quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Os humanos é que complicam tudo.
O grande problema dos "batismos de religião", iniciações, são os encarnados que iniciam, batizam, sopram, impõem mãos, enfim, que participam dos rituais.
Hoje eu quero contar uma rápida história e gostaria que você soubesse. Atendi uma paciente hoje que me disse mais ou menos assim: - Paula, eu não quero mais ficar vinculada a religião, presenciei coisas que não concordo e que não entendo por que fazem... Mas para isto, para me libertar é preciso muito dinheiro para desfazer.
...Lá fomos nós três para a maca, eu, ela e Wal, meu amor.
Aquela sala de atendimentos foi clareando e uma leva linda de seres espirituais da religião adentraram o recinto e rodearam - na, impuseram suas mãos sobre a cabeça dela e começaram a desatar nós, mãos alheias e laços escuros, deixando ali somente as mãos da espiritualidade superior, que é o que eles são, seres que não exigem, não impõem, não aprisionam, deixam livre seus filhos para que estes, onde estiverem, sintam - se no direito de te - los por perto, mesmo que não desejem mais estar inseridos dentro de um terreiro, uma igreja, uma sinagoga...
Ali eles deixavam claro que o que vale é a crença íntima do filho, do iniciado, do batizado e não a imposição e cobranças dos vivos que comandam estes rituais. Mesmo que a pessoa estivesse longe do local e dos que a batizaram, ainda era manipulada pela mente dos vivos que de longe, exigiam dela, um comportamento que a fase evolutiva dela não desejava mais, ela queria ser livre, respirar e fazer o que sua consciência sabia que era bom para ela.
Wal me deixou soprar a cabeça dela e eu me senti honrada, mas ainda dei uma olhada para ele e perguntei se não ia me incomodar e ter fila de guardiões do submundo me atacando. Wal olhou pra mim e disse, o mesmo que eu falei para a paciente: - Fecha a porta do receio, do medo, que ninguém vai ter o direito de te pegar. E sorrio, piscando um olho pra mim. Baixei minha cabeça e trabalhei, não sem perceber que eu também era uma das vivas que batiza, inicia, sopra e que deixava com meus "filhos", aprendizes, um pedaço de mim. Wal me disse para deixar com eles o meu enorme desejo de liberdade quando os iniciasse e nunca mais a corrente do apego que se acha dona dos que cruzam nossos caminhos.
Para você que é de religião, que se batiza, enfim, entregue para seu coração a escolha do "vivo" que vai te batizar, iniciai, soprar, impor as mãos, pois você é um ser de luz, sagrado e quem é luz, jamais pode se permitir ser aprisionado por outros. Que seja luz quem te ajuda a encontrar um rumo espiritual, um caminho de luz divina e se você está atrelado a crença que precisa pagar muito ou que é indissolúvel se libertar de batismos ou iniciações, deixe esta crença deturpada ir embora. Somos livres de tudo e de todos.
Que a tua religião e teus professores, mestre, iniciador, padre, pai de santo, seja exemplo de liberdade para com todos, desde os humanos até os animais e se em algum momento tua convicção balançar por que você está entrincheirado entre ver o certo e presenciar os atos errados deste, não hesite em questionar ou até mesmo de desvincular, pois quando você chegar lá na terra dos pés juntos não vão te perguntar o que teu pai, teu padre, teu bispo, teu iniciador fez, mas sim, o que VOCÊ FEZ QUANDO SE SENTIU NO CAMINHO ERRADO OU SEM LIBERDADE.
Com carinho e todos estes anos como iniciadora, mestra, instrutora, aprendiz.
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