quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Quando sem perceber, manipulamos quem amamos.


O fato de você se dedicar a uma pessoa e isto ser visto como amor de sua parte, sempre deverá ser analisado se realmente deixa o outro crescer. O fato do seu amor e dedicação atrasar a caminhada do outro e não deixa - lo aprender com os tropeços da vida, te torna um eterno escravo da roda do Karma, pois sempre que interferimos na jornada do outro, mesmo que por amor, isto nos torna seres que atrasam e se atrasam.
Nunca é fácil ver que na maioria das vezes o amor tão abnegado que dedicamos a alguém é MANIPULAÇÃO, uma manipulação que faz o outro ficar conosco não para o bem dele, mas por causa do nosso medo da solidão. Que sabota o financeiro do outro não o deixando ir enfrente, quando pagamos as contas alheias, isto é uma forma de não deixar o outro ver que tem potencial e assim mante - lo cativo ao nosso lado.
Existem milhões de formas de estar apegado a um amor seja ele filho, filha, marido, mãe, irmão, amigo e isto faz com que, por mais que gritemos nossa boa ação ao mundo, que somos bons, que auxiliemos e não desejemos nada em troca, que estamos ali para amparar sempre que preciso, na verdade estamos ali por um egoismo medroso, que impede o outro de crescer e seguir seu rumo em benefício dos nossos medos escondidos.
Assim como prendemos o outro com desculpas de caridade, amor e altruísmo, infelizmente os prendemos a uma atitude que,poderá ser inconsciente também, que um dia nos fará viver o mesmo papel do cativo, do podado, do manipulado.
Presencio muito dentro de consultório o fator agravante de pais que não deixam os filhos baterem asas e crescer com a desculpa de que os estão protegendo. Sempre pergunto: - Protegendo de que exatamente? As respostas em defesa são assustadas e rápidas, mas sem muito exito, pois ali, no confronto com a realidade, entendem que estão é protegendo seus próprios medos como seres humanos e não os dos outros.
Tudo que se torna excesso, não está no caminho certo. E se você é uma vítima que está presa, a culpa é sua. Se você é o carcereiro, a culpa é sua. Deus lhe deu UMA VIDA, cuide desta e ORIENTE as que dependem de sua instrução por um tempo determinado. As vezes não é nem as fatalidades da vida que machucam quem você ama, é seu comportamento doentio e egoísta, que está pensando só no que você acha que é bom para você.
Manipular alguém para que VOCÊ se sinta bem, seguro, confiante e feliz é a pior forma de amor que você poderia dar a alguém. O amor verdadeiro e equilibrado, deixa livre, deixa que caia depois da orientação, pois só a experiência poderá ensinar quem amamos, assim como aconteceu conosco.
Se você tem filhos, se você os controla, se você controla seu parceiro ou esposa, sua família, é hora de rever seus medos, sua identidade e desapegar. Você também precisa bater asas e crescer, não importa a sua idade, mas os anseios da sua alma. Geralmente quando prendemos muito alguém é porque estamos com medo do nosso próprio voo e não do que poderá machucar o outro. Não projete suas limitações em outra alma, isto não é justo.
Em uma regressão, uma NORA veio ao meu encontro com a seguinte queixa: - Minha sogra não nos deixa crescer, controla o filho adulto e faz da minha vida um inferno. Tem ciume e a vida tornou - se um eterno disputar fulano, como se eu o estivesse roubando dela. Durante a regressão descobrimos que o comportamento da sogra era um ato controlador, pois o filho, em outra vida, tinha sido marido e agora, sua mente disputava o amor de marido com a nora e não o amor do filho...
Cuide o que realmente você está acreditando que é amor saudável, quando há amor, ele não disputa, não controla, não prende... Ele acresce gestos de liberdade e carinho...Ele acalma e não provoca o vulcão interior, ele deixa cair para o outro criar resistência, pois nem sempre poderemos estar ali...
Se permita crescer e viver sua vida, deixe a vida dos outros para ser vivida pelos outros, você vai se surpreender com a magia de você se permitir ser livre e deixar a vida acontecer.

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