segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Desesperos Fantasmas...




Desfazer contratos com o medo, a culpa inconsciente e a solidão... É sempre muito doloroso... Uma dor saudade, uma dor solitária, uma dor que parece que se arrasta na alma e a faz arrastar – se junto com esta... A dor que carregamos no inconsciente é uma das maiores dores, porque precisamos amadurecer a mente consciente para poder lidar com o material escondido, para nossa segurança, ou seja, o universo é muito perfeito, pois faz com que esqueçamos coisas com as quais não podemos lidar por momentos, instantes, vidas sucessivas e vai nos dando oportunidades de amadurecimento, crescimento, para um certo dia, acessar tudo aquilo que nos fere, estagna, atrasa, acorrenta, destrói, causa culpas inconscientes dolorosas demais para lidarmos...

“E hoje a solidão me perseguiu”... Arrastou – se durante toda uma vida e aos poucos eu fui aprendendo a lidar com ela, controlar, para que não mais me controlasse e me fizesse optar pelo suicídio ou os relacionamentos dolorosos e desequilibrados demais para uma alma conseguir descansar ou ser feliz... Olhei o horizonte e me questionei, cheia de uma dor que eu não sabia do que, porque eu estava me atrasando tanto, se eu tinha os meios, as possibilidades, as oportunidades e só dependia de mim, diretamente comigo mesma?

Senti uma tristeza intensa daquelas que controlamos para não encher nossos olhos de lágrimas e nos denunciar perante os espectadores reunidos ao nosso redor... Questionaram se eu estava bem e eu consegui dizer com meias palavras que não era bem o meu dia, mas que iria passar... Eu confiava que iria passar aquela dor na minha alma. E eu pedi, pedi com toda minha dor, com toda minha vontade de ficar bem, com toda minha fé, a qual eu estava aprendendo a ter, que eu encontrasse a resposta daquela sensação absurda e dolorosa de solidão, mesmo em meio a muitas pessoas... Eu queria saber, eu queria desta vez, resolver definitivamente aquela chaga que me crucificava vida após vida e me fazia enveredar por vales de dor, desatinos, medo e estagnação em um eterno desenrolar de autossabotagens.

Enfrentar – se e encarar que carregamos a solidão no peito e na alma, não é fácil, geralmente suprimos este distúrbio emocional e mental, o qual quer nos avisar que precisamos voltar pra dentro, com barulho, gente e os olhos focados no exterior de nossas vidas, do que está do lado de fora e que possa nos distrair de enfrentar a realidade, aquela que dói e que precisa de cuidados conscientes. A solidão só está ali porque quer nos dizer que precisamos averiguar porque está ali...

O medo só está ali porque quer nos dizer que precisamos averiguar porque ele está ali...

A sensação de culpa só está ali porque quer nos dizer que precisamos averiguar porque está ali...

Mas sempre, na maioria das vezes, fazemos o que de melhor sabemos fazer, fugimos, mascaramos, nos auto – distraímos para não enfrentar a dor, por que a dor é algo do qual o ser ainda não aprendeu a lidar ou manusear sem alardes e medo de não conseguir, de ser algo grande demais para ser controlado sozinho... Sempre acreditamos que precisamos de mais alguém, num eterno depender do outro, para resolver a nós mesmos...

“E então eu não suportei mais aquela solidão que nesta vida me assombrava, por mais que eu estivesse em meio a multidão... Não suportei o medo de ter de carrega – la por mais uma vida inteira, até minha morte orgânica e depois... Por mais vidas sucessivas... Deixei a noite cair, quando tudo silenciaria e a multidão iria embora, quando sobraria somente eu e ela, a solidão e eu... O vazio e meu medo daquele vazio em meu peito, em minha vida... Esperei o dia passar com calma na alma, mas não sem dor, na expectativa de obter com minha boa vontade e empenho, a resposta para minha dor solitária, para o medo de ficar só, de não ter alguém, de não suportar minha própria presença...

Deitei e roguei amparo ao mundo espiritual superior, o qual me acolheu de pronto... Deixei a mente consciente rebelde solta e a controlei em momentos que queria fugir. Invoquei toda a proteção que minha alma e meu merecimento precisavam, pois eu merecia, eu acreditava pela primeira vez que eu era merecedora de ter a resposta, a verdade, o cuidado necessário para saber sobre o motivo real daquela dor inconsciente...

E a resposta veio suave, como eu precisava, com certo grau de dor emocional pelo que eu descobria, mas eu me senti tão grata que desejei que todo ser existente, desde o homem ao animal, acreditasse no poder de seu auto – merecimento para ter conforto emocional e seus reflexos na vida física.

Me vi em outro planeta, como cientista e descobri porque eu identificara durante a semana a instalação de um segundo cérebro e córtex cerebral em meu campo e corpos sutis. Naquele planeta desenvolvido nós vivíamos até quase 600 anos quando conseguíamos instalar aquele segundo cérebro. Quando não o tínhamos nossa vida durava 300 anos no máximo, o que nos causava uma dor intensa devido ao fato de não suportar a morte, a separação, a solidão que a ausência de nossos entes queridos nos causava. Ainda não tínhamos acesso ou a crença nas vidas sucessivas e isto nos roubava boa parte da paz que desejávamos carregar na alma.

Como cientistas e detentores de uma mente poderosa para aspectos tecnológicos, acabamos por conseguir desenvolver um mecanismo revolucionário que estimulava os neurotransmissores a enviar comandos de esquecimento, ou seja, estimulavam na mente original a diminuição da dependência dos que amava – mos. Conseguia - mos lidar com a morte de uma forma programada, conseguia – mos lidar com a solidão de uma forma estipulada e monitorada, ao ponto que o desenvolvimento daquele mecanismo cerebral pudesse aderir completamente à mente original e transpor os comandos do cérebro de origem.

Ganhava – mos qualidade de vida, longevidade orgânica pelo fato de não termos de lidar com doenças e perdas e assim conseguíamos sobreviver a tantos anos com qualidade de sobrevivência emocional.

Renasci centenas de vezes naquele local de trabalho, meu amor pela cadeia de desenvolvimento cerebral monitorado e implantado com sucesso sobre o cérebro original me fazia buscar, inconsciente, aqueles laboratórios, aquele trabalho, aquela missão. Sanar a dor era algo que encantava minha mente, minha vida, minha missão naquele lugar. Mas como tudo, implantes nunca serão originais, sempre trarão de certa forma, desgastes, ajustes, monitoramento e modificações para evoluírem e não serem rejeitados. O que aconteceu foi o excesso de esquecimento, de relacionamentos... E toda gama que comporta estes tipos de relações. Fiz – me de cobaia para esquecer minhas dores, minhas perdas e os amores que não pude manter junto a mim devido a morte dos corpos orgânicos que possuíamos... E varei vida após vida trabalhando em busca da cura, da dor emocional e da racionalidade excessiva que estes momentos e ignorâncias geravam.

Ali eu tive ao meu lado um parceiro, outro cientista, que hoje identifico ao meu lado como alguém que amo e que lutei planeta após planeta para não perder... E juntos desenvolvemos boa parte de toda aquela tecnologia avançada.

Naquela época tudo aquilo foi algo maravilhoso, pois necessitávamos de algo que suprisse a dor da solidão, do desespero, do inconformismo... Mas as reações colaterais também vieram e com o transcorrer dos milênios tivemos de ser remanejados a outros planetas inferiores para evolução e aprendizagem mais tranquila sobre a aprendizagem e aceitação da perda, da morte, das separações naturais e este segundo cérebro acabou por nos causar sérios problemas, pois fugia de nosso controle e acabou por assimilar todo e qualquer comando, fossem estes positivos ou negativos. Os Mundos inferiores ativam os corpos densos energéticos e estes desprendem toda gama de inferioridades e limitações que precisam ser curadas, o que gerou um sobrepeso, um excesso de coisas e bagagens negativas que acabaram sendo registradas como algo que deveria ser alimentada pelo dispositivo do córtex cerebral e seus hemisférios.

O que nos mostra hoje que há um segundo cérebro energético trabalhando e em detrimento do original, ou seja, enquanto um sabe o que tem de ser feito, o outro está sobrecarregado com informações deturpadas de uma época que deixou de existir, que ficou em outro planeta, causando as autossabotagens, pois está fora de sua área de atuação, o planeta onde foi gerado e instalado e que possuía outras formas de sobrevivência.

Moral da história, estamos aqui para aprender também, a desinstalar este programa, este segundo órgão energético e isto só será feito sob descontrato, ou seja, sob comandos inversos ao que estamos vivenciando e que não desejamos.

E assim vai se mostrando nuances do que não entendemos de todo, mas que grita em nossa mente original: desejamos muito o bem, a saúde, a prosperidade, o sucesso, o amor, a parceria, a companhia... Mas não sabemos lidar de forma equilibrada com estes fatores e acabamos desencadeando fases de dor e medo.

O medo nos limita e limitados não há perigo de agir e dar errado. Se não agimos, nada dará errado e estaremos seguros, em nossa zona de conforto... Mas nossa mente geme com estas decisões contraditórias e acaba gerando o desencadear das dores inconscientes, apenas para que resolvamos nos enfrentar e enfrentar este segundo “eu” que nos fere e atrasa.

Desfiz aqueles contratos, ainda tenho medo, tenho, mas sei que será de conformidade com o que posso suportar ao me enfrentar e ao meu material inconsciente. O que não é mais viável é viver com a solidão que não sei de onde vem realmente, com a dor emocional que não consigo identificar porque está ali... Com a ferida gigantesca que a autossabotagem me causa e ao ver, continuo estagnada sofrendo sem a reação que realmente espero e desejo de mim...



Me senti recomeçando, roguei ao amado Comando Asheteer que me ajudasse a soltar tudo que eu tinha o direito divino... E me vi entrando outra vez no velho e saudoso laboratório, mas desta vez recebi um convite... Cada aprendiz que entrasse pela porta do meu trabalho hoje, era uma oportunidade de reprogramação mental... E libertação, auto – libertação apara cada um de nós... Eu aceitei o convite... Chorei os enganos, o medo de sentir dor, de sentir saudades de alguém que não mais voltaria aos meus braços... Mas entendo e interiorizo que eu já consigo, que sou capaz e que mereço tentar passar pela dor de forma equilibrada...

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