem e eu olhei para ele e suspirei internamente, sentindo aquela antiga dor de outras vidas, onde eu o via alcoolizado. Mas não senti a raiva do passado, nem o medo, senti a maturidade visitar minha consciência, minha alma naquele momento, porque havia muito que eu me preparava para não mais precisar daquela situação em minha vida. Olhei para os olhos e para o semblante com resquícios de álcool e a voz alterada e quis sentir pena de mim mesma, mas me corrigi, pois sempre que eu sentia pena de mim, inconsciente, eu acabava brigando com ele para fugir de me enfrentar.
Naquela noite uma enorme consciência tomou conta de mim, fruto da minha busca interna e de tudo que eu relembrava olhando para ele... E fui embora, sem mágoa, sem raiva, sem ameaças de minha parte, sem chantagens emocionais da minha mente, sem desejar inconscientemente que um dia ele sentisse a dor que sua escolha pelo álcool um dia tinha causado na minha alma. Eu estava consciente que todas as vezes, vidas que eu o havia encontrado, eu tinha escolhido estar com ele e ninguém tinha me obrigado a estar ali... Bem pelo contrário. Segui meu rumo em paz e deixei que ele fosse dormir. Eu via ao lado dele um imenso mago negro que o manipulava e me afrontava através da voz dele e eu tinha toda a certeza do mundo que não desejava passar uma noite toda ao lado daqueles dois e da energia do álcool, eu queria era a segurança e a sobriedade do meu mundo tão lindo, cheio de paz que eu tinha construído a cada vez que tinha me arremessado com ele, em outras vidas, a um despenhadeiro de dor, vício, álcool, traições e desespero. Era um ser querido ao meu coração? Muito, mas eu me amava mais e naquele momento eu sabia para onde ele seria arrastado ao adormecer e não queria estar por perto.
5h da manhã... Acordei em minha cama, em minha casa e ouvi quando Wal me disse: - Vamos descer ao Submundo, enquanto tu desfaz o contrato deturpado com esta pessoa, vamos organizar terreno para que ele seja amparado.
Concentrei – me e logo um vento estranho começou a soprar meus cabelos e meu rosto. Eu já me encontrava no Submundo, em zonas de sofrimento, vícios e escravidão. Olhei ao meu redor e a galera do Bem estava comigo em peso, eram tantos, prontos para libertar tanta gente lá embaixo que eu me emocionei.
Caminhei segurando na mão de Wal e na minha mente eu rogava o amparo do mais Alto, do Mentor desta pessoa e pedia que eu me libertasse, pois a libertação dele só cabia a ele mesmo decidir se desejava.
Conforme eu me aproximava presenciei um enorme campo de força energético erguido, como um escudo protetor, mas na verdade era uma prisão, de onde eu ouvia gemidos. Olhei a fenda que o amado Arcanjo Miguel abria para que entrássemos e no mesmo instante meus olhos avistaram o ser encarnado que eu me despedira naquela noite, alcoolizado.
Chorei, chorei a ignorância que faz da mente e da alma uma escrava de prazeres terrenos como o álcool... O qual ceifa sonhos, corpos, saúde e amores... Ele estava amarrado com as mãos para cima, judiado, em pé, como um escravo em um tronco... Meus olhos seguiram ao redor e presenciei milhares de encarnados ali, amarrados, embriagados, sendo sugados, judiados, drenados e chipados pelo mundo inferior.
A bebida alcóolica tem rumo fiel quando o “viciado” ou usuário “sociável” a ingere: - O Submundo e a escravidão.
Fiquei parada o olhando e pensei nas famílias na crosta da terra que viviam aquele inferno, aquela dor emocional e moral e nos inúmeros casamentos que se desfaziam como meros enlaces sem vida...
Esperei Wal agir e me mostrar o que fazer, eu não queria mais correr para aquela pessoa amarrada por mais uma vida, tentar soltá – la, chorar minha alma e minhas dores femininas enquanto ele fazia as próprias escolhas e me obrigava a seguir acatando a dor eterna de segui – lo e renascer com ele para tentar “salva – lo”... Quem tinha que se salvar ali era eu, pois eu sabia com todas as forças do meu coração que não era ao lado de alguém assim que eu queria passar meus dias na terra.
Wal me pediu que desse a volta por trás dele e olha – se em suas costas. Obedeci e um aparelho, como uma caixa preta estava acoplado nas costas do encarnado amarrado. Abri com delicadeza e observei o inumero emaranhado de botões, minúsculas alavancas e luzes que piscavam. Olhei Wal e perguntei o que eu fazia, o que desligar primeiro diante de tantas coisas...
- Tu podes ajudar – te desligando um de cada vez, em momentos diferentes ou pode apertar este botão e desligar a ligação de vocês dois de uma única vez, mas há um porém...
-Qual?
-Se desligar geral terá de arcar com os resultados, pois poderá afastar – se dele definitivamente, libertando – o e libertando – se...
Eu pensei em tudo naqueles pequenos instantes, pensei nas cenas de todas as dores de outras vidas que vivi ao lado da dependência alcóolica dele, dos filhos que amparei sozinha, da solidão que enfrentei e também pensei no quanto eu gostava dele ainda... E naturalmente minha mão desligou o botão geral, pois eu já sabia a força que tinha para sair de tudo aquilo equilibrada e consciente de minha decisão.
- Ele não vai mudar e já foi franco contigo minha querida, e por um momento tu envergou a venda da ilusão e deseja crer que ele irá abandonar a bebida definitivamente. Ele já disse que irá diminuir, mas que não irá parar... Aceite isto consciente e madura e decida se fica ou se o deixa partir.
Eu escutei a voz carinhosa do Wal ao meu lado, quando se ajoelhou na terra poeirenta comigo e eu senti dor mais uma vez... Mas desta vez foi uma dor estranha, dor de quem se vê como nunca se viu antes, forte, consciente e resoluta do caminho a seguir e com quem seguir.
Chorei e Wal beijou – me a testa, enquanto eu via o encarnado ser liberado das cordas que o prendiam pelos pulsos... Segurei aquela alma tão querida em meus braços e eu não sentia ressentimento com a conduta dele, com as escolhas dele, por mais que me machucassem... Eu sentia amor, perdão e libertava o passado machucado. Eu precisava sentir carinho por ele e deixar que o universo nos conduzisse dali em diante. Fiquei um longo tempo ali, ajoelhada na terra solta com ele, meio zonzo, meio adormecido, hipnotizado, em meus braços e fiquei pensando em como eu queria acordar dali para frente, em como eu sonhara ter minha vida desde que me entendia por gente...
Enquanto isto, outros espíritos da legião de Mãe Maria, Arcanjo Miguel e Comando Ashtar soltavam outros seres alcoolizados e os deixavam repousar em braços de seres como eu, ainda vivos e ali, aquela hora, para ajudar...
Wal me mostrou um musgo preto e um cordão de energia negro que entrava pela garganta e narinas do encarnado que resgatávamos, o qual o prendia e enrolava – se na garganta.
Olhei Wal e ele foi franco e direto: - Esta energia plasmou neste homem devido a tua mágoa, raiva e não perdão por tudo que aconteceu entre vocês. Cada energia escura que tu vê ali é de um momento de brigas entre ambos, de abandono, de choro e gritos, de palavras dolorosas que trocaram em momentos em que ele bebia... De certa forma, mesmo sem saber, as brigas que tu travou para salva – lo, sem equilíbrio, ajudaram a jogar ele ainda mais na bebida e no lodo. Se toda alma soubesse como ajudar seus amores perdidos nas drogas, muito sofrimento seria evitado. Tentam salvar brigando, cobrando, aos gritos, ameaças, suicídios ou sendo coniventes, permissivos demais.
Se cada alma feminina conseguisse respirar por um momento e enviar amor a estes homens embriagados ao invés da sua dor íntima por serem colocadas na situação de protetoras de seres que se matam com a bebida, estas seriam capazes de remover montanhas e chegar ao cume, carregando consigo estes, ou sua sanidade ao deixa – los para trás por não desejarem segui – las e ter uma vida equilibrada...
...Alguém veio, era Maria, mãe do amado Cristo e me pediu que o deixasse sob os cuidados dela, pois eu tinha de seguir com Wal para resolver mais coisas ali naquele lugar.
Na espiritualidade superior, Maria comanda um gigantesco pavilhão hospital e falanges de seres do bem em prol de suicidas... Pois quem usa de meios ilícitos ou lícitos para drogar – se, torna – se um suicida consciente ou inconsciente.
...Eu me sentia cansada com a energia do lugar, a aridez da respiração, da terra em minhas narinas, do choro, dos gemidos... Wal removeu o equipamento que colocara em minha cabeça para eu conseguir estar ali mais consciente e lúcida e quando abri os olhos eu estava sob uma linda árvore, em um gramado verde e cheio de luz.
Descanse alguns momentos, pois vamos a três lugares ainda hoje. Obedeci prontamente e tratei de me recompor.
...Quando percebi meus pés já pisavam um gigantesco pavilhão acoplado a muitos outros, como uma imensa fábrica no Submundo.
-Aqui são feitas bebidas com teor energético e ectoplasma dos seres que tu viu amarrados no pátio. Os mais lúcidos são usados como empregados e também doam ectoplasma viciado para contaminar a fabricação das bebidas alcóolicas na terra, nas fábricas terrenas. Aqui os engenheiros do Submundo desenvolvem aparelhos de última geração para viciar e alienar qualquer um que na terra bebe, seja socialmente ou compulsivamente.
Quando estes encarnados ingerem a bebida viciada com a energia que é fabricada aqui, tornam – se fantoches quando saem do corpo, pois os guardas os esperam na cabeceira da cama para fazerem destes escravos sexuais, para que sejam vampirizados, manipulados, usados como escravos na fábrica ou em qualquer outro local aqui que precisem ser remanejados.
Observei os funcionários trabalhando, enquanto seus corpos dormiam na terra e realmente pareciam zumbis, enquanto engenheiros inferiores maquinavam sobre mapas, localidades e novas implantações sobre a terra, novos pontos onde poderiam distribuir drogas, fábricas e fazer mais escravos.
-O objetivo maior dos chips extrafísicos inseridos na bebida é alienar e ir, sem que se perceba, contaminando o corpo orgânico para que se viva menos sobre a terra e para que se percam oportunidades de evolução. Quanto mais famílias desestruturadas, mais energia de raiva, mágoa e culpa para fazer material viciante, ou seja, a matéria prima das bebidas.
Wal me conduziu por uma escada de metal onde em um escritório “chefes donos” debatiam entretidos, sobre um grande mapa de um corpo mental, como desenvolver tecnologia ainda mais avançada para que a espiritualidade superior e “bocós” como eu, não conseguissem desativar.
Olhei o material e a segurança e relaxamento com que debatiam sobre vidas, famílias, almas e destruição de lares e reencarnações e fiquei quietinha... Ali não tinha uma ponta de dó, de culpa, dor ou remorso, o que valia ali, era aqueles espíritos acordarem na terra, entrarem em seus corpos físicos e ganharem dinheiro com suas grandes estatais.
-Vamos a outro local.
Segurei firme a mão amada do meu Mestre e fui conduzida a um pavilhão hospital, não muito longe dali. Quando percebi já estava lá dentro olhando centenas de macas sem limpeza acomodando espíritos femininos sobre elas.
-Aqui é muito sujo para elas ficarem.
-Isto para os chefes não importa, eles usam estas mulheres e suas dores pelo que enfrentam com seus pais, maridos, irmãos, filhos, filhas, para drenarem a energia de raiva, mágoa, dor, desespero que sentem e canalizam para adormecerem ainda mais a vontade deles de libertarem – se. Torna – se uma roda viva de dores que só faz aumentar o uso, as recaídas, suicídios de ambos os lados por não conseguirem vencer o demônio mental do vício.
Todas que estão aqui são doadoras, dormem infelizes na terra, cheios de culpa e rancor por não conseguirem mudar quem amam, por serem trocadas pela bebida e acabam sem saber, ajudando os chefes a desenvolver mecanismos viciantes que aprisionam a todos como escravos. Se ambas nos escutassem, deixando um pouco do ressentimento e culpa de lado, poderiam mudar de psiquismo e realmente ajudar e ajudar – se.
Eu sabia, eu sentia que um dia eu havia saído daquele lugar, que um dia eu tinha sentido tanta solidão e mágoa por viver com alguém que usava drogas... Eu sentia e sabia o que elas estavam sentindo, atreladas aquele lugar, a decisão de sentirem pena de si mesmas e de não tomarem uma atitude equilibrada para conviver com usuários ou deixa – los seguir suas vidas... Ou mortes...
-Há inúmeras formas de conviver na terra com um usuário, mas cabe a cada um decidir como quer passar por este ciclo... Com pena de si mesmo ou com a consciência de que precisam aceitar que não é pessoal, mas que cada um vive conforme suas escolhas particulares.
Havia gemidos ali, gemidos de mães, esposas, filhos, todo ser que sofria por conviver com um amor que usava drogas.
-Um dia cada um vai entender que os ciclos não são para alimentar dor e desespero, mas para tomar a decisão oportuna. Quem se encontra dentro de um problema grave como este esquece que precisa tomar atitudes embasadas e não ficar alimentando brigas, discussões infundadas para ver de quem é a culpa, brigas físicas e tantas outras coisas que sucedem – se entre quatro paredes de um lar desestruturado. Um dia entenderão que estão inseridos no problema para resolver e não complicar mais ainda. Sairão do ego que tenta modificar o outro e modificarão a forma como veem o outro e suas decisões. Sairão do ego e do jogo de poder e submissão e decidirão como gostariam de se sentir, de como gostariam de viver, com ou sem um usuário. Entenderão que não é o outro que vai lhes dar felicidade, mas a forma como decidem conviver com estas pessoas ou sem elas.
Não é a situação que fere, mas as escolhas de como viver dentro da situação. Por isso tu sente menos dor no contato com o uso de bebida que ele faz, tu decidiu como deseja te sentir junto dele, independente do que ele faça. Esta é a chave para a libertação. Ninguém coloca a culpa em ninguém e cada um vive suas escolhas, juntos ou separados... Cada um escolhe se vive o inferno ou o paraíso, por mais que o mundo externo esteja desabando.
Vamos, tu tens de buscar teus contratos.
Nem discuti, eu não sabia que contratos eram, mas minha mente inconsciente já sentia que era algo grave e que tinha chegado o fim de tudo aquilo.
Subimos mais um lance de escadas de metal e paramos dentro de um pavilhão de escritórios, cheio de chefes que me olharam com cara de poucos amigos. Segurei firme a mão de Wal e pedi que não me deixasse, como resposta senti ele apertar a minha e ficar ao meu lado.
-Quero TODOS OS MEUS CONTRATOS COM VOCÊS, já fui dizendo com educação.
Um deles riu alto e os outros acompanharam. Ele foi até uma gaveta, pegou um punhado de pastas e jogou sobre o balcão.
-Estão todos aí!
Eu senti que não era verdade e olhei Wal de olhos preocupados. Mentalmente ele me disse: - Peça o Contrato Rosa.
-Eu quero o Contrato Rosa!
As risadas sessaram e fui fuzilada com olhares. Ele se afastou e buscou uma pasta rosa e a arremessou sobre a mesa fazendo com que muitos papéis se espalhassem. Soltei a mão de Wal e esqueci tudo, esqueci Wal, esqueci as dezenas de chefes perigosos que estavam ali e puxei uma cadeira. Pela primeira vez era eu que não estava com pressa, pois eu sempre descia com pressa.
Comecei a ler os contratos da pasta rosa e senti vergonha, senti tristeza e ao mesmo tempo fui me perdoando por ter contratado aquilo tudo por estar machucada e ignorante. Eu havia contratado com os cirurgiões do pavilhão hospitalar as doenças que matavam corpos femininos em contato com homens drogados. Contratei que eu queria o câncer de mama, rins, bexiga, aparelho feminino e intestino. Contratei que viveria atrelada a um homem alcoolizado, nasceria de pai alcoolizado, em família de dependentes alcóolicos, contratei sem precisar que seria uma vida assim, pela eternidade...
-Que maravilha!! (Coloquei as duas mãos na cabeça)!! – Parabéns para minha raiva, pelo rancor, pela ignorância... Que me levaram até aqueles contratos e me fez assina – los.
Sem saber de onde tirei aquilo cuspi sem me preocupar, mandando: - Quero a pasta cinza!
Silêncio no recinto, gente furiosa e Wal com sorrisinho nos lábios.
Logo uma pasta cinza aterrissou sobre a mesa, na minha frente.
Peguei ela e nem ergui a cabeça: Lá estava: Pasta de contratos com “fulano de tal”.
Minha mágoa, raiva, ódio por tudo que passei me ajudou a contratar com minha “vítima ferida” o seguinte: - Vou ser ajudada a ter força, foco, persistência e vou destruí – lo para que sinta o que me fez sentir.
-Parabéns outra vez!
Nesta hora eu já conversava comigo mesma esquecendo de todo mundo ali. Eu sentia pressa agora, pressa de rasgar tudo, de sair dali e ser livre do rancor das mulheres que fui e que tinham contratado tudo aquilo. Eu nem queria mais me livrar do peso de viver com alguém alcoolizado, eu queria era me livrar de tudo que eu escondera em meu inconsciente até agora.
Rasguei os contratos com os chefes e juntei cada pedacinho pra garantir e acomodei nos meus braços, junto com a pasta rosa e cinza e pedi para Wal me tirar dali.
Abri os olhos e estava outra vez sob o pé de árvore e no gramado de luz. Na terra já eram 7h e 20 min.
Quando olhei para o horizonte vinham duas crianças, um menino e uma menina e meu filho atual. Olhei eles correrem na minha direção e chorei desesperada de alegria. Era Pedro, Bianca e Kevynn, os filhos de outras vidas que tive com esta pessoa e que tive de criar sozinha, que presenciaram o inferno, o álcool e o desespero. Eles me abraçaram entre risadas e os pequenos me disseram: - Mãe, tu perdoou ele, agora vai ser só alegria, tu está livre e nós estamos muito mais porque sabemos que teu coração sorri.
Choramos abraçados, deixando as mágoas, as tristezas e dores para trás. Deixamos o medo que sentíamos daquela pessoa quando bebia, dos seus gritos, da sua voz eclodindo em nossas almas aflitas e nos abraçamos outra vez.
Ele já havia evoluído muito e nós também. Todos estavam escolhendo seus caminhos e a vida não seria como nas outras vidas.
Os filhos me beijaram, acariciaram e ficaram ao meu lado enquanto mentalmente eu criava uma intensa energia para transmutar os contratos que havia trazido comigo. Eles foram ficando cheios de luz e as assinaturas e letras viraram pássaros e voaram para o alto, enquanto eu me sentia livre, sentia que dispositivos graves iam me liberando e apaziguando.
A bebida não era mais um fantasma que eu tinha que assumir. Eu poderia seguir em frente e não precisar mais disto, fosse de pai, de marido, de qualquer pessoa na minha vida.
Eu estava consciente e esta consciência me roubava qualquer sensação de medo ou angústia. Eu sabia que comportamento deveria assumir e onde queria acordar todos os dias da minha vida preciosa e cheia de caminhos lindos.
Eu não desejava mais aquilo e havia decidido ir embora aos poucos, com calma, com paz, com respeito, com carinho...
E você, o que deseja para sua vida, para seus dias, para seu corpo, mente e alma?
Com que tipo de comportamento ou pessoa você deseja dividir seus dias, sua vida, seus sonhos?
Como você deseja se comportar com este ser daqui para frente?
Desça naquele seu inferno astral, seja ele qual for e o enfrente com muito amor, consciência e respeito.
Gratidão.
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