segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Como surgiu o Curso Contratos Sagrados, Paula?



Desfazendo Contratos Deturpados.


(E eu precisei aprender a descer ao Submundo (e aceitar que havia algo estranho que mantinha aqueles ciclos viciosos) e desfazer aqueles casamentos, aquelas mortes precoces, as crenças sobre merecer aquelas doenças e... Resgatar meu poder interno de comandar minha mente e minha vida quando reencontrava estas pessoas e atraía estas situações repetitivas. Eu entendi que ali, haviam contratos inconscientes para adoecer, ser servil, ser morta, acatar relacionamentos amorosos que não mais faziam parte de minha programação, para defender minha integridade, minha programação, meu Contrato Original e meu grande Amor e nossa vida juntos... Pois sempre depois das tempestades nos reencontravamos e eu não mais queria reencontrar ele no final, mas no começo das minhas vidas sucessivas.).




Regressão do mês de setembro de 2013.

Sintomas: pele escamando, com coloração amarelada, sinto – me doente, vejo cena fixa de uma menina em um banheiro, com uma doença grave, caí no chão do hotel em Ametista do Sul e machuquei muito o cóccix.

...Vejo – me com um rapaz, temos uma afinidade muito grande e acreditamos que somos o amor um do outro, nossas famílias se gostam muito e fazem questão de nosso relacionamento. Estamos noivos e passamos a maior parte do nosso tempo juntos, conversando, namorando e nas terras de minha família, minha família tem muito dinheiro, assim como a dele. (Este noivo é meu melhor amigo nesta vida como Paula).

Namoramos desde muito jovens, devo ter agora uns 15 anos. Meus pais tem uma casa de dois pisos em um local retirado e amo muito aquele local, Logo adiante, alguns poucos quilômetros, do outro lado da estrada, os pais dele possuem uma casa de descanso também.

Gostamos de conversar e estar juntos e tivemos uma única relação sexual.

...Ele morreu e meu mundo ruiu, junto com esta perda iniciaram sintomas de desmaio, depressão e quedas frequentes, onde eu me machucava muito. Fui a médicos e especialistas e meus pais me acompanham.

...Alguns anos se passaram e minha luta é frequente, pois tenho lutado incansável contra uma leucemia. O tratamento quimioterápico é forte e deixa – me muito abalada. São anos de sessões, expectativas e dedicação e já não aguento mais... Minha pele está agredida, meu cabelo não existe mais, sou muito magra e uso um leno delicado ao redor da cabeça. Sou uma moça bela, com grandes olhos, pele muito clara e alta. Junto comigo eternamente uma senhora que cuida – me, mima – me e segue – me em função do meu tratamento e vigia – me devido aos desmaios frequentes. Sinto muita falta de meu noivo e nunca mais desejei voltar a casa de campo que visitava - mos e passava – mos nossos dias.

Como Paula, durante esta sessão de regressão, posso ver meu noivo obsediando – me incansável. Alimento a culpa por ter perdido ele, por não ter morrido também.

Estou avisando meus pais que não vou continuar com o tratamento quimioterápico e que desejo viver longe do meu país de origem, não aguento as lembranças e isto faz com que eu adoeça ainda mais. Estou dizendo que irei para Paris, pois temos uma casa lá.

Meus pais concordam, pois são maravilhosos e querem meu bem. Criaram – me independente e sabem que não conseguirão fazer com que eu mude de ideia.

Junto comigo irá minha protetora, a senhora que cuida – me desde criança.(Nesta vida atual ela é minha amada amiga).

...Estou morando em Paris, sigo minha vida, cultivo pacientemente minha tristeza interna e não tenho noção do que isto causa em minha doença física. Saio sozinha e tenho uma vida normal, meus cabelos crescem e estão curtos. Estou mais disposta sem o tratamento.

Fui a algum local e estou voltando para casa, sinto – me mal e desmaio. Acordo em um hospital em Paris. Um jovem médico examina – me e faz o atendimento necessário. Digo – lhe que tenho câncer e é por isso que passei mal.

Ele faz todos os exames necessários e cuida – me durante o período em que estou ali. Minha protetora quer avisar minha família, mas peço – lhe um tempo, se não ficar boa, poderá chama – los.

...O jovem médico me convenceu a buscar por um transplante e mudar o rumo de meu tratamento, descrente concordo, pois sinto que ele me faz bem e me trás esperança com seu modo ético, amoroso e vívido de relacionar – se comigo, como paciente.

Meses se passam, nos tornamos amigos, confidentes, saímos juntos, rimos juntos e adoramos a companhia um do outro. Conheci sua família, pais amorosos, gentis e despidos de preconceito, eles seguem uma linha reencarnacionista e dizem que o poder do pensamento tem muito a ver com os males físicos. Me apaixono pelo que dizem, pelo que professam e vou ao local de orações que frequentam, tipo uma casa espírita, muito organizada.

Inicio um processo intenso de mudança de frequência, pensamento e dedicação a minha cura, começo a acreditar que sou merecedora de me curar e seguir com uma vida saudável, feliz e consciente de que outro lado de toda aquela situação existe.

Não ficamos mais um dia longe um do outro, somos amigos, mas acima de tudo, existe uma confiança e carinho entre nós que nunca vivemos com ninguém.

Estamos em uma praça, posso ver a torre Heifel as minhas costas, estamos passeando e rindo...Conversando muito...

Ele se aproxima, delicado, olhos nos meus olhos e eu deixo que me beije, pois quero retribuir. Meu coração se enche de emoção, pois é um toque tão querido, tão amoroso e delicado, que nos perdemos por uma fração de segundos que durou aquele toque. Nós nos amamos...

...Dedico – me em tempo integral a estudar os aspectos energéticos e mentais de meu comportamento que causa a doença que tenho e a vida que levei depois de perder meu noivo. Sou integrante no auxílio aos espíritos que não possuem mais um corpo e dedico – me a ajudar aqueles que precisam de mim. Não tenho faculdades mediúnicas fortes, mas uma vontade enorme de ser útil e amar o que vier a fazer dali pra frente, e o que quero morrer fazendo é lidar com aquele novo mundo que conheci através daquele jovem médico dedicado.

A família dele me chamou para uma conversa, sua mãe, seu pai e ele, ele é filho único e preparam – me para saber que sou obsediada pelo meu noivo. Eu aceito, pois sinto que posso confiar nisto que me dizem. Inicio um processo de libertar – me da influência dele. Sinto que devo me retirar definitivamente da vitimização de te – lo perdido e de achar que não foi justa sua morte.

Ao longo do tempo, e do amor que sinto por este médico, consigo ver que nunca fora amor o que senti pelo noivo e sim uma amizade muito grande. Consigo um doador e passo pelo processo de cura.

...Estou curada, posso ter uma vida normal e isto me deixou imensamente feliz e grata a mim mesma, pois entendo que eu sou responsável pelo meu processo de cura, em conjunto com as energias universais que me ajudam.

Estou tendo uma conversação com meu ex - noivo, não o vejo, mas senti que preciso me despedir dele e deixar claro que o que sentia - mos um pelo outro não era amor verdadeiro, pois um amor verdadeiro nunca acaba, mesmo com a morte do corpo físico. Comparando com a relação com  Marcos, jamais poderia ter sido amor. Sinto que está reticente, o sinto, mas não posso ceder e mesmo que quisesse não conseguiria, minha vibração não mais deixa – o me obsediar. Achei correto conversar com ele antes de eu me permitir partir e viver a minha vida.

...Muitos anos se passaram, eu e meu amor vivemos um para o outro, para o estudo e auxílio da espiritualidade. Dedico – me muito naquele local de auxílio e sinto – me uma mulher muito feliz. Não lembro de em algum momento termos brigado, nossa vida é amizade, companheirismo e dedicação, nunca perdendo nossa privacidade individual.

O que sinto ao lado daquele homem me emociona ainda hoje, me sinto livre, independente, realizada, amada, respeitada e consigo passar tudo isto a ele.

...Estou velha, não tivemos filhos, eles simplesmente não vieram e isto nunca nos incomodou... Eramos felizes e tínhamos um trabalho espiritual, os filhos viriam quando fosse o momento.

Meu amor partiu antes de mim e eu segui a vida trabalhando, estudando e sendo feliz...

...Estou em uma poltrona, na nossa casa, em Paris... acho que morri, sem dor, sem sentir...




Regressão do dia 22 de novembro de 2013.



Sintomas: Cansaço, vontade de chorar, identifiquei chips instalados de forma grave em meu rosto, cabeça e garganta, sensação estranha de estar prendendo UMA AMIGA ÍNTIMA, de forma a não deixa – la crescer, identifiquei conversações mentais em relação a ela como se eu estivesse me vingando.



...Sou uma moça muito jovem, meu nome é Hellen Dubbois. Sou branca, tenho cabelos longos e claros. Moro em um local retirado, como uma casa de campo, muito linda, luxuosa e com enormes extensões de terra. Tudo ali é lindo e bem cuidado, o gramado me encanta pelo seu verde e limpeza. Há um balanço em uma árvore à beira do precipício, gosto de balançar ali, há um jovem rapaz que embala – me e cuida para que eu não caia. Nos damos muito bem, ele é meu irmão e nesta vida como Paula ele é meu irmão outra vez (Júlio).

Temos casa na cidade, mas em minhas condições ele achou melhor eu viver ali, longe dos olhares e comentários. Há uma senhora jovem muito amorosa conosco, ela nos cuida desde crianças e é a mãe que não tivemos. Nosso pai antes de partir a deixou responsável por nós e ela é amada por nós dois. Ela é minha amiga atual Rosemari.

Vivemos ali em paz, temos recursos financeiros e somos de boa índole, nada financeiro nos preocupa.

Gosto de andar pelo gramado extenso em frente a casa grande, gosto do bosque e de sentar por ali, no chão, aceitando os raios do sol. Algumas vezes meu irmão senta ali comigo, não conversamos muito, mas nos damos bem.

Estou no gramado, quase sempre há um sol lindo e a brisa suave. Estou tendo uma crise. As tenho com frequência espaçada, mas quando acontecem fico semanas de cama e muitos dias dormindo. Meus músculos se retorcem e caio ao chão, sinto espasmos e meu corpo se arrasta pelo chão, é como se eu saí - se fora de mim quando isto ocorre e não tivesse o poder de dominar meu corpo e minha mente, muito menos minha vontade. Meu irmão me ajuda, é difícil controlar – me nestas crises e ganho uma força fora da que possuo como Hellen.

(Como Paula posso presenciar um espírito de homem agredindo aquela mulher. Ele a domina e a pega pelos cabelos e a arrasta pelo gramado. Um laço está em sua mão e dele saem ganchos que a prendem no rosto, cabeça, garganta e órgãos genitais. Identifico este espírito como minha amiga íntima, a qual senti que eu prendia).

Ninguém consegue presenciar estes ataques e acreditam que fazem parte da doença nervosa que a ataca e faz com que seu corpo fique retorcido e dolorido.

Há muitos anos aquilo acontece e ando lentamente, pois a atrofia muscular inibe muito de minha movimentação natural. Desde que sinto tudo aquilo, não reclamo, procuro levar uma vida tranquila, ser uma pessoa fácil de lidar e de boa vontade, pois sei que sofrem comigo com tudo o que acontece. Aceito bem aquela limitação, não a entendo, mas não revolto – me...

Estou acordando... Há um médico jovem no meu quarto, ele é chamado quando entro em crise, para cuidar meus batimentos cardíacos, pois fico dias dormindo e para controlar a situação física que está acontecendo. Ele é da confiança de meu irmão. (meu ex marido nesta vida atual).

Estou acordando, neste meio tempo de “coma”, uso fraldas e acordo muito cansada e lenta. Peço para sair para o sol e deixam.

Estou na frente de casa, de pijama, é um vestidão longo e com babados, branco. Estou segura no para –peito e saboreio o sol. Sem que eu espere vejo a imagem de um enorme homem ao meu lado, furioso e ele tenta me agredir. Assustada tento me defender e uso os braços, mas percebo que ele não consegue me atingir, pois uma luz, um círculo me defende da aproximação dele. Fico muito abalada, pois além de não entender o que vejo, a raiva que aquele ser demonstra contra eu é enorme e pavorosa. Acho que desmaiei...

...Estou no meu quarto deitada... Vejo – me elevar – me acima do corpo que está na cama e fico presa por um fio... Flutuo... Estou calma... Apenas observo o que acontece.

...Acordei e vejo meu irmão e o médico sentados em poltronas, dormindo em meu quarto. Estou muito bem disposta, sorridente, empolgada, consigo me mover com mais rapidez...

Conto o que aconteceu, falo com alegria sobre o que estou sentindo, como se eu acordasse de um sonho ruim e agora estivesse livre.

...Estamos na sala, estão todos ali ouvindo – me, não falam nada, escutam e observam meus movimentos faceiros na sala. Sento no sofá para continuar meu relato, mas algo acontece e sinto – me ser erguida do sofá e ser arrastada por cima da guarda e jogada no chão com estrondo.

Todos levantam – se assustados, pois aquilo é algo inusitado e estranho, estão assustados com minha queda. Uma força maior do que eu me arrasta até a sacada dos fundos, anexa na sala, enquanto todos tentam me socorrer. Ouço meu irmão falar que aquilo é impossível de ser uma crise.

Tentam segurar – me, mas ao ficar em pé tenho uma força descomunal e os empurro para longe. Sorrio irônica e matreira e me aproximo de cada um dos homens...

(Eu Paula posso ver uma mulher dominar aquele corpo físico de Hellen.) Ela é sensual, maldosa e usa roupas agressivas.

Meu espírito está no chão desnorteado e fraco, fui arremessada para fora do meu corpo para que ela o domine. Uma luz muito linda incide naquele lugar e automaticamente me arrasto para ela, como que buscando segurança. Braços de homem me envolvem e me amparam enquanto estou jogada no chão. Sinto emoção, pois é Wal, meu amado Wal que está ali. Ele diz que tudo aquilo vai passar e que venci aquela etapa e que tenho merecimento de buscar entendimento consciente, pois venci a etapa sem me queixar, sem revidar. Diz que as ferramentas irão surgir e que eu apenas aprenda.

...Estou acordando em meu quarto, todos dormem e sem fazer barulho saio para o jardim, me sinto bem, estou tranquila, sou alguém tranquilo... Ando pelo jardim e vou até o bosque de pés descalços, preciso respirar, preciso entender algo, conectar – me com algo que não entendo, pois até aquela idade nós não tínhamos nenhuma crença, nenhum dogma ou tipo de fé. Eu só sabia que precisava fazer algo para mudar meu entendimento do que acontecia comigo e o por que de ter presenciado aqueles seres, aquelas saídas do corpo.

Estou voltando para o jardim, meu irmão vem ao meu encontro, preocupado, mas não me reprime, digo que vou sentar na beira do abismo para pensar. Fiquei ali a manhã toda... Sentada, olhando o sol, olhando o horizonte... Sentindo o calor do sol aquecer minha alma como nunca sentira antes. Era diferente, pois agora eu procurava por algo...

Deitei ali na grama com a cabeça voltada para o horizonte... vejo meu espírito sair do corpo e ir ao encontro daquele lindo homem que amparou – me no momento do ataque daquela mulher. Ele me diz que eu siga meu coração, que não há uma estrada exata, mas que eu confie que chegou o momento de libertar – me definitivamente de tudo aquilo. Que eu use meus recursos financeiros para aprender sobre eu mesma, pois outros vão precisar do que eu aprender. Que eu confie, pois seguirei o rumo certo se decidir aprender. Eu confio mais do que tudo nele e sinto a verdade em meu coração, não tenho medo, nem ansiedade, é como se meu caminho estivesse traçado me esperando. Ele leva – me em uma casinha simples e ao entrar vejo dois homens com os quais eu tenho que resgatar aqueles ataques, eles são convidados a aprender comigo, pois tudo vai mudar.

Estou acordando no jardim e vou em direção a casa, sei que estão lá dentro me espionando para minha segurança, eles tem medo que eu vá sozinha no balanço, pois os nervos de minhas mãos e dedos já não seguram com firmeza as coisas.

Comunico que vou em busca da minha cura, do meu conhecimento e que ninguém vai me impedir. Sabem que estou decidida, mas meu irmão pede aquele médico que vá comigo e cuide – me, pois irá ressarci – lo pelo trabalho. O médico recusa pagamento e diz que irá por amizade.

Não me importo, só sei que preciso seguir o mais rápido possível em busca de entendimento do que acontece comigo. Meu irmão nunca sai daquela casa, não se permite voar mais alto...

Estamos na França, em Paris, sou espectadora das mesas girantes e dos fenômenos mediúnicos que ocorrem. Observo tudo com respeito e procuro aprender. Aquele médico me acompanha, mas não faz questão de aprender ou enriquecer – se com aquela ferramenta. Eu amo tudo aquilo, bebo da fonte da alegria por fazer parte daquele mundo e daquele presente.

As crises nunca mais ocorreram e sigo de cidade em cidade, de país em país aprendendo, estudando, observando e fazendo parte daquele mundo espiritual, possessões, doenças manifestas através da subjugação espiritual e as saídas do corpo. O material sobre viagens astrais é escasso e não seja por alguns relatos de pessoas que o fizeram, não há livros que possam nos ajudar.

Continuo saindo do corpo e entrando em contato com aquele ser de luz que amo e respeito e que devota – me amor e paciência.

...Voltei para casa e reencontro minha segunda mãe e meu irmão, estou feliz por ve – los. Comunico que desejo transformar o casarão abandonado e atender com seminários pessoas de todos os lugares, meu irmão concorda e o deixo responsável pelas obras. Desejo que seja restaurado, pois é no alto da colina e é um local rodeado por natureza e paz.

Aviso que não irei acompanhada desta vez, que o médico não precisa mais me acompanhar. Ele retruca e sinto sua mágoa e sua tentativa de comandar – me. Sou firme e direta e lhe falo sobre não querer aprender, já sei que ele é um dos espíritos que foi convidado a libertar – me e aprender e como não tem se esforçado, é hora de nos separarmos e seguir caminhos diferentes. Ele fala de ter aberto mão de tudo e do financeiro para seguir – me e digo – lhe que fez aquilo por vontade própria e escolha íntima, que não culpe – me agora.

Daquele dia em diante nunca mais o vi e continuei seguindo por países e estudando, fiquei alguns anos fora e mandei cartas ao meu irmão com coordenadas do casarão e de como eu o queria.

Estudei com um monge que admirei por toda aquela vida e que se tornou um grande amigo. Me especializei nas artes orientais e segui ministrando a parte espiritual que fazia parte do meu coração e de minha programação na terra.

...Voltei para casa, o casarão em estilo oriental, com suas abas largas como na china, ficou exuberante e lindo, meu irmão fizera um belo trabalho. O dinheiro que ganhava pelo mundo ensinando era revertido para minhas viagens, estudos e a manutenção do local de retiros que eu batizara naquele local. Meu mestre e instrutor veio da china e ficou alguns anos ali, ensinando, vivendo e ajudando, enquanto eu ainda viajava mundo a fora em busca de aprendizado e divulgação do meu trabalho.

Estou no topo das muralhas da China, sinto o vento forte açoitar meu rosto e meus cabelos... Um homem aborda – me e sinto meu coração bater de forma diferente. Ele me diz que sente que já me conhece e sinto sinceridade em suas palavras. Sorrio... Ele pede – me um contato, algo para procurar – me um dia e digo – lhe do espaço para retiros que possuo, se um dia quiser aparecer por lá...

...Muitos anos se passaram, há pessoas trabalhando no retiro comigo, temos hospedagem no casarão e usamos o espaço externo para meditar, cursos, vivencias e exercícios.

O Mestre me informa que precisa partir, pois sua estadia ali acabou. Sinto tristeza, mas o liberto, sei que ele tem uma jornada a cumprir...

Estou trabalhando no casarão, há um retiro de meditação e quebra de contratos, há muitas pessoas deitadas em tapumes, espalhadas pelo chão, fico caminhando ao redor delas, orientando... O retiro acabou, estou no grande saguão de meditação do casarão organizando o restante para que tudo fique em ordem. Ao voltar – me encontro um homem, de uns 40 anos, olhando – me com um sorriso. Eu o reconheço, é o mesmo homem que abordou – me nas muralhas naquele final de tarde a mais de 8 anos atrás ...

Diz que agora podia me procurar, que antes disso precisou amadurecer, ser independente dos pais, pois naquela época era um peregrino que viajava estudando e acabara de posicionar – se na formação acadêmica. Sorrio, sinto que ali começa uma longa história com aquele buscador de conhecimentos. Seus pais morreram e agora ele era sozinho.

...Os anos se passam e trabalhamos juntos, lado a lado no casarão, ele é fisioterapeuta e atua com crianças com deformações e limitações físicas, meu trabalho é espiritualiza – las e orientar sobre contratos deturpados e subjugações espirituais que as fazem manter – se naquela vibração e limitações. Amamos o que fazemos e nem vemos os anos passarem, quando folga meu trabalho dentro do casarão saio para o jardim e orientada por Márcio auxilio no alongamento das crianças que não caminham. Ele fica no grande jardim, envolvido com os grupos de crianças e viajamos muito em busca de aperfeiçoamento. Nossa vida é leve e apesar do amor e parceria que sentimos um pelo outro, isto não nos limita ou atrapalha, pois não dependemos um do outro para nos sentirmos plenos e completos, já o somos por nós mesmos. Nunca houve uma briga ou desentendimento sequer entre ambos. Estou com mais de 40 anos e recordo nosso casamento espiritual, casamos no mesmo lugar que nos conhecemos, no topo da grande muralha, abençoados pelo vento, pelo céu e meu querido Mestre Kohan. Apenas nós dois, ali, em comunhão com nossas crenças, nossas buscas por melhoria interna.

Pessoas de todos os países chegam para tratar – se no casarão, pais trazem seus filhos, pois o trabalho fisioterapêutico do querido marido é muito eficiente. Meu irmão continua ali, sempre disposto a ajudar, sua personalidade é introspectiva e pouco se mistura.

Digo isto a ele, que ele possui um contrato e que deveria mexer nisto e libertar – se, sair daquela casa e voar... Ele gentilmente me diz que não quer fazer isto e digo – lhe que nunca mais tocarei no assunto, a não ser que me peça. Dou – lhe um abraço fraterno e sigo com meu trabalho. Moramos no casarão quando estamos em casa e meu irmão mora na casa grande, a de nossa infância.

...Estou com mais de 50 anos, sinto – me um pouco cansada e há uma tristeza em minha alma, meu marido partiu para o mundo espiritual e sua ausência custa – me muito. Estou indo para a China com suas cinzas em um lindo cálice de prata oriental. Sob as grandes muralhas eu choro a minha saudade e deixo que o vento leve sua lembrança física e se espalhe pelo grande céu acinzentado. Wal está ali comigo e vejo o espírito de Márcio, ele está muito bem e se despede, pois agora iniciamos uma fase separados para nos reencontrar - nos mais adiante.

Sigo a vida trabalhando e não cultivo a tristeza, nem a saudade doentia, sei que é uma fase que preciso vencer e que ainda tenho trabalho a exercer com qualidade sobre a terra. Minha querida mãe partiu também para o mundo dos espíritos e ficaram eu e meu irmão. Ele é mais velho do que eu.

... Estou com mais de 65 anos, vejo meu irmão sentado na varanda da casa grande, pegando sol, ele está bem velhinho, com mais de 70 anos...

Estou trabalhando no jardim e vejo Wal, ele vem me dizer que naquela tarde eu vou partir para o mundo dos espíritos...

Estou indo em direção ao meu irmão, sentado na varanda, quero me despedir dele, pois nada posso fazer contra aquele desígnio e terei de deixa – lo. Sinto vontade de chorar, mas não é de tristeza ou revolta, estou muito tranquila, só o que me preocupa é ter de deixar meu irmão já velhinho e sozinho, pois ele não constituiu família e nem eu tive filhos. O beijo e abraço sem nada dizer e sigo para o casarão, ali, deito – me em um tapume e sigo em silêncio em minha mente, aguardando o momento da despedida do corpo físico. Agradeço por tudo que tive, pelas oportunidades e seres que fizeram parte de minha trajetória. Sou muito grata por aquela linda vida que vivi... Sinto um aperto no peito, muito forte que faz com que meu corpo arque e saio do corpo, vendo Wal aproximar – se com meu querido marido ao seu lado. Nos abraçamos e logo vejo meu irmão chegar em espírito. Fico surpresa, mas ao mesmo tempo muito feliz, pois ele partiu também junto comigo. Seguimos calmos para o jardim, em direção a um lindo portal d e luz que se abre no abismo, onde eu sempre sentava e adentramos...

Chegamos em um local espiritual, de serenidade e calmaria, ali, nos abraçamos mais uma vez, agradecemos por fazer parte da vida um do outro e seguimos rumos diferentes, pois outras fases evolutivas nos aguardam. Todos estamos bem...



Regressão de outubro de 2013.



Sintomas: descobri que um paciente que procurou – me para tratamento seu e dos familiares é alguém que já encontrei em outras vidas, trocamos um olhar onde ele inconscientemente fez questão de me lembrar isto e fiquei preocupada, pois sinto que não é uma boa ligação.

Descobri que estava ainda casada com ele nesta atual vida em que nos encontrávamos na espiritualidade inferior e que ele é um grande chefe do plano inferior.



Regressão: Vejo – me trancada em um pequeno cômodo com uma criança, um menino de um ano mais ou menos. Estou apavorada e escuto pancadas na porta que tranquei por dentro. Meu marido está do outro lado esmurrando a porta, furioso comigo. Não aguento mais apanhar, ser tratada como um animal acuado e seguir ordens cruéis e bitoladas. Estou com fome também.

Há uma pequena janela mais acima e coloco o menino e logo em seguida escalo e também saio para o lado de fora. Estamos no telhado, posso ver as casas dos vizinhos, choveu, está escorregadio. Pego a criança no colo e com cuidado fujo pelos fundos, posso ver – me correndo desesperada por uma estradinha alagada da chuva e vejo a grama tocar meus pés. Estamos de pijama e calço um chinelinho que acompanha a roupa. Corro, mas corro tanto e com tanta garra que logo consigo alcançar a cidadezinha onde moramos, mais interiorana. É algum local nos estados unidos.

Ninguém ali me conhece, chegamos a esta cidade a alguns meses e ele não me deixa sair de casa, permaneço eternamente trancada em nome de seu ciúme doentio e de suas manias psicóticas.

Identifico neste homem o espírito de meu paciente.

O menino que está em meu colo é meu atual filho.

Estou olhando para todos os lados, estou apavorada, molhada e de olhos arregalados, pois a qualquer momento ele pode me alcançar. Nunca fugi e sei que se ele me pegar o castigo será terrível. Há um hotelzinho simples ao lado e penso em entrar, mas não posso contar o que ocorre e muito menos ficar exposta usando pijama. Me escondo atrás de um grande carvalho que há por ali e aguardo carros antigos passarem, temendo que um deles seja de meu marido. Algumas pessoas passam e olham – me curiosas, mas evito olhar diretamente para elas.

O fim da tarde inicia e meu medo é ficar ao relento com meu filho, ele começa a queixar – se de fome e desconforto e eu me sinto desesperada.

A solução é sair da praça e ir para algum local mais retirado, assim posso ficar escondida até saber o que fazer.

Sigo automaticamente por uma estradinha longa que me leva para fora da praça e da cidadezinha rústica e sinto muito cansaço com tudo que está ocorrendo. Há semanas ele entrou em crises mais violentas e me tortura emocionalmente e mentalmente sem tréguas. Limita a alimentação de meu filho e a minha e quando está mais irritado me bate. Ele é um homem muito alto e forte e sinto – me minúscula para me defender fisicamente.

Caminho, caminho e meus nervos estão em frangalhos, pois o peso da criança e a fome me castigam. Ainda garoa e o chão está com muita água. Estou em um campo limpo, apenas uma ou outra árvore, sinto vontade de sentar sob uma árvore, mas a noite vai chegar e não posso ficar ao relento com aquela criança.

É noite, cheguei a uma fazenda, ali as fazendas são muito comuns, pois é um estado interiorano de plantações de milho, arroz e outras coisas. Meu marido é um advogado e está ali para cuidar dos interesses burocráticos dos fazendeiros. É um homem conhecido, poderoso e respeitado por sua sagacidade advocatícia.

Estou em um celeiro aberto nas duas extremidades, meu filho quase é solto por minhas mãos, pois não aguento mais... está escuro e meus olhos desesperados e cansados só focam um cantinho escuro com feno onde posso repousar. Meu peito está oprimido e não sei o que vai ser de mim e da criança depois daquela atitude desesperada que tomei. Não tenho nada, sou de família humilde que já partiu a muitos anos para o plano espiritual. Sou sozinha, jovem demais e meu marido bem mais velho do que eu.

Sinto uma paz acalentar meu peito quando vejo aquele cantinho seguro e enquanto me dirijo a ele um homem muito alto entra no celeiro e flagra – me. Me sinto petrificada e descoberta...

Ele olha – me sem fazer alarde e questiona quem sou e o que faço ali...

Se eu der um passo em falso serei entregue ao meu marido, aquela década é regida pelo poder masculino e esposas tem pouco querer.

Digo que me chamo Sílvia... E não consigo dizer mais nada. Ele automaticamente segue o ruído de meu filho no cantinho escuro. Fico congelada e em pânico que ele faça algo e nos escurrace.

Ele se aproxima, tem uma ferramenta em mãos, como um garfo de feno, olha – me nos olhos entre a penumbra do local e deixa de lado a ferramenta.

Diz que vamos até a casa grande. Obedeço, pois pior do que está só sendo entregue ao meu marido e por enquanto ninguém sabe da minha história. Eu choro quieta, mas me mantenho firme, ele pega meu filho no colo e nos leva para uma casa em madeira, muito grande, com varanda e porta de tela para afastar os insetos do campo. Há luz acesa... Sigo atrás dele, silenciosa e com medo.

Ele entra e chama a mãe dele, logo uma senhora de idade, muito bonita e jovial aparece e se surpreende com nossa presença. Ele diz que nos encontrou no celeiro e ela trata de aproximar – se e ser solícita.

Coloca – me sentada no sofá e ele leva meu filho para a cozinha, ainda no colo, não os perco de vista. Estou um trapo humano e torturada pelo medo e impotência que sinto diante de ter sido descoberta. Vejo de relance ele organizando coisas e potes e meu filho semi acordado com a cabecinha no ombro do homem gigante.

A senhora diz que se chama Eleonor e tenta me acalmar, pois choro em silêncio. Diz que vai ficar tudo bem e que nada vai nos acontecer. Quando ela me diz isto, a única coisa que consigo pedir entre lágrimas é que ninguém pode saber que estou ali com meu filho. Ele vem da cozinha e me olha e os dois concordam.

Oferecem – me banho, roupas limpas enquanto cuidam meu filho. Quando volto ainda desconfiada encontro os dois com meu filho, como se fossem velhos conhecidos.

Estão mais a vontade e vejo – o sorrir, procuro não olhar nos olhos dele, pois meu marido me ensinou a não olhar em seus olhos como uma atitude de respeito.

Servem – nos alimentação na mesa da aconchegante cozinha e posso ver que ele se vira muito bem entre os cuidados para conosco. O tempo todo a senhora trata de ser gentil e me acalmar. Dou o que comer ao meu filho e trato de juntar todos os grãos que ele derruba, pois é inadmissível deixar migalhas espalhadas. Meu marido é muito metódico e nos corrige brutalmente se não nos comportamos com minucioso comportamento em frente a mesa e alimentos.

Ele prepara um sanduiche para mim e procuro enrolar em um guardanapo para viagem, pois sei que vai ser difícil alimento pelo caminho. Ele me tranquiliza e diz que há mais comida, que posso comer sem receio. Estou faminta, mas pouco a vontade ali.

Deram – nos um quarto com uma cama de casal, confortável e nos deixam dormir na casa. Deito e acabo adormecendo profundamente, pois estou exausta, assim como meu filho. VEJO QUE O HOMEM GRANDE E A MÃE SÃO MUITO UNIDOS.

Reconheço no espírito desta senhora a minha amiga desta vida atual.

Amanhece... Estou organizando tudo que usei e deixando tudo no lugar, mas ouço batidas na porta e a voz de meu marido. Entro em pânico e não posso fugir, pois na janela do quarto térreo há uma grade. Ouço alguém abrir a porta que range devido a porta de tela e ouço o dono da casa cumprimentar meu marido.

Nada mais vem em minha mente do que o desejo de esconder – me, fugir, nunca mais ser tocada por aquele homem.

Pego meu filho e escondo – me ao lado do guarda roupas, onde há tábua de passar e outras coisas entulhadas e me mantenho em silêncio desesperado. Não sei quanto tempo se passa, mas ouço baterem na porta do quarto e procuro nem ao menos respirar de medo. Meu filho ainda dorme em meus braços.

Logo a senhora entra e em segundos adentra seu filho, sua voz forte questiona onde estou e como sai do quarto e isto acorda o menino que resmunga. Logo ele me descobre escondida e em pânico.

Acalmam – me e ele pega o menino, explicam – me que temos um acordo e que ninguém vai saber que estamos ali até que eu queira isto.

Nos dão alimento e carinho e meu filho adora aquelas pessoas de coração gentio e humano.

Ele fala de meu marido na minha frente e se eu olhasse nos olhos das pessoas sem ter assumido aquela servidão e submissão a qual fui obrigada pelo marido, eu teria visto que ele estava me testando e a minha reação. Petrifico na hora em que ouço a menção daquele que me escravizava e torturava todos os dias, que me fazia passar fome e humilhações entre quatro paredes.

Os dias passam e permaneço ali, procuro ajudar na casa e a senhora pergunta – me se não desejo voltar com ela para a cidade, pois possuem uma outra fazenda no centro do estado e lá talvez eu me sinta melhor. Meu coração bate acelerado, é uma oportunidade de fugir daquela vida e criar meu filho sem que seja um escravo das torturas do pai.

Parece que o filho concorda com a mãe e permite que eu vá junto, prometo que ajudarei em tudo que for preciso e que vou trabalhar para pagar minha estadia.

Aquele homem é muito gentio, seu sorriso é claro, franco e sensível.

...Estamos na cidade, na outra fazenda, muito longe de onde eu fugi... Ali procuro fazer tudo que posso, ajudar muito para pagar tanto carinho e respeito daquelas duas pessoas. Meu filho anda com ele por onde vai e me sinto tranquila, mas meus olhos estão sempre na porteira, preparados para a qualquer momento avistar o carro do ex marido, pegar meu filho e me esconder. Não tenho paz, mas sou mais feliz ali e naquela vida.

Eleonor me trata como uma filha e ama meu filho, nos damos muito bem. Ela me contou que perdeu o marido e que Marcos, seu único filho assumiu todos os bens e fazendas do pai e que isto exige muito dele.

...Estou no pátio juntando feno, gosto de fazer de tudo e nunca me pediram algo ali, mas insisto em voltar minha cabeça e olhar para o grande portão da estrada...

-Eu o demiti... Ele nunca virá aqui, procurei uma boa desculpa e dispensei seus trabalhos de advocacia.

Olho pela primeira vez nos olhos daquele homem e sinto uma vontade enorme de chorar, pois pela segunda vez ele me salvara e ao meu filho. Ele se aproxima, segura meu queixo e me beija. Um beijo tão suave e delicado que faz com que todo meu corpo e minha alma respondam com amor e entrega. É como se eu voltasse a beijar alguém do qual eu nunca me separara, como se aquele toque viesse curar minha solidão e preencher um vazio que era por falta deste homem que naquele fim de tarde me tocava... Como se eu sempre houvesse sido dele e esperado pacientemente por ele... E todos meus passos me levavam até ali, aos seus braços fortes e os mais delicados e respeitosos que eu conheci...

Depois daquele dia nunca mais nos separamos, vivemos uma parceria e um amor sem cobranças, apenas nos bastava estar juntos e seguir nosso coração... Amei e amo perdidamente este espírito gentio e humano que me faz querer liberdade e conhecimento, por que sei que quanto mais me conhecer, mais feliz serei ao seu lado.

Trabalhamos lado a lado e seus incentivos me mostraram uma mulher que jamais supuzera que eu fosse. Meu filho cresceu sob seus cuidados de pai amoroso e paciencioso e ali, naquela linda fazenda nos amamos, crescemos, amadurecemos e tornamos reais todos os sonhos que nossas almas tinham.

Estudei muito, me dediquei a minha sogra, meu marido, meu filho e a mim mesma e me tornei uma ajudante de mulheres que passaram pelo mesmo que eu. O reconhecimento veio e fui chamada a vários estados para ministrar palestras e isto se tornou minha vida. Ajudar mulheres a serem mulheres e assumirem seu poder interno e dependerem de si mesmas e acreditarem que o real amor era possível, pois quando aprendessem a valorizar o autorrespeito e o auto amor, automaticamente o amor externo viria.

...E chegou o dia em que minha maturidade me deixou enfrentar meus fantasmas e eu fui convidada a voltar a antiga cidade que vivi sob as torturas daquele que um dia assumiu o papel de marido. Lá enfrentei seu olhar gélido e seu ódio a distancia, pois ele não poderia tocar – me ou ao meu filho, pois a sociedade saberia quem era e o que tinha feito comigo.

Eu já o havia perdoado, mas naquele momento eu aprendia a enfrentar o medo que eu ainda tinha dele e descobri que meu voo não lhe permitia alcançar – me...

O sucesso foi grande e o transformei em um livro, o qual correu o país e auxiliou muitas pessoas.

Entre tudo isto meu marido me acompanhava, minha querida sogra já havia partido para o plano espiritual e meu filho era uma rapaz feito e honesto. Éramos unidos, felizes e tranquilos, sabíamos o valor do nosso relacionamento e nossas prioridades.

Muitos anos se passaram entre muito amor, união, prosperidade e sucesso no meu trabalho como escritora e palestrante.

...Acredito que já estou com quase 60 anos e continuo na estrada palestrando, escrevendo e sendo feliz internamente, pois era merecedora de estar ali, exatamente como planejara para minha vida.

Estamos em um evento grande, posso ouvir burburinho de pessoas que me pedem autógrafos, risadas e meu marido ao meu lado. Estamos saindo de um local de eventos e paro para autografar...

Sinto algo quente em minhas costas e arde... E pela segunda vez... Ouço pessoas gritando, pânico e sinto os olhos de meu amado marido nos meus enquanto minhas pernas fraquejam e eu caio lentamente segura por seus braços.

Eu fui esfaqueada pelas costas e sei exatamente quem o fez...

Lágrimas caem de meus olhos, pois sinto que a hora chegou... Ele tenta estancar o sangue, mas a segunda facada atingiu alguma região muito delicada.

Sinto medo de nunca mais o ver, de nunca mais encontrar este grande amor... E ele parece ler meus pensamentos... E também sente o que vai acontecer...

- Confia em meu amor... (Ele me diz, olhando em meus olhos). - O meu amor sempre encontra uma forma de te reencontrar...

E com o som seguro das palavras do meu grande amor, eu me permiti partir, segura em seus braços, acalentando a paz que aquela promessa incutia em minha alma já saudosa da dele...

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